SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO ESTEATOSE HEPÁTICA
Por: Freitas Neto • 23/10/2018 • Seminário • 1.362 Palavras (6 Páginas) • 263 Visualizações
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UNIVERSIDADE POTIGUAR – CAMPUS MOSSORÓ/RN
ESCOLA DA SAÚDE – CURSO DE NUTRIÇÃO – 2º VESPERTINO
DOCENTE: ALESSANDRA SILVA DE OLIVEIRA
DISCENTE: FRANCISCO FERNANDES DE FREITAS NETO
SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO
ESTEATOSE HEPÁTICA
Mossoró-RN
Outubro 2018
Introdução
A esteatose hepática vem se tornando uma doença cada vez mais conhecida da população em geral, graças aos avanços dos métodos de imagem e à popularização do ultrassom na avaliação abdominal, exame de imagem que pode mostrar a esteatose e tem sido realizado com frequência em avaliações clínicas de rotina, com isso um crescente número de casos de infiltração gordurosa do fígado vem sendo detectado. A esteatose hepática é classificada em dois grandes grupos: Esteatose hepática alcoólica onde a causa do acúmulo de gordura no fígado é o abuso de bebidas alcoólicas e Esteatose hepática não alcoólica, nesta versão, a doença é causada por outros fatores como obesidade, sobrepeso, diabetes mellitus, entre outros.
ESTEATOSE HEPÁTICA
Definição:
Esteatose hepática também chamada de infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado é o acumulo de gordura nas células do fígado denominadas hepatócitos. O órgão, normalmente, possui um pouco de gordura, o que é natural, que é entre cinco e dez por cento de seu peso, quando ultrapassa essa quantidade o fígado está gorduroso.
Tipos de esteatose hepática:
Existem dois tipos de esteatose hepática em que são classificados de acordo com a causa do acúmulo da gordura, esses tipos são: esteatose hepática alcoólica e esteatose hepática não alcoólica.
A esteatose hepática alcoólica , como o próprio nome já diz , é causada pela ingestão excessiva de álcool, que é processado pelo fígado e o exagero no consumo da substância pode danificar o órgão seriamente. Já a esteatose hepática não alcoólica é causada por diversos fatores como obesidade, diabetes tipo dois (mellitus), hepatites virais, uso de certos medicamentos como estrógeno e corticoides, colesteróis e triglicerídeos altos. Esta versão da doença pode ser revertida e curada sem precisar do uso de medicamentos, apenas com uma alimentação regrada.
Graus da doença:
A esteatose é dividida em graus, de acordo com a quantidade de gordura presente no fígado. O primeiro grau da doença é o leve, neste grau o nível de gordura esta um pouco acima do ideal e a doença não costuma causar sintomas ao corpo. O segundo grau é o moderado em que se a esteatose for a não alcoólica ainda é possível se curar sem o uso de medicamentos, já na esteatose alcoólica fica mais complicado, nesse estagio da doença o infectado já sente alguns sintomas como inchaço na barriga, dores abdominais ou fezes brancas. Já no terceiro grau causado pelo grande acumulo de gordura, a esteatose evolui para a esteato-hepatite que é uma inflamação no órgão, se persistir pode causar problemas mais serio podendo ate reduzir sua eficácia. Nesse estágio a doença é extremamente perigosa.
Causas:
As causas do acúmulo de gordura estão diretamente relacionadas aos hábitos do paciente. Uma má alimentação pode causar sérios problemas para todo o corpo, incluindo o fígado, mesmo se a pessoa não estiver sobrepeso e ela consumir muitas gorduras elas podem ser acumuladas, a rápida perda de peso também pode deixar um acumulo de gordura no fígado, por isso é importante não fazer dietas radicais, para manter o corpo saudável sem causar um desequilíbrio no organismo. Outra causa é a falta de atividades físicas, pois as gorduras que causam esse acúmulo no fígado são os triglicerídeos, esse tipo de gordura serve de energia para essas atividades, o sedentarismo permite que os triglicerídeos fiquem alojados sendo acumulados nos órgãos.
Sintomas:
Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença é assintomática, os sintomas vão aparecendo conforme a doença vai evoluindo, por isso que muita gente possui a doença, mas não sabe, às vezes, descobrem por acaso através de outros exames.
Alguns dos sintomas sentidos com a evolução da doença são dor e desconforto abdominal, devido à inflamação no órgão, nos graus mais elevado de esteato-hepatite pode apresentar sintomas mais graves como fibrose, que resulta em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro da cavidade abdominal), hemorragias e icterícia.
Diagnóstico:
A grande maioria dos pacientes não apresentam sinais ou sintomas, pois esta é uma doença silenciosa, e acabam descobrindo a doença através de exames clínicos de rotina. O diagnóstico da esteatose é incidental, isto é, o exame não foi com o objetivo de identificar a esteatose. Porém, após encontrar uma suspeita, o médico deverá realizar o diagnóstico referencial, que busca diferenciar o tipo de doença existente, já que diversas delas possuem sintomas semelhantes. Existem alguns exames específicos que possam ser feitos para identificar a esteatose hepática. O paciente que deve passar por um exame físico em que, por meio da palpação, é possível que o médico sinta o fígado levemente maior do que o normal, além de sua textura e se o toque causa dor e submeter-se a exames de sangue para medir os níveis das enzimas hepáticas. Apesar dos exames de imagem como ultrassonografia a tomografia e a ressonância magnética serem muito úteis para o descobrimento da doença, há casos em que a confirmação depende da biopsia. Porém entre todos esses exames, o mais importante é a Elastografia transitória, exame que em muitos casos pode substituir a biópsia na busca pelas doenças hepáticas, levando vantagem por ser indolor e não invasiva, trazendo o mesmo resultado.
Tratamento:
A esteatose é uma doença reversível e não existe um tratamento especifico para a mesma, vai depender da causa. Na esteatose hepática alcoólica o corte do consumo de bebidas alcoólicas é necessário para a recuperação do fígado. Quando é na esteatose hepática não alcoólica basta reduzir o consumo. A pratica de exercícios físicos também é muito importante para ocorrer a eliminação da gordura extra do corpo, além de reduzir o colesterol. Caso o paciente esteja acima do peso, é importante perder um pouco de peso para ajudar a reduzir a gordura, mas, de forma correta, pois dietas radicais que provocam o emagrecimento muito rápido podem piorar a situação do paciente.
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