Resenha A Problemática do Conhecimento
Por: Paulo Sérgio • 21/1/2022 • Resenha • 998 Palavras (4 Páginas) • 180 Visualizações
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Resumo sintético -
A Problemática do conhecimento
Sempre existiu desde os povos da Antiguidade, a preocupação com o conhecimento e todos os povos desenvolveram alguma forma de conhecer o mundo em que vive. Entre os egípcios a trigonometria, entre os romanos a hidráulica, entre os gregos a geometria, a lógica, a astronomia e a acústica, entre os indianos e mulçumanos a matemática e a astronomia e entre todos um só objetivo: a guerra. As necessidades fizeram com que essas formas de conhecimento se consolidassem.
Os gregos desenvolveram um tipo de reflexão que se destacou pela possibilidade de gerar teorias unitárias sobre a natureza: a intuição.
A episteme, característica do conhecimento grego, era do tipo theoretike, isto é, um tipo de conhecimento adquiridos pelos olhos do espírito e que ia além dos fenômenos empíricos. Os gregos dividiram os conhecimentos em dois, o -conhecimento empírico/prático- que estava ligado ao trabalho, à execução de atividades de produção de bens e coisas necessárias a vida -e conhecimento teórico- ligado ao prazer de saber- chegou a cristalizar-se como formas de conhecimento de diferentes naturezas. Segundos Farrington (1949) essa diferença surgiu pela separação de classes, da separação de “cabeça e mão”. Essa separação ainda tinha como base o trabalho prático sendo considerado inferior, já a classe que tinha mais prestígio e status, considerada “pura e livre”.
Platão em suas obras (Platão 1978,1970; Popper 1974) revela a tentativa de fundamentar um conhecimento certo e verdadeiro para além do cambiante e fugaz mundo dos fenômenos. Platão, que foi o primeiro a desenvolver uma teoria sobre o mundo, tinha como base a intuição. Para Platão, o mundo sensível está em constante mudança e, nesse caso, torna-se impossível conhece-lo por razões obvias: “não se pode conhecer uma coisa que deixa de ser ela mesma na sucessão do tempo”.
Aristóteles, adotou a doutrina de que as formas só subsistem na matéria e é por estas que obtemos aquelas. A existência das Formas – que para Platão eram eternas, imutáveis e independentes do mundo sensível – e, para Aristóteles, apenas uma “realidade materializada” que não pode ser entendida senão pelo estudo das coisas concretas. Aristóteles utilizou a indução para formular princípios explanatórios gerais, voltando a fazer deduções de novas ocorrências.
Opiniões são emitidas a todo momento e por todas as pessoas, sem que haja uma argumentação para comprová-las. Mas de onde vem nossa capacidade de emitir opiniões? Da nossa enorme quantidade de informações adquiridas, a qual chamamos de senso comum. Senso comum é o conjunto de informações que aprendemos por processos formais, informais ou até inconscientemente, essas informações incluem fatos históricos verdadeiros, doutrinas religiosas, princípios ideológicos conflitantes e experiência pessoal acumulada.
Valorações e crenças são a parte essencial do senso comum e de nossas ações e comportamentos cotidianos. As crenças se manifestam através de proposições que podem passar por um teste de veracidade, é possível dizer se são verdadeiras ou falsas, enquanto as valorações não admitem critérios de decisão quanto à sua veracidade.
O pensamento popular concebe o conhecimento derivado exclusivamente da observação por um processo indutivo – usando órgãos do sentido como visão, audição, tato etc. Toda e qualquer observação pressupõe uma teoria, mesmo que esta seja de senso comum. O objetivo da explicação científica é a busca de afirmações e teorias universais. O grande problema do indutivismo passa ser o da passagem das afirmações singulares para as universais.
Uma característica das teorias científicas é de solucionadoras de problemas. Segundo Popper, a ciência começa com problemas que são decorrentes de necessidades práticas tanto quanto quebras de regularidades. Há uma tendência inata para ordem e regularidade, e quando não satisfeita somos induzidos a procurar explicações. Ao surgirem problemas, as teorias devem ocupar todos os espaços de explicação, contribuindo para sua própria superação e o avanço no processo de conhecimento. Os conceitos teóricos possuem um grande pode
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