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A Reação química heterogênea na superfície de uma partícula não-catalítica e não-porosa

Por:   •  2/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.164 Palavras (13 Páginas)  •  195 Visualizações

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Fenômenos de Transporte III

Aula 08

Prof. Gerônimo


7.2.2- Difusão com reação química heterogênea na superfície de uma partícula não-catalítica e não-porosa.

Neste item admite-se que a superfície do sólido seja uma etapa da reação, sendo consumida ao longo do processo difusivo em regime pseudo- estacionário. Um fenômeno que isso acontece é a combustão: o soluto- reagente A difunde por uma camada gasosa inerte I, e reage quando em contato com a superfície do sólido. O produto da reação contradifunde em relação ao fluxo do reagente. A relação entre os fluxos do reagente e produto obedece a estequiometria da reação.

a

N aA

(g)

+ sS (s) → bB (g) N

S

=

0 ; N B = - b

A


A = reagente gasoso S = reagente sólido I = inerte B = Produto

S

S I

I

Em t = 0 Em t + ∆t

∆r

∆r

R

i

R

f

aA

(g)

+

sS (s) → bB (g)

r

∆t r

B

A

y

A0

y

A∞


Exemplo 1: Uma partícula de carbono em forma de esfera queima no ar através da seguinte reação química:

C

(S)

+

O 2(g) + N 2(g) -→- CO 2(g) + N 2(g) ( 1 )

A reação na superfície do carbono é descrita como sendo irreversível e de primeira ordem:

R

2 " O

=

- N r,O

2 = .Ck OS 2 ( 2 )

R

r

∆r

N

O2,r


Considerando que o processo de transferência de massa ocorra em regime permanente e a T e P constante, determine em função do raio da partícula esférica ( r o ) e perfil o fluxo de molar fração do molar oxigênio do oxigênio na superfície

( y

O2

)

da partícula de carbono.

Solução: 1- Considerando que a partícula tem geometria esférica, a equação da continuidade de transferência de massa em coordenadas esféricas é:

C A ∂ t

+

⌈ │ ⌊

r 1

2

)Nr(

2

rA, ∂

r

+

rsenθ 1

( senθ )N A,θ ∂ θ

+

rsenθ 1

N ∂

φ

A, φ

⌉ │ ⌋

( 3 )

2- Regime permanente; 3- Fluxo radial (unidirecional); 4- O meio difusivo não é reacional. A equação ( 3 ) torna-se:

rr

( Nr

)

0 =

R

''' A

1

2 2

rA,

=

( 4 )


Seja a seguinte equação reacional:

C  +

O  + N  - -→ CO  + N 

( 5 ) B

Onde:

(S)

2(g)

2(g)

2(g)

2(g)

C

A

B

D

N

rC,

=

0 (sólido) ( 6 )

N

rB,

=

0 (estagnado ) ( 7 )

N  rA,

=

- N  rD, reagente

produto

( 8 )

A equação do fluxo total de A ( O

2

) no meio gasoso é:

N

rA,

= - C.D AD dy

A dr

+ Ny

A

( rA, + N rD, )

( 9 )

Aplicando a equação ( 8 ) na equação ( 9 ), temos:

N

rA,

=

- C.D AD dy

A dr

+ Ny A

( 

 rA, -  N rA, )

N rA,

- C.D AD dy

A

=

0

= dr

( 10 )


Substituindo a equação ( 10 ) na equação ( 4 ), temos:

1

∂ rr

2

⎛ │ ⎝

-

C.Dr

AD 2

dy dr

A

⎞ │ ⎠

= 0

( 11 )

Considerando T e P constantes ⇒ C (gás ideal) e D

A,D

são constantes. A equação ( 11 ) fica: d dr

⎛ │ ⎝

r

2 dy dr

A ⎞ │ ⎠

= 0

( 12 )

Condições de contorno: CC1: Para r → ∞, CC2: Para r = R, y R

A

A

= ״ = 0,21 N

A,r

( = 21% -k s

Cy

molar A

⇒ y

de A

= O

-N 2

)

A,r

/k

s

.C

O sinal negativo para o fluxo indica a contradifusão formado Para obter (CO

o 2

). perfil da distribuição do reagente do O 2 (reagente A ) em relação A no ar, devemos integrar e ao produto resolver a equação diferencial ( 12 ).

dr d

⎛ │ ⎝

r

2

dy

dr

A ⎞ │ ⎠

= 0

r

2

dy

dr

A =

C

1

⇒ ∫

dy A = C 1 ∫ r

2 dr

y

A

= - C r

1

+ C

2

( 13 )


Aplicando as condições de contorno na equação ( 13 ), temos:

...

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