IMPORTÂNCIA DO CONFORTO TÉRMICO NA PRODUÇÃO DO LEITE DE VACA
Por: Dayany Gomes • 18/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.292 Palavras (6 Páginas) • 745 Visualizações
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CURSO: BACHARELADO EM ZOOTECNIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA
PROFESSOR: MARCÍLIO COSTA TEIXEIRA
IMPORTÂNCIA DO CONFORTO TÉRMICO NA PRODUÇÃO DO LEITE DE VACA
ANTONIA DAYANY GOMES DA SILVA
CRATEÚS
ABRIL DE 2014
INTRODUÇÃO
A busca por alternativas que melhorem o rendimento da produção animal é constante, tendo pesquisadores que se empenham nessa atividade. Sendo que o conforto para bovinos leiteiros é uma das áreas na qual se efetuam várias pesquisas.
O leite é um importante alimento, completo nutricionalmente, sua composição apresenta nutrientes essenciais ao organismo humano. Essa característica o faz ser mundialmente consumido.
A obtenção de êxito na produção leiteira é dependente da qualidade e quantidade e, para isso, precisam ser considerados a genética animal, manejo, nutrição e conforto térmico (condições climáticas) entre outros fatores.
A adaptabilidade das raças é importante, uma vez que animais adaptados respondem bem à produção, por outro lado, quando há uma variação de temperatura no ambiente ou quando determinadas raças são especializadas, mas não adaptadas ocorre um estresse térmico e os animais ativam sua termorregulação havendo esforço extra e diminuição em sua produtividade. Pois sua prioridade será em manter seu organismo em equilíbrio térmico, deixando a lactação e reprodução em “segundo plano”.
Quando o animal encontra-se em conforto térmico, onde não sente frio nem calor, realiza seu mecanismo fisiológico normalmente e ampliado, quando em conjunto com boa nutrição, genética e manejo.
CONFORTO TÉRMICO E A PRODUÇÃO LEITEIRA
Vacas de leite necessitam, antes de tudo, de conforto fisiológico para poder expressar seu potencial genético, isto é, necessita-se estar mente e corpo em harmonia com o ambiente.
Os bovinos (assim como os outros seres vivos) têm várias influências das condições climáticas que afetam diretamente na homeostasia (funções orgânicas envolvidas na manutenção do equilíbrio interno do organismo).
O conforto térmico de um bovino é a faixa de temperatura ambiente na qual o animal se sente confortável. Quando se encontra nessa faixa, ele possui máxima capacidade de produção, realizando suas atividades normalmente, sem precisar de energia para dissipar calor. Quando o animal não está nessa faixa, isto é, na medida em que a temperatura e umidade aumentam a sensibilidade dos bovinos ao estresse calórico é alterada, dificultando a dissipação de calor, o que causa efeito negativo na produtividade.
As faixas de temperatura podem variar de acordo com a raça, idade e estado fisiológicos. Os animais das raças zebuínas, porque são originárias de regiões tropicais, se sentem mais confortáveis onde as temperaturas médias variam entre 10º C e 27º C. Já os taurinos se encontram em conforto térmico variando entre 5º C e 21º C, acima dessa faixa os animais encontram-se sob estresse calórico.
A alta temperatura e a umidade relativa afetam três tipos de processos básicos sobre os animais: manutenção, reprodução e produção de leite. Quanto menos o animal produzir energia para regular a temperatura, mais energia sobrará para produzir leite. Por isso pesquisadores estudam as interações entre os elementos climáticos e os processos animais.
Para avaliar o impacto sobre o gado leiteiro, foi desenvolvido o Índice de Temperatura e Umidade do ar (ITU) obtido por uma equação: ITU = 0,72 (TBS + TBU) + 40,6; onde TBS é a temperatura do bulbo seco e TBU, temperatura do bulbo úmido. Se o ITU for entre 72 e 78 é brando, entre 79 e 88 moderado e severo, entre 89 a 98.
No ambiente com ITU acima de 75, a habilidade das vacas leiteiras em dissipar calor está comprometida, ocorrendo o aumento da temperatura corporal além dos níveis normais. Quando o animal se encontra nesse índice, entra em processo conhecido como estresse calórico que causa: a redução do consumo de alimentos, aumento do consumo de água, alteração da taxa metabólica, diminuindo sua produção de leite, aumento da frequência respiratória e alterando a concentração de hormônios que regulam o funcionamento do corpo do animal. Isso acontece devido a pratica de controle do aumento da temperatura corpórea, influenciando negativamente sobre a produção desejada.
Isso vai variar de acordo com do tipo de animal e do sistema que se usa. Porque o estresse térmico afeta mais animais de origem europeia e animais com alta capacidade de produção de leite. Vacas mestiças, apesar de possuir um nível de adaptação ao ambiente quente mais elevado, mas se forem vacas de alta produção de leite elas podem estar sofrendo estresse calórico também.
Independentemente de serem vacas mestiças ou europeias, sendo animais de alta produção de leite necessita-se de maiores cuidados para possibilitar conforto térmico a estes bovinos.
ESTRATÉGIAS PARA O CONFORTO TÉRMICO
A partir do conhecimento sobre causas e consequências do estresse calórico que altera negativamente a produção de bovinos leiteiros, técnicas são adotadas para aumentar o conforto térmico desses animais.
Nos trópicos, por as temperaturas serem mais elevadas, duas técnicas podem ser seguidas: melhoramento genético e modificação do ambiente. No melhoramento genético, é feito o cruzamento de raças adaptadas com raças especializadas. Este sendo complementado com a manipulação do ambiente.
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