ALVENARIA DE VEDAÇÃO: Vícios de construção decorrentes da falta de treinamento contínuo
Por: duhviana • 4/8/2018 • Monografia • 6.132 Palavras (25 Páginas) • 151 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA[pic 1]
CARLOS EDUARDO VIANA DOS SANTOS
ALVENARIA DE VEDAÇÃO:
vícios de construção decorrentes da falta de treinamento contínuo
RIBEIRÃO PRETO
2016
SUMÁRIO[pic 2]
1 INTRODUÇÃO 2
1.1 TEMA 3
1.2 PROBLEMA 4
1.3 HIPÓTESE 4
1.4 OBJETIVOS 5
1.4.1 OBJETIVO GERAL 5
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 5
1.5 METODOLOGIA 5
1.6 JUSTIFICATIVA 5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
2.1 ALVENARIA 7
2.2 TREINAMENTO 11
2.3 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO PARA TORNAR PEDREIROS ESPECIALISTAS 13
2.3.1 REQUISITOS DO TREINAMENTO 17
2.3.1.1 PLANEJAMENTO 19
2.3.1.2 ORGANIZAÇÃO 19
2.3.1.3 CONTROLE 20
2.3.1.4 PRODUTIVIDADE 20
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
1 INTRODUÇÃO
A Indústria da construção civil oferece oportunidade de trabalho para boa parte da população brasileira, sendo destaque na economia nacional, representando 20% do Produto Interno Bruto (PIB) (contas nacionais / IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010). Em 2015, o setor recuou 8% em 2015, por conta da retração, além de queda de 6% do emprego na construção (QUINTÃO, 2015).
Nesse contexto, a indústria da construção civil sempre assumiu papel preponderante no desenvolvimento nacional do ponto de vista econômico. Essa importância econômica é representada por sua participação no Produto Interno Bruto (PIB).
Conforme Coêlho (2003), a construção civil concorre com um percentual aproximadamente igual a 20% no total das indústrias. Este setor está em constante crescimento com a criação de novas empresas, originando assim um acentuado aumento da competitividade no mercado.
O crescente incentivo por parte do Estado por meio de programas como “Minha Casa Minha Vida”, “Programa de Aceleração do Crescimento – PAC” ou redução de impostos incidentes na matéria prima utilizada na indústria da construção, busca a redução do déficit habitacional e o aquecimento da economia interna no Brasil. Neste sentido, existe a necessidade de um operário bem treinado e capaz de atender as necessidades desta área específica da economia.
Como na construção civil há versatilidade do produto final e uma pequena mecanização da produção, a utilização da mão de obra torna-se primordial e cada vez mais disputada. Estudos na área apontam um crescimento da produtividade sendo sobreposto pelo aumento dos salários, na mão de obra disputada.
Dirigentes do setor da Construção Civil enfatizam a necessidade do treinamento da mão de obra, pois com as mudanças que vêm ocorrendo nos últimos anos, as empresas deste ramo buscam caminhos para se tornarem competitivas.
Segundo Farah (1992 apud DOUTEL FILHO; VASCONCELOS, 2012), a forma como o desenvolvimento da construção ocorreu no país acabou por comprometer o saber dos operários, implicando numa desqualificação crescente dos trabalhadores, sem que houvesse transferência do “saber-fazer” para a gerência do processo de produção.
Conforme Barros (1998 apud DOUTEL FILHO; VASCONCELOS, 2012), pela racionalização da produção das alvenarias de vedação é possível a redução de custos, o aumento de produtividade e a própria redução de problemas patológicos no conjunto das esquadrias e das instalações hidrossanitárias e revestimentos.
A vedação vertical pode ser entendida como sendo um subsistema do edifício constituído por elementos que compartimentam e definem os ambientes internos, controlando a ação de agentes indesejáveis. Pode-se dizer que seja o invólucro do edifício.De acordo com Coêlho (2003) este fato tem levado as empresas construtoras a uma agilização eficaz, quanto ao modo de gerenciamento em seus canteiros de obras, como forma de alcançar uma redução de perdas e um diferencial competitivo na função produção.
Segundo Bornia (1995) o bom desempenho de uma empresa está associado à eficiência produtiva. A busca por maior eficiência é uma das principais preocupações da empresa moderna, uma vez que o mercado não se encontra disposto a absorver as suas ineficiências.
Conforme Coêlho (2003), a melhoria da qualidade dos serviços e produtos tem sido uma das alternativas utilizadas pelas empresas, procurando uma resposta a esta competitividade.
Têm sido constante os processos judiciais por condôminos que exigem esclarecimentos quanto a vícios de construção, dentre tantos outros assuntos.
Logo, o número de defeitos e vícios, principalmente de qualidade, cresce exponencialmente proporcionando um passivo demasiadamente grande para as construtoras que não se preocupam com a legislação atual.
Segundo o escritório Tapai Advogados, “os processos judiciais contra construtoras cresceram 50% de 2012 para o ano passado no Tribunal de Justiça de São Paulo, e acumulam forte alta de 2.600% de 2008 para 2013” (LARANJEIRA, 2014, p. 1). “A quantidade de casos gerados por defeitos e vícios do produto é vasta, pois são vários os defeitos de projeto e de execução na construção brasileira” (GUEDES JUNIOR, 2007, p. 18).
1.1 TEMA
Dessa maneira, as atividades desempenhadas em construção civil exigem o assessoramento dos engenheiros, fundamentais para o direcionamento das obras e na adequação dos trabalhadores à NBR, mas, verifica-se que no canteiro de obras, a capacitação e orientação dos pedreiros é terceirizado, ou seja, a garantia de segurança dos trabalhadores depende do trabalho realizado por uma empresa terceirizada, que, possivelmente, não será acionada na justiça caso não cumpra o seu objetivo de zelar pelo trabalhador e pelos vícios na alvenaria.
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