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A MELHORIA NO SISTEMA DE PREPARO DO ADESIVO UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DE PAPELÃO ONDULADO PARA REDUÇÃO DE REFUGOS

Por:   •  26/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.982 Palavras (20 Páginas)  •  160 Visualizações

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ESTUDO DE CASO - MELHORIA NO SISTEMA DE PREPARO DO ADESIVO UTILIZADO NA FABRICAÇÃO DE PAPELÃO ONDULADO PARA REDUÇÃO DE REFUGOS

Frizon, Rafael[1]

Deon, Agostinho Maria[2]

RESUMO

Com o crescente objetivo de produzir-se mais com menor esforço possível e mínimo desperdício, as empresas necessitam voltar seus estudos para as constantes melhorias em seus processos. O presente trabalho desenvolveu-se em uma empresa de Celulose e Papel do Meio Oeste Catarinense, com o objetivo de identificar, analisar e propor uma alternativa para reduzir os refugos ligados ao ressecamento e descolamento das chapas gerados no processo de fabricação de papelão ondulado. O trabalho apresenta um levantamento de dados detalhados do processo, análise crítica com a utilização de ferramentas de controle e gestão da produção, finalizando com o desenvolvimento de uma proposta de melhoria. A proposta de melhoria impacta diretamente no processo Stein-hall de preparação do adesivo, a mesma tem a finalidade de proporcionar maior estabilidade para o preparo do adesivo, buscando estabilizar os testes de viscosidade, ponto gel e assegurar a temperatura ideal do adesivo final. Com o desenvolvimento teórico da proposta supracitada, calculou-se e analisou-se a viabilidade econômica da mesma, obtendo-se como resultado um retorno de investimento (Payback) de aproximadamente 6 meses.

Palavras-chaves: Papelão Ondulado. Gestão da Produção. Stein-Hall.  Viabilidade econômica.

  1. Introdução

Para as empresas manterem-se competitivas e atraentes nos dias e cenários atuais, elas necessitam buscar desenvolver melhorias e otimização constante de seus processos, necessitam estabilizar seus processos e torná-los cada vez mais rentáveis. Ao encontro dessas necessidades as empresas deparam-se com muitos obstáculos pelo percurso devido à grande necessidade de investimento em melhorias em seus processos e plantas instaladas. Os investimentos são necessários para manter desde uma empresa, corporação, instituição, seja qual for o segmento que se exerce, onde sem os mesmos, as empresas não conseguem manterem-se operantes, devida seus processos e serviços ficarem obsoletos e retrógrados.

Com o aumento significativo do mercado de papelão ondulado, segundo ABPO (2010), a empresa estudada pretende aumentar seu poder de oferta de produtos, com isso busca alternativas para reduzir a geração de refugos em seu processo de fabricação na máquina onduladeira para torná-la mais competitiva e atraente no mercado.

Frente a esse cenário de otimização e melhorias de processo, o presente trabalho tem o objetivo de reduzir a geração de refugos na fabricação das chapas de papelão ondulado, ligados aos fatores de ressecamento e descolamento das mesmas, de uma empresa do Meio Oeste Catarinense.

Os problemas relacionados com o descolamento e ressecamento das chapas de papelão ondulado surgem devido a problemas na preparação do adesivo utilizado na colagem das chapas e nas condições de máquina e mão de obra.

Com a falta de uniformidade no controle do volume de água, no aquecimento da água e no preparo da receita do adesivo, ocorrem as variações inesperadas de viscosidade, ponto gel. Essas variações podem causar no produto final, uma colagem irregular, que devido uma viscosidade muito alta e um ponto gel muito baixo. (com isso, apresenta-se um adesivo vitrificado, que quando se efetua a colagem em temperaturas muito altas, ou seja, quando as folhas de papel passam pela máquina onduladeira (onde atinge temperaturas acima de 63ºC), o adesivo resseca (vitrifica), e posterirormente descola as chapas, ou muitas vezes ocorre deformações nas chapas.

Outra evidência que as variações no adesivo podem contribuir para o descolamento das chapas está relacionada com a viscosidade baixa do adesivo, e quando o mesma não é percebido pelo setor operacional, pode ocasionar uma aplicação demasiada e excessiva, o que compromete a secagem da chapa, aumentando teor de umidade, provocando o descolamento da mesma.

As variações de viscosidade (alta ou baixa) provocam aplicações irregulares, que por sua vez impacta diretamente no aumento do consumo especifico do adesivo.

  1. fundamentação teórica - FABRICAÇÃO DE PAPELÃO ONDULADO

  1. PAPELÃO ONDULADO

Segundo Foelkel (2011), o papelão ondulado também é comumente chamado de papel corrugado. A razão para ambas as denominações é o fato de o miolo ter camadas de papel em ondas corrugadas.

Segundo ABPO (2010), o papelão ondulado é uma estrutura composta por folhas lisas exteriores, e às capas e folhas onduladas que formam as ondas, o miolo. Normalmente se classificam os papelões ondulados conforme o número de papeis que o compõe, assim pode-se ter a face simples, formado por uma folha lisa (uma capa) e uma ondulada, unidas por colagem. Este é o módulo elementar de todo cartão ondulado. Unindo uma segunda capa, forma-se a capa dupla. Se a esta unimos outro módulo elementar, teremos o duplex (parede dupla) e sucessivamente obteremos o tríplex.

  1. o Adesivo utilizado PARA A FABRICAÇÃO Do PAPELÃO ONDULADO

 Conforme Oliveira Filho (2002), o processo Stein-Hall de preparação do adesivo utilizado para fabricação do papelão ondulado é composto de duas frações, a primeira denomina veículo ou gelatinização, que é formada por amido gelatinizado e a segunda denominada suspensão, que é formada por amido crú, isto é, amido não gelatinizado.

  1. Amido

O amido, conforme Oliveira Filho (2002), é a principal matéria prima das formulações de adesivo para papelão ondulado. Normalmente são utilizados amidos “in natura”, mas também podem ser utilizados amidos modificados, quando se quer trabalhar com adesivos com alto teor de sólidos. O amido modificado, quando utilizado em uma receita de cola, proporciona uma estabilidade maior na viscosidade do adesivo, além de permitir uma melhor penetração do adesivo no papel.

Conforme Souza e Andrade (2000), a gelatinização do amido de milho ocorre quando uma suspensão aquosa de amido, sob influencia do calor ou de produtos químicos adequados,  tem o seu sistema molecular enfraquecido através do rompimento das ligação de hidrogênio.A gelatinização é definida como a perda da cruz que aparece no interior do grânulo de amido sob a luz polarizada na temperatura de gelatinização; é por definição o ponto no qual esta transformação ocorre. Após atingir a temperatura inicial de gelatinização, o amido continua a absorver água e as ligações de hidrogênio continuam a ser rompidas. Paralelamente, há um aumento na solubilidade, claridade e viscosidade da suspensão de amido.

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