RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA

INTRODUÇÃO

A imaginologia constitui o conjunto de técnicas e procedimentos que permitem obter imagens com fins clínicos ou científicos. É usada para revelar, diagnosticar e examinar patologias ou para estudar a anatomia e as funções do corpo. A ultrassonografia, a radiologia, endoscopia, tomografia e ressonância magnética, entre outras tecnologias, fazem parte destas técnicas.

Sendo considerado o mais moderno e mais perfeito exame de diagnóstico por imagem, a ressonância magnética fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético e ondas de radiofrequência. É considerado por muitas vezes o exame de imagem de escolha por apresentar imagens dos tecidos moles com alto contraste e detalhamento das estruturas, de forma não invasiva. Tem a capacidade de diferenciar tecidos e coletar informações bioquímicas e explorar aspectos anatômicos e funcionais.

A RM, como é conhecida atualmente, começou a tomar forma por volta de 1946, quando Felix Bloch afirmou algumas propriedades relativamente novas do núcleo atômico: o fato de que ele se comporta como um ímã e que uma partícula carregada, girando em torno do seu próprio eixo, tem um campo magnético conhecido como momentum magnético. Essas teorias puderam ser verificadas experimentalmente somente na década 1950. Em 1960 descobriu-se que tecidos malignos tinham parâmetros de RM diferentes dos tecidos normais e em 1974 produziu a primeira imagem de um tumor em um rato. Enfim, em 1977, produziu-se a primeira imagem do corpo humano, a qual precisou de quase 5 horas de escaneamento.  

Desde a descoberta da técnica, muito aconteceu em termos de desenvolvimento tecnológico e mais aplicações para o padrão de imagem surgiram, inclusive na medicina veterinária, propiciando cada vez mais a possibilidade de diagnósticos diferenciais e norteando a conduta clínica para cada caso, juntamente com os demais métodos de imagem. Embora as primeiras imagens em medicina veterinária obtidas no Brasil sejam recentes e geralmente em fase experimental, a tendência é que essa técnica ganhe cada vez mais espaço, contribuindo grandemente com o diagnóstico por imagem.

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