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CONTAMINAÇÃO DO RIO ÁGUA BRANCA POR DIFERENTES FONTES DE POLUIÇÃO

Por:   •  25/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  2.222 Palavras (9 Páginas)  •  487 Visualizações

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CONTAMINAÇÃO DO RIO ÁGUA BRANCA POR DIFERENTES FONTES DE POLUIÇÃO

Gilbano Gomes Lins Junior; Graziele Raianne da Silva Souza; Luiz Emanoel Carvalho da Silva Santos & Geiza Yohana Jatobá

RESUMO – Há uma preocupação mundial diante das ameaças da poluição dos rios, do uso insustentável, das mudanças climáticas, degradação na utilização do solo e do risco de escassez, principalmente em regiões semiáridas, sendo necessário garantir a preservação dos recursos hídricos, principalmente dos rios. Seguindo esse conceito o presente trabalho tem por objetivo avaliar as condições sanitárias da água no percurso do rio onde há intervenções humanas até a utilização do recurso na irrigação de hortaliças, propondo soluções pertinentes aos problemas identificados. Visando identificar as principais fontes de contaminação, que influenciam nas condições de aproveitamento da água, no percurso do rio Água Branca, percorremos os principais pontos de contaminação do rio. Foi possível tirar algumas fotos para fazer análise previa da poluição do rio em questão e avaliar a qualidade da água de diferentes pontos de poluição possibilitando estudar os possíveis problemas sanitário para a população que consome os alimentos oriundos das hortas irrigadas com esta água. Foi verificado que a falta de saneamento da cidade é umas das principais fontes de poluição do rio, através da desagua dos esgotos domésticos, acumulo de resíduos de oficinas e até mesmo lançamento de resíduos hospitalares no percurso do rio. O estudo e a compreensão dos processos fisiológicos das vias fluviais são fundamentais para entendermos como as práticas antrópicas afetam o rio. Este tipo de estudo permite descrever as interações das atividades possivelmente poluidoras, identificando as nascentes, as características do canal, os poluentes, auxiliando na identificação da qualidade e do potencial de exploração econômica da água no uso de irrigação de oleícolas.

Palavras-Chave – Recursos hídricos, poluição dos rios, fontes de contaminação

  1. INTRODUÇÃO

A humanidade sempre utilizou recursos naturais para satisfazer suas necessidades biológicas, bem como para realizar uma série de atividades. Nesse sentido, convive com os resíduos do próprio organismo e dos processos que desenvolve, em uma tentativa constante de realizar o manejo correto (JESUS et al., 2012). Há uma preocupação mundial diante das ameaças da poluição dos rios, do uso insustentável, das mudanças climáticas, degradação na utilização do solo e do risco de escassez, principalmente em regiões semiáridas, sendo necessário garantir a preservação dos recursos hídricos.

Os componentes hidrológicos do ciclo da água se distribuem desuniformemente entre as diversas regiões do planeta, esse sistema é afetado por ações antrópicas capazes de alterar sua disponibilidade, em termos quantitativos e qualitativos. Dentre as regiões submetidas a cenários de escassez de água se destacam as zonas semiáridas, sujeitas as chuvas de distribuição irregular, no tempo e no espaço, produzindo períodos de estiagem aguda, e ao mesmo tempo, concorrendo para eventos de enchentes (MONTENEGRO et. al., 2012).

Os resíduos sólidos gerados nas cidades, em especial as cidades do interior, ainda não possuem, na maior parte dos casos, um destino adequado. Os lixões, amontoados de lixo e esgotos representam uma realidade em municípios carentes de serviços de saneamento. Esses locais se constituem em pontos altamente favoráveis à proliferação de uma gama de vetores transmissores de doenças. O reuso da água pode resolver muitos problemas ambientais relacionado a poluição de cursos d’água, podendo ser uma saída para suprimento de água rica em nutrientes para a agricultura e diminuir a pressão que está exerce sobre os recursos naturais.

As fontes de poluição dos rios não se limitam apenas aos esgotos domésticos das cidades, mas também a outras fontes de contaminação. Segundo alguns autores, o acúmulo dos metais pesados nos solos agrícolas é frequentemente causado pelo uso repetido e excessivo de fertilizantes, pesticidas e resíduos orgânicos (ALLOWAY, 1990B; BLUME & BRÜMMER, 1991; GIMENO-GARCÍA et. al., 1996).

Os serviços ambientais proporcionados pelos sistemas de águas doces são diversos. Entretanto, o processo de urbanização das cidades e, consequentemente, a impermeabilização e mau uso do solo, a precariedade dos serviços de saneamento, alterando suas estruturas e mesmo eliminando suas funções (ALMEIDA et al., 2012).

Segundo Murad Jabay Bino [19--?], o uso de água servida (águas residuais, como são tecnicamente chamadas) pode significar simplesmente que os moradores das residências juntam a água servida e a derramam com baldes em cima das árvores e das culturas. Podem-se fazer filtros muito simples com barris ou tambores com camadas de carvão e areia para filtrar as substâncias químicas e o teor de sabão, para que a água seja menos prejudicial às plantas.

O saneamento, visando a proteção da saúde humana por meio de medidas controladoras do manejo dos recursos ambientais, compreende, dentre outros, a disponibilização do abastecimento de água e estruturas de saneamento, proteção contra enchentes, drenagem, assim como provimento de água para atividades produtivas, de maneira economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente equitativa e, ainda, recurso como forma de combate à pobreza (RODRIGUEZ, 1998).

Os próprios constituintes naturais do rio realizam processos biológicos que tentam amenizar os impactos, a autodepuração, por exemplo, é um processo natural, no qual cargas poluidoras, de origem orgânica, lançadas em um corpo d’água são neutralizadas. De acordo com Sperling (1996), a autodepuração pode ser entendida como um fenômeno de sucessão ecológica, em que o restabelecimento do equilíbrio no meio aquático, ou seja, a busca pelo estágio inicial encontrado antes do lançamento de efluentes, é realizada por mecanismos essencialmente naturais.

De acordo com Friedler e Juniaco (1996), a aplicação dos nutrientes contidos nos esgotos ou efluentes tratados pode reduzir, ou mesmo eliminar, a necessidade de fertilizantes comerciais. Entretanto a oferta de resíduos que é destinada pode ser extremamente alta, ultrapassando os limites de possíveis benefícios às culturas irrigadas.

Estudos conduzidos por Osburn e Burkhead (1992) para avaliar a possibilidade do uso de efluentes com tratamento secundário utilizando a irrigação por gotejamento e a aspersão, nas culturas do pepino e berinjela, mostraram que a qualidade da água influenciou no aumento da massa verde das plantas, mas não a produtividade, ao contrário de outros estudos, que indicaram aumento da produtividade quando do uso de efluente secundário (Jucken, 2000; Biscaro et al., 2002).

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