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Caracterização da Barragem de Doutor - MG

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.155 Palavras (9 Páginas)  •  166 Visualizações

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CARACTERIZAÇÃO DE BARRAGEM DE REJEITO: BARRAGEM DE DOUTOR – MG

ESTER DE OLIVEIRA SILVA

RAIANY RODRIGUES ROSA


ESTER DE OLIVEIRA SILVA

RAIANY RODRIGUES ROSA

CARACTERIZAÇÃO DE BARRAGEM DE REJEITO: BARRAGEM DE DOUTOR – MG

Trabalho apresentado à Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Engenharias, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, como requisito para segunda avaliação da disciplina de Tratamento de Rejeitos.

Docente: Msc. André Miranda Brito Branches


Sumário

1.        INTRODUÇÃO        4

2.        CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM DE DOUTOR – MG        4

2.1.        PORTE DA BARRAGEM        4

2.2.        MÉTODO CONSTRUTIVO        5

2.3.        ALTEAMENTOS E VIDA ÚTIL        6

2.4.        DISPOSIÇÃO DO REJEITO        8

2.5.        SISTEMA EXTRAVASOR        8

2.6.        CARACTERIZAÇÃO DO REJEITO        10

2.7.        SECÇÃO TRANSVERSAL        12

3.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        13


  1. INTRODUÇÃO

Num amplo entendimento, a barragem de rejeitos é definida como sendo uma estrutura capaz de armazenar a fração improfícua advinda do processo de beneficiamento de minérios. O rejeito é um material sem valor econômico, entretanto deve ser armazenado de maneira a atender as legislações vigentes.

A barragem do córrego do Doutor foi projetada para a contenção de rejeitos oriundos da usina de concentração de Timbopeba, da então Companhia Vale do Rio Doce, que beneficia minérios de ferro provenientes desta mina e da mina de Capanema (BUSCH et al., 1999).

A altura inicial da barragem foi construída para atender o primeiro ano de operação, como geralmente é executado em empreendimentos de mineração. Posteriormente, de acordo com o avanço da lavra e consequente aumento da produção de rejeitos, serão realizados alteamentos. Os rejeitos que a barragem do Córrego do Doutor recebe são os rejeitos da flotação dos minérios de Capanema e de Timbopeba, além das lamas da deslamagem dos minérios de Capanema e de Timbopeba, espessadas (em espessador) (ARAUJO, 2006).

Ainda segundo Araújo (2006, p. 90), “o dique inicial foi construído com solo compactado, com cota de crista 770 m, altura máxima de 25 m acima do fundo do vale, e comprimento de crista de 320 m. A partir dele, a barragem é alteada com os próprios rejeitos ciclonados [..]”.

Dessa maneira, este trabalho visa apresentar informações acerca da Barragem de Doutor com intento de caracterizar a barragem em questão e possibilitar um melhor entendimento em relação à essas estruturas ainda tão necessárias para a mineração.

  1. CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM DE DOUTOR – MG

  1. PORTE DA BARRAGEM

Segundo Busch et al. (1999), a capacidade prevista para a Barragem de Doutor é de 1,93 milhões de toneladas/ano de rejeito de flotação e 1,24 milhões de toneladas/ano para rejeitos finos (lamas).

Segundo dados do então DNPM (2016), a Barragem de Doutor é caracterizada como de grande porte, se enquadrando, também, dentro da Política Nacional de Segurança de Barragens – PNSB nos critérios de altura, volume e risco potencial associado como mostrados na Tabela 1:

Tabela 1: Critérios de enquadramento na PNSB.

[pic 2]

Fonte: Adaptado de DNPM, 2016.

No estado de Minas Gerais, para se classificar uma barragem quanto ao porte são levados em conta alguns critérios normatizados pela Deliberação Normativa COPAM nº 87, de 17 de junho de 2005. Tais critérios são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Critérios para definição do porte da barragem e do porte do reservatório.

[pic 3]

Fonte: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=8251. Acesso em 04 de agosto de 2018.

 

  1. MÉTODO CONSTRUTIVO

Na fase inicial da execução da obra, será construída uma barragem de terra homogênea com pouco mais de 30 m de altura. De acordo com a necessidade, esta será gradualmente alteada com rejeitos pelo método de linha de centro, com algum deslocamento do eixo para montante (BUSCH et al., 1999).

Segundo Cardozo, Pimenta e Zingano (2016), o método a montante consiste na construção e alteamento do barramento sempre à montante sobre o rejeito já consolidado, o método a jusante é a construção e alteamento do barramento sempre a jusante. Enquanto que o método de linha de centro consiste na construção e alteamento do barramento tanto à montante quanto à jusante, acompanhando um eixo vertical, chamado de linha de centro, sobre o rejeito depositado a montante e sobre o próprio barramento à jusante. A Figura 1 ilustra os métodos construtivos de barragens.

Figura 1: Métodos construtivos de barragens.

[pic 4]

Fonte: DUARTE, 2008.

  1. ALTEAMENTOS E VIDA ÚTIL

Os alteamentos da Barragem de Doutor são executados com rejeitos de minério de ferro utilizando ciclones onde o underflow é disposto à jusante e o overflow à montante formando a praia. Com o auxílio de um trator, o material proveniente do underflow é espalhado e compactado de modo que se obtenha um valor de compacidade relativa mínima em torno de 55%.

O método utilizado é o “linha de centro” levemente deslocado à montante e o alteamento se dá com incrementos de até 5 metros.

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