ADEQUACY OF THE RESIDENCE PROJECT OF THE PAC ACCELERATION PROGRAM TO INCREASE ENERGY EFFICIENCY
Por: Allan Barbeiro • 29/8/2018 • Artigo • 5.392 Palavras (22 Páginas) • 300 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Os registros históricos que datam da era pré-histórica dizem que o homem teve a necessidade de deixar a vida nômade e se fixar em um local para se proteger das intemperes do clima e de outras espécies que poderão lhe fazer mal de alguma forma, assim foi criado um ambiente onde o homem pudesse se estabelecer, os chamados habitats.
A definição do termo habitat (habitat artificial humano) engloba o ambiente biofísico artificial construído pelo homem a partir da natureza. O habitat, sob a perspectiva sócio geográfica, se subdivide em: rural, urbano, industrial, turístico e móvel. (PINHEIRO & CRIVELARO, 2013, p. 09).
Com a evolução da sociedade e das necessidades humanas, as construções foram se modificando e passou a fazer uso de materiais disponíveis, técnicas de construção, planejamento e arquitetura considerando as atividades econômicas e padrões sociais e culturais. Desta forma foram criados critérios que orientam e coordenam o planejamento de uma edificação.
A habitação salubre (saudável, higiênica, benéfica) deve atender as necessidades humanas pertinentes aos aspectos fisiológicos (funções do organismo), psicológicos (mentais), de proteção contra contágios (doenças de contato) e segurança (proteção contra acidentes). Detalhando o aspecto fisiológicos no quesito conforto, os seguintes itens são importantes: temperatura e umidade adequada, ventilação e arejamento suficientes, iluminação adequada (natural e artificial), proteção contra ruídos excessivos, espaço suficiente. (PINHEIRO & CRIVELARO, 2013, p. 11)
Atualmente, considera-se uma boa edificação aquela que atende esses critérios desde a concepção até a execução do projeto, recebendo o nome de Ecoeficiente, ou seja, uma construção que respeita ao meio ambiente, aos critérios de economia, conforto e desempenho.
O conceito de construção sustentável ou de eco construções ganha mais espaço a cada ano no cenário mundial assim como o desenvolvimento de novas tecnologias e práticas de referências que permitem a implementação do desenvolvimento sustentável no setor da construção civil.
Segundo ADAM, 2001 ‘‘O conceito de ecoedifício é dinâmico e progressivo integrando indivíduo, ecossistemas e edifício de forma a permitir a ocorrência de relações sinérgicas entre esses elementos. Desse modo, propõe o conhecimento e a atuação sobre os ciclos de recursos e energias, avaliando suas inter-relações, desde a concepção do projeto à demolição’’.
Desta forma este trabalho tem o objetivo de avaliar as características da implantação do projeto CF40 – G1 da COHAPAR na cidade de Maringá. Avaliar as características de iluminação natural que o projeto oferece e determinar a demanda de energia elétrica necessária para iluminar os ambientes do projeto.
Estudar uma maneira de otimizar a iluminação natural do projeto reduzindo a iluminação artificial e diminuindo os custos com a iluminação e realizar uma comparação quantitativa entre as lâmpadas incandescentes, fluorescentes e LED.
E por fim realizar o levantamento dos custos do projeto por meio do CUB par do Projeto Original e para o Projeto Otimizado.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito de Construção Sustentável baseia-se no desenvolvimento de modelos que permitam à construção civil enfrentar e propor soluções aos principais problemas ambientais de nossa época, sem renunciar à moderna tecnologia e a criação de edificações que atendam às necessidades de seus usuários.
Brundtland Report, em 1987 propôs a primeira definição sobre edificações sustentáveis, afirmou que edifícios sustentáveis é o que atende suas necessidades sem que comprometa as necessidades das futuras gerações. Em conferências como a Rio 92 no Rio de Janeiro em 1992, a Rio+10 em Johannesburgo em 2002, foram firmados protocolos internacionais foram firmados acordos com o objetivo de reduzir o consumo de recursos naturais do planeta.
O projeto sustentável é interdisciplinar por abranger diversas soluções ligadas a todas a áreas do conhecimento garantindo maior precisão na solução apontada. Do ponto de vista ambiental, social, cultural e econômico, a arquitetura ecológica representa grande vantagem para seus consumidores.
A prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser ainda mais vantajosa, significa uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse nicho de mercado é hoje um diferencial, e passa a ser um requisito, pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.
Benefícios como a redução dos custos de investimento e de operação; imagem, diferenciação e valorização do produto; redução dos riscos; mais produtividade e saúde do usuário; novas oportunidades de negócios; satisfação de fazer a coisa certa.
A questão ambiental vem sendo discutida em todo o mundo, e se tornou necessário adequar a arquitetura a esta nova tendência. Muitos países criaram critérios de avaliação para construções sustentáveis. Hoje é possível dizer que cada país europeu, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong, possui um sistema de avaliação de edifícios. No Brasil, o atestado de boa conduta ambiental e social mais difundido é a Certificação LEED do USGreen Building Council (GBC). Mas outros sistemas de certificação estão começando a despontar. Em abril de 2008 foi lançada a certificação para empreendimentos sustentáveis Alta Qualidade Ambiental comumente conhecido como SELO AQUA, que foi adaptada para atender às características ambientais do país.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) (2016), há desafios a serem vencidos no âmbito da construção civil, dentre os se destacam a redução no consumo de energia, redução da geração de resíduos e otimização de materiais, preservação do ambiente natural nos espaços urbanos e a melhoria do ambiente construído proporcionando melhoria da qualidade de vida. Assim, recomenda o atendimento a questões como:
- Mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições;
- Busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis;
- Gestão ecológica da água;
- Redução do uso de materiais com alto impacto ambiental;
- Redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais. (MMA, 2016)
De acordo com Alexandre Melão “O estudo inglês Costing sustainability, “How much does it cost to achieve BREEAM and EcoHomes ratings (2004) ”, concluiu que em alguns casos a adoção de estratégias avançadas de sustentabilidade podem inclusive reduzir custos. “A construção sustentável não custa mais caro, desde que integrada na etapa de concepção do edifício, ou seja, desde a fase de projeto. ” Antônio Setin (presidente da construtora Setin) “Além de gerar economia, a construção sustentável vai se valorizar. Ou seja, os imóveis sustentáveis terão maior valor de venda e revenda, em poucos anos”
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