Resumo Transtorno Opositivo Desafiador
Por: halinetawil • 10/4/2016 • Artigo • 540 Palavras (3 Páginas) • 2.500 Visualizações
Resumo – Transtorno Opositivo Desafiador: Contribuição das Neurociências
Os elementos básicos para a formação do indivíduo são a genética e o ambiente. Nos primeiros anos de vida existência de um meio favorável, com estímulos afetivos e sensoriais, é imprescindível para a formação de indivíduos saudáveis, confiantes e equilibrados a longo prazo de suas vidas. Tendo isso em vista, o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é baseado em um fator de risco cumulativo que agrega aspectos biopsicossociais e neurobiológicos. Foi provado que crianças criadas em ambientes caóticos são mais propensas a desenvolver TOD. Foram analisadas alterações neurológicas em pacientes com o transtorno, porém ainda não há certeza sobre sua origem e desenvolvimento (podem ser resultado da soma de fatores biológicos exógeno-endógenos e interações sociais com o ambiente). O TOD ocorre frequentemente em comorbidade com o TDAH, sendo um percursor muitas vezes do Transtorno de Conduta (TC) que se dá na adolescência.
A Desordem do Comportamento Disruptivo (DCD) engloba o TOD e a TC, caracterizando-se por um comportamento antissocial estável e persistente. O desenvolvimento de tal comportamento é resultado de fatores biológicos, ambientais e sociais, porém nem toda criança opositiva apresentará TC e nem todo adolescente com TC se tornará antissocial. Características da DCD são a falta de empatia e remorso, agressão, impulsividade, oposição, afeto superficial e desprezo pelas regras.
O TOD é caracterizado por um padrão de desobediência, desafio, comportamento hostil, falta de controle emocional e tendência de não conformidade com as autoridades. Tem como sintomas grandiosidade, sono diminuído e pensamento rápido. Costuma ser associado a TC e ao TDAH (maior incidência de casos, cerca de 50%).
O TC é um transtorno com condições mais graves quando comparadas ao TOD uma vez que normalmente desemboca em no desrespeito aos direitos alheios (comportamentos agressivos e cruéis, danos físicos a pessoas ou animais, roubos e delitos frequentes). Jovens com TC também não apresentam culpa ou remorso. As condições que apontam a evolução do TOD para o TC são: início precoce dos sintomas, baixo nível intelectual e econômico, pouco apoio familiar, grande agressividade e uso de drogas ou bebidas. O curso do transtorno é variável, podendo regredir ou progredir, tendo como resultado da permanência dos sintomas o uso de drogas e o comportamento antissocial.
Crianças com TOD apresentam preferência por alternativas sedutoras reduzida reatividade cardíaca a estímulos contrários, reduzida atividade do Sistema Nervoso Autônomo (fraca autorregulção para o reforço). Além disso, problemas no Eixo Hipotalêmico-pituário-adrenal e na neurotrasmissão podem influenciar tal transtorno. Tais problemas podem ter influência genética ou ambiental (ex: stress). Crianças com TOD tinham níveis mais baixos de cortisol, mostrando uma baixa reatividade ao stress (habituação). Outras caraterísticas como a responsividade a Fenfluramina (aumento de estímulo serotoninérgico) e fatores ambientais (ex: fumo durante a gestação) se apresentam nos casos de TOD. Foi também descoberta para o transtorno uma diminuição significativa na espessura cortical, com afinamento dos córtex insular, pré-frontal e cingulado, massa cinzenta com menor densidade, além do afinamento do córtex interno das emoções.
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