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As Principais Doenças em Vacas de Leite

Por:   •  12/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  628 Visualizações

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  • Doenças

O rebanho de vacas leiteiras está sujeito a várias enfermidades que trazem grande prejuízo à produção das fazendas de leite. O foco na prevenção de doenças pode ser considerado o maior investimento relacionado às melhorias das condições de saúde dos rebanhos leiteiros.

As doenças mais comuns são: Tristeza parasitária bovina (babesiose/ anaplasmose), tuberculose, febre aftosa, leptospirose, clostridioses, doenças de casco, brucelose e mastite. Dentre essas doenças, as mais importantes e prejudiciais na produção leiteira são a mastite e a brucelose.

  • Mastite

A mastite é a inflamação da glândula mamária que se caracteriza por apresentar alterações patológicas no tecido glandular e uma série de modificações físico-químicas no leite (RADOSTITS, 2000), causada pela infecção por diversos tipos de microorganismos, sendo as bactérias as principais agentes. Essa doença é a mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo, pois causa grandes prejuízos como o descarte do leite, queda da produção leiteira (mais de 20% da produção diária), gastos com antibióticos e, eventualmente, o descarte do animal (A mastite é a enfermidade mais comum em vacas leiteiras adultas, sendo responsável por 38% de toda morbidade).

A mastite pode resultar da introdução de microrganismo pelo esfíncter da teta podendo se apresentar de forma clínica, onde vários sintomas estão presentes como: secreção de leite, com grumos, pus ou de aspecto aquoso; tetas e úbere com vermelhidão, duros, inchados, doloridos e quentes. Uma outra forma é a subclínica, onde os sintomas não estão presentes, neste caso, somente testes especiais como o CMT (California Mastitis Test) podem diagnosticar a doença.

Como a mastite bovina é a doença que mais onera a exploração de animais com interesse zootécnico, destinados à produção de leite,  a prevenção, controle e tratamento dessa doença são de fundamental importância para a pecuária leiteira (MARQUES, 2006).

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E CONTROLE

O diagnóstico clínico de mastite é extremamente simples, qualquer vaca que apresente mama inflamada, difusa ou focalmente, ou dolorosa em um ou mais quartos, não querendo deixar-se ordenhar, ou ainda sem alterações anatômicas mas secretando leite com sangue, pus, flocos, ou dessorando, tem mastite. Entretanto mastites subclínicas crônicas, que em alguns meses destroem a capacidade funcional da mama, causando prejuízos econômicos, ao mesmo tempo que podem alastrar-se silenciosamente no rebanho, agravando os prejuízos e causando problema de saúde animal, não são diagnosticadas pelos métodos rotineiros de exame clínico: inspeção do animal, leite e palpação Radostits et al. (2002). De acordo com Radostits et al. (2002), as alterações mais importantes no leite são descolorações, presença de coágulos e grande número de leucócitos.

A prevenção é a chave para o controle da mastite. Um adequado manejo de ordenha (higiene, procedimentos e equipamentos corretos) podem diminuir o número de animais acometidos por mastite clínica e subclínica, reduzir a taxa de novas infecções, melhorar a CCS (contagem de células somáticas) do rebanho e a qualidade do leite produzido. Isto trará benefícios diretos aos produtores de leite, indústrias e consumidores (RUPP et al., 2000).

Segundo Radostits et al. (2002) dentro de um programa de controle da mastite, alguns pontos de vem ser levados em consideração:

- Imersão de tetos pré e pós-ordenha de todos os animais ordenhados com desinfetante germicida que não agrida a pele dos tetos;

 - Descarte de animais que apresentam mastite crônica ou mais de três casos clínicos na mesma lactação;

- Tratamento adequado e imediato de todos os casos clínicos;

 -Adoção de terapia da vaca seca para todos os animais do rebanho;

- Correta manutenção do equipamento de ordenha.

Um ponto crucial na profilaxia é a higiene do ordenhador. Suas mãos são o grande agente transmissor de bactérias para o úbere, o leite e todo o material utilizado (DINGWELL et al., 2004).

  • Brucelose

 brucelose é uma doença infecto contagiosa causada por bactérias do gênero Brucella abortus. É uma zoonose de distribuição mundial, responsável por perdas econômicas nas criações de animais e que compromete especialmente o sistema reprodutivo, determinando queda na produção de leite.

A transmissão do agente etiológico em bovinos ocorre principalmente
pelo contato dos animais com ambiente contaminado com restos placentários
provenientes de um animal infectado. No homem, uma das vias de transmissão é o leite contaminado e a principal porta de entrada é a mucosa do trato digestivo (Paulin & Ferreira, 2003), ou a ingestão de água e alimentos contaminados, contato direto com as mucosas dos olhos e do nariz, também é uma importante forma de infecção.

Nos bovinos e bubalinos, a brucelose acomete especialmente o trato reprodutivo, gerando perdas diretas, ocasionadas principalmente por abortos, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo de partos, diminuição da produção de leite,
morte de bezerros e interrupção de linhagens genéticas. Nas propriedades onde a doença está presente, o valor comercial de seus animais é menor. As regiões onde a doença é endêmica encontram-se em posição desvantajosa na disputa de novos mercados (BRASIL, 2005).

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) classifica a brucelose como doença de notificação compulsória, categoria em que estão incluídas as enfermidades de grande importância socioeconômica e,ou para saúde pública e que têm conseqüências significativas no comércio internacional de animais e seus produtos (OIE, 2006).

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