A Saúde Bucal

Os programas de saúde bucal coletiva no país foram frutos da luta de profissionais de saúde insatisfeitos com a situação nacional.

O programa fome zero foi indispensável no surgimento do Brasil Sorridente, na perspectiva de que a alimentação perpassa pela saúde bucal e presença de dentes.

A saúde bucal não se resolve na boca, se resolve num contexto social. As medidas governamentais do período de Lula e Dilma em prol do desenvolvimento social : Minha casa minha vida,  Pronatec, Ciências sem fronteiras, FIES, Universidade para todos, Programa Água para todos, Programa Jovem Aprendiz, PRONAF, Programa Luz para todos, Bolsa Família, Estratégia de Saúde da Família (que era o Programa de Saúde da Família em 1994), Mais médicos e farmácia popular, corroboraram junto com o Brasil Sorridente para melhoria nos indicadores em saúde bucal no nosso país, pois partindo do pressuposto discutido na 8ª Conferência Nacional de Saúde: “A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo e está relacionada diretamente com as condições de saneamento, alimentação, moradia, trabalho, educação, renda, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, aos serviços de saúde e à informação sendo responsabilidade e dever do Estado em sua manutenção.”

O Brasil Sorridente tem como linhas de ação: reorganizar a atenção básica, dando prioridade para a saúde bucal no âmbito da Saúde da Família e ampliação do acesso aos serviços de saúde odontológica , e durante esse período saímos de uma cobertura baixa em 2002 até uma cobertura quase em todos municípios nacionais em 2011, sendo que em dezembro de 2018 tivemos 26.712 ESF em 5.043 municípios; busca da integralidade da atenção à saúde bucal e um passo importante para isso foi a ampliação da rede de centro de especialidades odontológicas; acesso a prótese dentária, com a criação dos laboratórios regionais de prótese dentária ; apoio as ações preventivas, apoio a ampliação da fluoretação da água, kits de higiene bucal.

Denúncia do que tava errado e proposição de medidas de políticas públicas para mudança da realidade.

O principal desafio posto à PNSB (Programa Nacional de Saúde Bucal) é não permitir que se descole das demais políticas de saúde, integrando-se efetivamente ao SUS e articulando-se às demais políticas públicas destinadas ao enfrentamento e superação da miséria e das desigualdades sociais, recusando, portanto, sua redução a um mero programa odontológico (Narvai, 2011)

E hoje sai de cena as políticas públicas com as quais o Brasil Sorridente estava conectado e entra em cena o gabinete do ódio e o negacionismo científico. O governo não diz como irá enfrentar os problemas sociais nacionais e de saúde, e se preocupa com banqueiros e acionistas e de costas para população.

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Em 31 de agosto de 2016,o Brasil Sorridente mudou sua natureza política, sendo reduzido a um programa de odontologia do governo federal.

Aumento na entrega de próteses pelo SUS

“Um sistema de saúde universal, como o SUS quer ser, que faz milhões de transplantes todos os anos, que expande a Atenção Primária de modo notável, que avança em busca da integralidade e equidade, não pode recusar próteses dentárias a milhões de brasileiros, pois trata-se de algo de custo tão baixo, e que atende a uma necessidade tão elementar, tão essencial para tantas pessoas. Isso é incompreensível e, por injusto, inaceitável.”