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A Hibridação em trigo: metodologia experimental

Por:   •  24/1/2018  •  Relatório de pesquisa  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  999 Visualizações

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Hibridação em trigo: metodologia experimental

Origem

Foi cultivado inicialmente no Crescente Fértil, Oriente Médio. Ele é oriundo de uma planta rústica, de grande porte e que as sementes não eram facilmente disseminadas com o vento. Com o tempo, observou-se uma característica de grãos em que se propiciava a produção de farinha com uma ótima qualidade no ramo alimentício.  Com a domesticação desse material, ocorreram diversas mutações significativas que fizeram o trigo ser como conhecemos hoje em dia. (vide figura no slide)

Estrutura floral e Autogamia

O trigo é predominantemente autógamo (reprodução por autofecundação), garantindo que as taxas de fecundação cruzada não afetem lavouras em curtos períodos de tempo, assim como mutações em frequências baixíssimas.

A cleistogamia completa da inflorescência do trigo (a inflorescência não se abre após a fecundação), dificulta o processo de melhoramento devido ao fato de se desconhecer o momento em que a planta já foi fecundada. A espiga, inflorescência do trigo, contém em sua estrutura, espiguetas (subdivisões da espiga) que comportam em seu interior as anteras (parte masculina) e o estigma (parte feminina). Também possuem arestas que são semelhantes a agulhas e pontiagudas, servindo de proteção natural ao ataque de pragas e demais invasores.

Cultivar e Homozigose

O termo cultivar no sentido de comercialização já se remete a uma taxa de homozigose (um indivíduo é chamado de homozigoto, ou puro, quando os alelos que codificam uma determinada característica são iguais. Ou seja, os alelos são iguais e ele vai produzir apenas um tipo de gameta) maior que 95%. Quando se une dois indivíduos para o processo de hibridação, geralmente escolhe-se indivíduos contrastantes, geralmente linhagens, em homozigose, juntando, portanto, alelos distintos e explorando a heterose (aumento de tamanho, fertilidade e vigor apresentado por certos indivíduos híbridos quando comparados com seus genitores; vigor híbrido) presente no híbrido. Para que não haja desigualdade em produção, produtividade ou características próprias das plantas assim quando ocorrer a nova fecundação e replantio das sementes, é necessário que se inicie um programa de melhoramento afim de avaliar os genótipos e esperar que os alelos estejam em equilíbrio, para que assim, a cultivar possa ser ingressada no mercado e que o produtor tenha a garantia que o genótipo da planta se expresse em seu fenótipo. Para se lançar uma cultivar de trigo, trabalha-se com uma porcentagem de homozigose a 95%.

Tempo de Lançamento

Em média, englobando todo o programa de melhoramento genético, leva-se em média 6 anos no mínimo para se lançar uma cultivar no mercado, mas devido ao ciclo curto do trigo que gira em torno de 4 meses, é possível se realizar duas safras ao ano, uma irrigada e outra de sequeiro, reduzindo assim, esse processo a 3 anos, em condições favoráveis. Porém, é importante que se analise os resultados em no mínimo 3 ambientes com características semelhantes a região em que se deseja lançar essa cultivar.

Tipos de Híbridos

Os Simples, Duplo e Triplo, são os comumente empregados em trigo, destacando-se mais o simples, devido a complexidade do processo de polinização.

Hibridação

1. Métodos de melhoramento em autógamas: Seleção de Linhas puras, Introdução de Cultivares e Hibridação.

A hibridação se destaca por ser o método de melhoramento mais empregado na planta do trigo, principalmente por ser possível a escolha e avaliação de genitores.

2. Hibridação e variabilidade genética: o processo de hibridação consiste em unir genótipos de plantas com características diferentes, em um mesmo indivíduo, gerando assim um mestiço, híbrido. Esse método permite que se amplie as possibilidades genotípicas, gerando uma maior variabilidade de plantas com fenótipos diferentes a serem explorados.

3. Importância e cuidados: a hibridação permite que se realize a união de gametas que permitam melhorias nas plantas de trigo, como por exemplo, redução de porte para se evitar o acamamento, resistências a doenças e a pragas, melhor índice de produtividade, maior teor de fibra e proteínas, qualidade de farinhas, entre outros. O produtor está sempre em busca de plantas superiores, que atendam a necessidade do mercado, é nesse ponto que a hibridização trabalha.

É necessário reservar material genético rústico e variedades para que não ocorram possíveis erradicações por pragas e doenças desconhecidas, possibilitando um novo recomeço no processo e programa do melhoramento.

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