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Estudo Sobre Análise Econômica

Por:   •  5/6/2020  •  Resenha  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  157 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ESTUDO SOBRE ANÁLISE ECONÔMICA

A análise econômica é pode ser definida como uma ferramenta de administração financeira e um importante instrumento do planejamento estratégico no que diz respeito à gestão eficiente de recursos (LIZOTE et al., 2014). “A geração de riqueza é a base dos motivos que levam as pessoas [empresas, instituições ou organizações] a realizarem investimentos, buscando um retorno lucrativo e sustentável” (MARQUEZAN; BRONDANI, 2006). Neste sentido, a análise de investimentos se apresenta como uma ferramenta capaz de determinar se a aplicação de capital resultará em retornos maiores ou, pelo menos, não inferiores aos os valores aplicados, sendo um fator determinante e justificativo para a execução – ou não – desta ação (ASSAF NETO, 1992).

De acordo com Assaf Neto (1992) este artifício matemático objetiva atuar no escopo das ações de longo prazo que podem exercer influência sobre a economia de um investidor, visando maximizar o retorno financeiro proporcionado pela aplicação de uma determinada quantidade de recurso a fim de predizer se o emprego deste capital provocará a retração ou a ampliação da riqueza líquida de quem o realiza. Lizote et al. (2014) afirmam que a realização de investimentos traz consigo riscos devido as incertezas com relação aos retornos dos valores aplicados, sendo tais incertezas provocadas pela ampla gama de fatores intervenientes que podem exercer influências durante o prazo de retorno. “A análise de decisão busca compreender alternativas complexas considerando riscos e incertezas [associados à realização de investimentos]” (LIZOTE et al., 2014). Marquezan e Brondani (2006) ressaltam a importância da análise econômica de investimentos para a prevenção da perda de patrimônio, tendo em vista o alto custo inicial de investimento e a escassez de recursos do investidor.

O investimento, segundo Lizote et al. (2014), é a aplicação de recursos – seja ele de qual tipo for: econômico, tempo de execução de uma atividade, entre outros – que é realizado no presente para que acarrete benefícios futuros. Marquezan e Brondani (2006) e Lizote et al. (2014) afirmam que o retorno dos investimentos deve ser superior ao valor que é empregado de modo a não gerar perda do recurso investido e a desvalorização do investimento.

Vários métodos são adotados para a realização da análise econômica de investimento, dentre os mais usuais por empresas e investidores estão:

  1. Valor Presente Líquido (VPL): Lizote et al. (2014) define o VPL como o resultado que o investimento proporcionará ao final do projeto, identificando as consequências financeiras do investimento. De acordo com Assaf Neto (1992) esta diferença representa o ganho do investimento com relação aos retornos estimados. Uma interpretação teórica que pode ser dada ao valor presente líquido é de que consiste em “uma soma algébrica de fluxos de caixa descontados para o instante presente, a uma taxa de juros i” (MARQUEZAN; BRONDANI, 2006).

Deste modo o VPL é dado pela diferença entre o somatório dos valores de entrada e o somatório dos valores de saída ocorridos em todo o projeto. De acordo com Bataglin et al. (2013) o VPL pode ser calculado do seguinte modo:

VPL = j(1+i)-j – j(1+i)-j[pic 2][pic 3]

Onde:

Rj é relativo às receitas (ou ganhos);

Cj é relativo às despesas (ou custos);

i é a taxa de juros;

j é relativo ao período em que as receitas ou as despesas ocorrem; e

n é o número de períodos ou duração do projeto.

O critério de aceitação do investimento por este método é dado do seguinte modo: caso o valor de VPL seja maior que zero, o investimento é justificado economicamente pois há previsão de lucro; caso este valor seja inferior a zero (com valor negativo) o investimento não é atrativo.

Algumas das maiores vantagens do VPL é que considera o custo do capital e permite verificar a montante de fluxos de caixa projetados (LIZOTE et al. 2014).

  1. Taxa Interna de Retorno (TIR): Lizote et al. (2014) apontam que a TIR é o método que reflete a taxa dos fluxos de caixa líquidos periódicos, onde o fluxo de caixa líquido é a diferença entre as entradas e as saídas. Assaf Neto (1992) e Marquezan e Brondani (2006) afirmam que se trata de uma taxa de desconto ou juros que retorna o valor nulo de VPL num dado momento, ou seja, é uma razão que iguala os valores de entrada e os de saída.
  2. Relação Benefício/Custo (B/C) ou Índice de Lucratividade (IL): Também conhecida como razão benefício/custo, é dado pela razão entre os valores de entrada e os de saída, indicando qual o retorno financeiro para cada unidade monetária aplicada no investimento (ASSAF NETO, 1992; LIZOTE et al. 2014).

B/C = [pic 4]

Onde:

ΣE é relativo ao somatório das entradas (ou ganhos);

ΣS é relativo ao somatório das saídas (ou custos).

Quanto ao critério de viabilidade do investimento para este método, diz-se que o investimento é viável se B/C – ou o IL – for igual ou superior a 1. Caso contrário, o investimento deve ser descartado.

  1. Taxa de Rentabilidade (TR): De modo semelhante à relação B/C descrita anteriormente, a TR é um índice, mas expressa pela razão entre o VPL e o somatório dos custos. Matematicamente esta relação é dada por:

TR = [pic 5]

Onde:

ΣE é relativo ao somatório das entradas (ou ganhos);

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