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Aspectos gerais das mudanças climáticas

Por:   •  6/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.606 Palavras (15 Páginas)  •  246 Visualizações

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[pic 1][pic 2]Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Minas

GEO 114 - Climatologia

SEMINÁRIO FASE N2

Renan Pedrosa Fonseca

Ouro Preto

2017

FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS E HISTÓRICOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS: ASPECTOS DIVERSOS

Renan Pedrosa Fonseca

PROBLEMA

O tema “mudanças climáticas” tornou-se recorrente em nosso cotidiano científico, nos meios de comunicação, escolas e em esferas governamentais. Dada à sua abrangência, complexidade e multidisciplinaridade, as pesquisas visando o entendimento de suas causas, de seus impactos e formas de mitigação representam um dos maiores desafios da ciência, em nível global. A partir desta exposição, questiona-se sobre a possibilidade de uma explicação exata e científica sobre o verdadeiro motivo das mudanças climáticas.

OBJETIVOS

O objetivo neste seminário é tratar da fundamentação científica das mudanças climáticas – portanto, da ciência, uma vez que não existe verdade absoluta em ciência, mas, dada a magnitude do problema em questão, existem respostas mais discutidas e apontadas por especialistas de todo mundo.

JUSTIFICATICA

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas  (International Panel on Climate Change - IPCC) conclui, em um de seus relatórios de avaliação, que a temperatura média da atmosfera tem aumentado em 0.6ºC + 0.2ºC durante o século XX. Os modelos globais do IPCC têm mostrado que entre 1900 e 2100 a temperatura global pode aquecer entre 1.4 e 5.8ºC, o que representa um aquecimento mais rápido do que aquele detectado no século XX e que, aparentemente, não possui precedentes durante, pelo menos, os últimos 10.000 anos. O aquecimento global recente tem impactos ambientais intensos (como o derretimento das geleiras e calotas polares), assim como em processos biológicos (como os períodos de floração). Partindo desses dados já elaborados por estudiosos de todo mundo, é importante estudar e tentar formalizar um conceito científico sobre os principais fatores para as mudanças climáticas sem deixar de abordar os aspectos históricos.

MÉTODO GERAL

Demonstrativo e descritivo, abordando dados de estudos já realizados por instituições especializadas em analisarem o problema, tais como Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, dentre outros.

BASE DE DADOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA TERRA

A Terra e o ambiente terrestre, lar dos seres humanos, é consequência de uma evolução de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, controlada por diferentes processos que representam um sistema dinâmico, de variáveis e intricadas reorganizações. A história do clima do planeta reflete um padrão de equilíbrio complexo de muitas variáveis climáticas. A compreensão do sistema climático é o resultado de várias interações estruturadas destas variáveis: sol, atmosfera, oceanos, gelo, relevo, seres vivos e vegetação. Então, as condições climáticas são resultados de variáveis externas que as condicionam, como a intensidade da radiação solar, e interna, como a configuração dos oceanos, continentes e a composição da atmosfera. As mudanças climáticas são compreendidas como um ajuste no sistema. Portanto, qualquer alteração nessas variáveis modifica o equilíbrio radiante, e como consequência a sobrevivência da vida no planeta.

O clima terrestre já se modificou inúmeras vezes em decorrência desses ajustes, aproximadamente há 6 bilhões de anos, as glaciações representaram eventos de extremas variações climáticas que repercutiram sobre todo o ambiente do planeta. As pesquisas confirmam que na maior parte da história climática do planeta, a média de temperatura foi superior à atual, num padrão em que os períodos mais quentes duraram por centenas de milhões/bilhões de anos, interrompidos por períodos mais frios, que duraram de dezenas a talvez centenas de milhões de anos.

Cada período da história climática do planeta, sejam períodos mais quentes ou mais frios, apresentaram características específicas de distribuição de energia e composição da atmosfera, que por sua vez, produziram padrões de fauna, flora e processos físicos distintos dos atuais, tanto em seus tipos, como em sua distribuição espacial.

        Aquecimento Global

Em 1988, a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (United Nations Environment Programme – Unep) e a Organização Meteorológica Mundial (World Meteorological Organization - WMO), criaram o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC), cujo objetivo era ministrar avaliações regulares sobre as mudanças climáticas, sob a função de acompanhar cientificamente esse processo.

De acordo com o último relatório do IPCC, que representou o consenso da maior parte da comunidade científica internacional, o aumento global de temperatura registrado nos séculos XX e XXI tem como origem as atividades humanas, afetando diretamente a biosfera com consequências inevitáveis, pois a ação antropogênica é um fator determinante ao aquecimento, com o aumento da emissão de gases do efeito estufa, com o desmatamento indiscriminado, as queimadas, a poluição desenfreada do meio ambiente e a formação de ilhas urbanas de calor influindo diretamente no equilíbrio do planeta, elevando a temperatura. Em 1750, no auge da Revolução Industrial, houve um aumento de 31% na concentração atmosférica de carbono, o que influenciou o balanço energético do sistema climático, desde 1760 até 1960.

Os resultados do IPCC foram mais de 80 mil séries de dados que mostram modificações significativas em: sistemas físicos: recuos de geleiras, irregularidades em rios, lagos e oceanos; sistemas biológicos: como alterações no comportamento de peixes, aves, mamíferos, e outras espécies animais; mudanças nas regiões de ocorrência e no ciclo anual de espécies vegetais. Além disso, estudos recentes demonstram que o Brasil é vulnerável às mudanças climáticas atuais e mais ainda às que se projetam para o futuro, especialmente quanto aos extremos climáticos. As áreas mais vulneráveis compreendem a Amazônia e o Nordeste do Brasil (MARENGO et. al., 2007).

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