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The moral development of forgiveness

Por:   •  16/8/2016  •  Resenha  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  440 Visualizações

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Enright, R. D., & The Human Development Study Group. (1991). The moral development of forgiveness. In W. Kurtines & J. Gerwitz (Ed.), Handbook of moral behavior and development (pp.123 – 152). Hillsdale NJ: Erlbaum.

O capítulo inicia com uma revisão sobre o conceito do perdão e suas variações encontradas na bíblia hebraica e no novo testamento. Os autores apresentam uma definição contemporânea do perdão que seria: uma renegação do afeto e julgamento negativo, pela visão do malfeitor com compaixão e amor, em face da injustiça considerável do malfeitor. Essa definição preocupa-se com o ponto de vista da pessoa que perdoa e não daquele que busca o perdão. O perdão aqui é visto como uma aplicação específica da misericórdia.

São apresentados dois modelos psicológicos para o perdão: Um modelo social cognitivo-desenvolvimentista e um modelo social de processamento. O primeiro modelo relaciona o desenvolvimento do perdão em seis estágios descritos da seguinte forma: 1º estágio – perdão vingativo – Eu posso perdoar alguém apenas se for possível punir o malfeitor em um grau similar de dor que sinto. 2º estágio – perdão compensatório – se eu obtiver de volta o que foi tirado de mim, então eu posso perdoar, ou caso eu me sinta culpado por não perdoar alguém eu posso dar o perdão para eliminar minha culpa. 3º estágio – perdão de expectativa – eu posso perdoar se outros me fizerem pressão para isso, é fácil perdoar quando outras pessoas esperam por isso. 4º estágio – perdão de expectativa legal – eu perdôo quando minha religião demanda isso. 5º estágio – perdão como harmonia social – eu perdôo quando isto restaura a harmonia ou as boas relações na sociedade. 6º estágio – perdão como amor – eu perdôo incondicionalmente porque isso promove o verdadeiro sendo do amor. Porque eu realmente me preocupo com cada uma das pessoas. Cada estágio de desenvolvimento do perdão é relacionado a um estágio do desenvolvimento moral de Kohlberg e apenas no último estágio é possível verificar o perdão genuíno.

O segundo modelo apresenta os processos para perdoar outra pessoa. O modelo se começa com um dano causado ao individuo que irá iniciar uma seqüência de estratégias que irão determinar a ocorrência do perdão. O primeiro processo é a conscientização (componente 1) da conseqüência emocional causada pelo sofrimento. Essa conscientização é seguida por uma necessidade de se resolver o conflito (componente 2). Inicia-se então a decisão entre as estratégias (componente 3), onde o perdão só será escolhido caso o motivo para perdoar (componente 4) for forte. A decisão para o perdão (componente 5) consiste no ponto onde ocorre a desistência do ressentimento ou punição do malfeitor. Seguem-se a execução da estratégia de perdão interna (componente 6) e a necessidade da ação (componente 7). Após esse ponto ainda estão presentes no modelo as estratégias de reconciliação que culminam na liberação.

Ressalta-se que as etapas do processo não são rígidas e as pessoas que perdoam não necessariamente passam por todas elas.  A seqüência é lógica mas não invariante.

Os autores apresentam por fim um conjunto de pontos na utilização do perdão como uma estratégia eficaz na resolução de problemas.

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