A Proteção Contra Incêndios
Por: Renatasm2323 • 13/10/2020 • Resenha • 1.123 Palavras (5 Páginas) • 218 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso
Renata de Souza Machado
Trabalho da disciplina de Proteção Contra Incêndios e Explosões
Tutor: Prof. Edison Teixeira Rego
Brasília
2020
PERGUNTAS TÉCNICAS AINDA SEM RESPOSTAS QUE ENVOLVEM O INCÊNDIO DO CT DO FLAMENGO
Referência
Vicente, Mário Jorge Gomes. Perguntas técnicas ainda sem repostas que envolvem o incêndio no CT do Flamengo – Uol, Rio de Janeiro, fev.2019. Blog do Mauro Cézar. Disponível em https://blogdomaurocezar.blogosfera.uol.com.br/2019/02/11/perguntas-tecnicas-ainda-sem-respostas-que-envolvem-o-incendio-no-ct-do-fla/: Acesso em 26/03/2020
O presente trabalho trata de uma resenha crítica sobre o artigo: Perguntas técnicas ainda sem repostas que envolvem o incêndio no CT do Flamengo, escrito por Mário Jorge Gomes Vicente, Engenheiro de Segurança do Trabalho, professor universitário e membro da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança.
O autor comenta sobre o incêndio que matou dez adolescentes, jogadores das divisões de base do Clube Flamengo, no Centro de treinamentos do Clube, localizado no Rio de Janeiro.
O referido assunto foi matéria de muitos jornais e amplamente explorado nas mídias de comunicação, causando grande comoção da população. Após noticiado o fato, autoridades especialistas investigam se o Clube possui ou não alvarás emitidos pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, certificação do Corpo de Bombeiros local e demais documentos. Porém, de acordo com o autor, outras abordagens de natureza mais técnica mereciam maior atenção e também podem indicar um caminho que leve a causa raiz do ocorrido.
O acidente ocorrido nas instalações do Clube Flamengo, objeto de muitas publicações, bastante divulgado por todas as mídias nacionais, com repercussão internacional, vitimou dez jovens jogadores das divisões de base do Clube. Inicialmente as investigações deram grande importância a análise documental da real situação de funcionamento do Clube, principalmente quanto a documentação como alvarás emitidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro, certificação do Corpo de Bombeiros local, etc.
O autor enfatiza que o acidente, não ocorreria se medidas preventivas tivessem sido tomadas por parte dos envolvidos, independentemente da documentação estar em dia ou não. E somente uma perícia técnica totalmente imparcial poderá responder quanto o motivo principal que causou tal acidente. Algumas situações, como as descritas a seguir, devem ser observadas quando da análise da situação.
Na semana em que ocorreu o acidente a cidade do Rio de Janeiro enfrentou alterações climáticas resultando em ventos fortes, sendo estes até mesmo classificados como tornados pelas autoridades meteorológicas. Estas alterações climáticas geraram variações de energia, inclusive na região onde localiza-se o Clube. A este respeito, pode-se associar o fato de que aparelhos de ar condicionado possuem um dispositivo denominado termostato, que tem a função de equilíbrio destes equipamentos, e que com uma grande variação, podem causar um curto circuito, que somente poderá ser comprovado através de uma perícia técnica. A Concessionária de energia do estado, apenas pronunciou-se negando grandes variações de energia na região.
Outro fato a ser observado é que o alojamento do Clube era composto por “containers”, que atualmente é um sistema bastante utilizado pela sua facilidade, agilidade de instalação e manutenção. O sistema de “containers” pode ser utilizado para diversos fins, porém quando utilizado para uso residencial necessita ter placas duplas de aço com preenchimento de poliuretano em seu interior e também tratamento anticorrosivo e antichamas. Mas, somente uma perícia técnica bastante detalhada poderá responder se os alojamentos continham estas especificações.
Nenhuma autoridade até àquele momento tratou do tema “Normas Regulamentadoras, Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978”. Esta portaria regulamenta normas de Segurança no Trabalho, e dentre outras, a Norma NR-4, que regulamenta o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, que o Clube provavelmente deveria ter, bem como tais profissionais ocupantes destas funções deveriam ter sido ouvidos e prestarem informações a respeito de todos os Programas preventivos contra incêndio, rotas de fuga, treinamentos, etc, que deveriam fazer parte da rotina do Clube. O SESMT regulamentado pela Norma NR 4, estipula o quadro de profissionais de acordo com o número de funcionários regidos pela CLT, que em caso de mais de mil funcionários, deveria ser constituído minimamente por um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, um técnico de segurança do trabalho e um auxiliar de enfermagem. Não foi informado se havia e nem onde estavam estes profissionais e como seriam suas rotinas no Clube para que se pudesse saber o porquê suas atribuições não foram efetivamente cumpridas.
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