Estudo de Caso Embraer
Por: Hugo Torres • 3/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.034 Palavras (5 Páginas) • 332 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Hugo César Pereira Torres
Trabalho da Disciplina: Estratégia Empresarial,
Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Rio de Janeiro
2017
FICHAMENTO :
CASO: Estudo de Caso intitulado “Estudo de Caso: Embraer: A Líder Mundial em
Jatos Regionais".
REFERÊNCIA: GHEMAWHAT, Pankaj. Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais,
Boston: Harvard Business School, 2000.
Criada no ano de 1969, a Embraer era uma empresa estatal, com finalidade de fabricar aeronaves comerciais e militares. A empresa tinha todo o suporte do governo, que tinha como objetivo o desenvolvimento da aeronáutica brasileira. A empresa teve uma rápida ascensão no mercado, com declínio nos anos 80.
Entre os primeiros lançamentos estavam o xavante, que foi criado em 1971, em 1972 foi lançado o Ipanema e em 1973 o Bandeirante, uma aeronave de 19 assentos para passageiros de turbo hélice, originada do projeto IPD. Além dos lançamentos de grande sucesso, a Embraer obteve uma licença da Piper, que favorecia a produção de todo tipo de aeronaves, com acesso ao mercado brasileiro.
Por ser estatal e ter 51% do seu capital controlado pelo governo, a Embraer tinha privilégios na venda de aeronaves para os órgãos federais, recebia financiamentos e isenções fiscais, o que a possibilitava ser mais competitiva que as outras empresas do ramo de aviação, tanto no mercado interno, quanto no cenário internacional. Entretanto, a desaceleração no crescimento da Embraer viria, inevitavelmente, com o fim da Guerra Fria, a recessão da economia mundial e o fracasso de vendas do modelo CBA123, com prejuízo estimado em US$ 280 milhões, em 1990.
A Embraer acumulava prejuízos sucessivos, e mesmo tendo chamado Ozires Silva( antigo diretor e principal idealizador da Embraer) de volta, somados a redução do quadro de funcionários, não conseguiam conter seus enormes prejuízos, em média $200 milhões por ano. Tudo caminhava para uma inevitável privatização da estatal.
O período de privatização foi complicado, com algumas condições impostas pelo governo, como não poder demitir ninguém nos primeiros 6 meses de transição. Um processo complicado e que contou com algumas resistências, mas que foi concluído e marcou o início de um crescimento a longo prazo.
Em 1995, Mauricio Botelho foi nomeado o novo CEO da empresa. Mauricio era um mecânico de 53 anos de idade, diretor da CBS, que trabalhou desde de 1969, mas que teve várias reviravoltas durante todo o período que passou CBS. Sua contratação na atual empresa, alterou toda a estrutura da Embraer, iniciando pelo quadro de funcionários.
Em 1996, foi iniciado um projeto de reorganização da empresa, que resultou na adoção do modelo matricial, a Embraer passou a ser estruturada em função de projetos. Esse modelo visava atingir o aumento da flexibilidade, interação e autonomia, bem como a redução de prazo e custo. Além disso, houve a redução do quadro de funcionários para 3.200 profissionais e a média salarial foi reduzida a menos de 1/4 dos US$ 2.100,00 que eram pagos antes da privatização. Para que os funcionários remanescentes não ficassem desmotivados, a empresa criou um programa de incentivo que distribuía 25% dos dividendos pagos a acionistas, com base no desempenho referente ao atendimento de metas prefixadas.
A Embraer passou por um processo de reformulação, com ênfase na terceirização de insumos, processos de manufatura e montagem. O relacionamento com fornecedores teve uma atenção especial, implicando na melhoria da qualidade e tempo de produção. A empresa conseguiu sanar os prejuízos, mas continuava sem obter lucro, ficou durante um bom tempo da margem zero. Eram precisos avanços. Foi quando a Embraer renegociou juros, conseguindo os diminuir e decidiu lançar um novo produto no mercado, para atrair investidores e melhorar seu desempenho financeiro. Nasceu o projeto ERJ 145.
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