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EXPLOSÕES E INCÊNDIOS PÓS EM SUSPENSÃO

Por:   •  25/1/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  930 Palavras (4 Páginas)  •  307 Visualizações

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EXPLOSÕES E INCÊNDIOS_PÓS EM SUSPENSÃO

Hoje sabemos que o açúcar e o milho estão entre os produtos de destaque no mercado internacional, em especial no Brasil, no que se refere a indústria alimentícia.

O que as pessoas não sabem é que durante o processamento destes cereais a formação de pós que ao atingirem determinadas concentrações podem gerar uma atmosfera explosiva e causar violentas explosões

Em 18 de outubro de 2013, houve uma explosão no terminal da Copersucar no Porto de Santos (SP), resultando em um incêndio que atingiu 06 armazéns onde estavam estocadas 180 mil toneladas de açúcar. O combate foi feito por embarcações do Corpo de Bombeiros.

Este incêndio impulsionou o preço do açúcar na bolsa de New York para os níveis mais altos já presenciados. Facilmente justificado em razão do Porto de Santos ser responsável por 60% da produção brasileira.

Em 25 de dezembro de 2013, ocorreu uma explosão em dois depósitos de açúcar da empresa de logística AGOVIA, em Santa Adélia (SP). Perda calculada em 28 mil toneladas de açúcar, cerca de 12 milhões de dólares.

No local é movimentado 2 milhões de toneladas de açúcar o que corresponde algo em torno de 10% da produção da região Centro-Sul do Brasil.

Este incêndio consumiu mais de 100 horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. Com o calor, o açúcar se liquefez, atingindo temperaturas de 80º C, atingindo as ruas da cidade e a remoção da população. Para piorar, o xarope atingiu um afluente. Apesar de não ser toxico ocasionou a mortandade de cerca de duas toneladas de peixes em razão da diminuição do oxigênio na agua devido a dissolução do açúcar. Em razão do açúcar ser solúvel, não foi possível colocar barreiras de contenção, tendo o melaço alcançado a marca de 7km por dia.

Em 18 de novembro de 2013, outra explosão em silo de milho da ATT Armazenagem Transporte e Transbordo, sediada em Londrina (PR), que resultou em três empregados mortos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, trabalhadores estavam limpando o silo e que o atrito das ferramentas gerou um centelhamento.

Infelizmente os riscos de explosões nestes ambientes são negligenciados. Durante o processamento os pós podem formar nuvens de poeira, gerando eletricidade estática, sendo este a ignição que faltava para ocorrer a explosão. Além do citado, temos efeitos termoelétricos, como curtos-circuitos e centelhamento gerado mecanicamente por equipamentos.

Estas explosões alcançam pressões altíssimas, chegando à faixa de 8 a 10 bar.

A análise das ocorrências de explosões nestes ambientes, por meio de relatórios permite conhecer os fenômenos ocorridos a fim de evitar novas explosões. Esta análise é complexa e demorada e consiste em entrevistas com sobreviventes, documentação de manutenção de equipamentos, estudo de plantas, quem era autorizado a estar no local, dentre outros.

Estas análises proporcionaram a chegar em uma conclusão: As não conformidades encontradas são a falta de classificação de áreas quanto ao risco; Precária especificação de equipamentos elétricos/eletrônicos; Falta de sinalização de áreas classificadas e falta de manutenção dos equipamentos elétricos nas áreas classificadas.

Em relação aos equipamentos elétricos e eletrônicos destinados as funções de comando, monitoração, distribuição de força que estejam instalados em ambientes que proporcionem uma atmosfera explosiva devem estar em conformidade com a NR 10, os quais são conhecidos  como ”equipamentos Ex”.

Nos Estados Unidos, que estudam as explosões de poeira de grãos há mais tempo, recomenda-se que a concentração máxima de poeira de grãos no ambiente de trabalho seja de 4 g/m3 de ar. A faixa mais perigosa para gerar uma explosão, varia entre 20 e 4.000 g/m3 de ar.

PARÂMETROS CRÍTICOS PARA A EXPLOSÃO DE POEIRAS

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