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A Saúde do Trabalhador

Por:   •  4/1/2017  •  Resenha  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  240 Visualizações

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TAREFA 4.2

        Depois da divisão do mundo entre o capitalismo e o socialismo durante a Guerra Fria, estabeleceu-se uma nova estrutura no mercado de trabalho. Com a supremacia do capitalismo sobre o socialismo, este se espalhou pelo mundo e a força que o move, o trabalhador, passou a ser a parte mais oprimida de seu sistema. Com as mudanças no mercado, o trabalhador se vê pressionado de todas as formas a impulsionar uma produção com a qual não se identifica. A busca pela máxima lucratividade no capitalismo pressiona o trabalhador a atingir, ou em alguns momentos, superar seus limites para atingir as tarefas que lhe são impostas.

        A saúde mental do trabalhador vem sendo objeto de estudo para a psicologia devido à epidemia de transtornos mentais instaurada no século XXI. Com sobrecarga de tarefas, múltiplas exigências e falta de autonomia para tomar decisões, não é por acaso que isso se tornou um problema social. Segundo alguns pesquisadores, é impossível cumprir à risca todas as instruções ou tarefas passadas aos empregados por seus superiores. Assim, os trabalhadores usam artimanhas “semicladestinamente” para suprimir a defasagem entre a organização do trabalho prescrita e a organização do trabalho real. Agindo desta maneira, os trabalhadores entram em sofrimento, com o detrimento à sua saúde. Fato é que a estrutura do mercado globalizado passou a integrar a subjetividade do empregado, afetando o meio ambiente de trabalho, consequentemente a saúde mental do trabalhador. A insegurança passou a fazer parte do cotidiano dos trabalhadores que, para se afastarem do sofrimento causado pela nova dinâmica instaurada no mercado de trabalho, utilizam mecanismos de defesa essenciais à proteção a vida e a integridade psíquica, na maior parte das vezes de forma inconsciente. Nem sempre, tais estratégias são suficientes para suportar tamanha pressão e sofrimento de forma permanente, o que culmina na fragilidade e no adoecimento do trabalhador, quando não na violência social.

        Atualmente, as empresas já possuem algum conhecimento sobre os efeitos da sobrecarga de trabalho na saúde do trabalhador, que acaba por refletir na produção e na imagem da empresa no mercado. Para que o ambiente de trabalho ofereça todas as condições necessárias para o desenvolvimento harmônico das atividades entre os setores é necessário que existam metas palpáveis e acima de tudo sinergia entre os colaboradores, isso só é possível quando são utilizados métodos contemporâneos de integração organizacional. É importante que as organizações contenham profissionais de psicologia dentro do seu corpo de funcionários. Esse profissional através dos seus conhecimentos pode agir em diversas áreas que envolvam a saúde mental do colaborador, que vão desde o acompanhamento psicológico individual à palestras motivacionais e atividades voltadas à melhora do clima organizacional.

        Do ponto de vista legal, os transtornos mentais causados pelo trabalho ainda apresentam certo descaso, não sendo amplamente coberto pela legislação brasileira devido a sua definição pouco precisa nas normas. Os aspectos psicossociais ainda são objetos mais da Psicologia do que do Direito, apesar da grande importância deste aspecto para as relações jurídicas. Em consequência de uma linha técnica adotada, somada a falta de interesse do mercado de consumo instaurado pelo capitalismo a este tema, poucas normas são voltadas para a qualidade do ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador.

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