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Estudo de Caso embraer

Por:   •  27/9/2016  •  Resenha  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  832 Visualizações

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A Embraer nos anos 2000 era a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais a nível mundial, no ano anterior era a maior exportadora do Brasil e registrou receitas de US$ 1,9 bilhão. No mesmo ano, um consórcio de empresas francesas iria adquirir 20% do seu capital acionário. Em 1999, anunciou uma nova linha de jatos, que caso obtivesse êxito, mais que dobraria as vendas da companhia, porém a Organização Mundial do Comércio pronunciou contra o Brasil pelos subsídios que concedeu a Embraer e seria auditada no início de 2000.

Entre as décadas de 40 e 50, o governo brasileiro incentivou com esforços a indústria aeronáutica, criou-se institutos e centros, dentre eles o ITA - Instituto de Tecnologia Aeronáutica e o IPD - Instituto de Pesquisa e desenvolvimento. Junto com esses centros e institutos, foi criada a Embraer com o intuito de fabricar aeronaves militares e comerciais, combinando os recursos de uma empresa estatal com a agilidade de uma empresa privada. Por decreto, o governo teria 51% do capital da empresa e os órgão federais deveriam preferencialmente comprar os aviões da Embraer. A empresa não pagaria impostos ou tarifas aduaneiras sobre matérias primas, equipamentos e peças que nao estivessem disponíveis no Brasil. O decreto também afirmava que as companhias brasileiras poderiam investir 1% ao ano do seu imposto de renda em ações da Embraer e com esse esquema levantou um capital estimado em US$ 359 milhões.

Rapidamente a Embraer atuava em três segmentos aeronáuticos: aeronaves de passageiros, de defesa e para fins específicos. Com essa grande atuação, vieram grandes demandas tanto no país quando para exportação, que inicialmente eram para o Chile e Uruguai e logo expandiram seus horizontes. Com a certificação da Federal Aviation Administration (FAA), as vendas para os EUA ganharam proporção e a Embraer rumava o domínio do mercado aeronáutico.

O desempenho no final da década de 80 apresentou uma queda devido ao fato do fim da guerra fria, pois cancelou bilhões de dólares de programas militares e a recessão mundial. Com trocas dos governos militares, assinatura do Tratado do Mercosul, decidiu-se que a Embraer juntamente a Argentina iria desenvolver outro tipo de aeronave, mais curta, porém com projeto mais caro.

O impacto da inflação até o início da década de 90, fez com que as vendas sofresse fortes quedas, sua produção caísse e ocorresse redução de funcionários. Com isso, o congresso brasileiro decidiu que a Embraer deveria ser privatizada, porém os problemas financeiros não acabaram. Sem o pagamento de um dos donos do novo negócio, houve a necessidade de prover empréstimos e os novos acionistas não lhe davam crédito.

Em busca da recuperação, aconteceu a nomeação de um novo CEO, alterou-se a estrutura administrativa e buscou-se em transformar o foco de produção para foco de mercado e instaurou-se um projeto de reorganização que resultou numa organização matricial estruturada em função de projetos. Ao mesmo tempo que se organizou a nova estrutura, aconteceram demissões e muitos trabalhadores perderam seus empregos.

Para melhorar a motivação dos trabalhadores, a Embraer instituiu um programa de incentivo onde dividia 25% dos dividendos pagos aos acionistas para os funcionários que eram pagos duas vezes ao ano, caso alcançassem a meta. A Embraer começou também a melhorar seu relacionamento com os fornecedores, que lhe rendeu diminuição de 14 para 6 meses de produção de turboélice Brasília, e pela primeira vez se viu sem prejuízos operacionais.

Para suprir a demanda de mercado de voos curtos e regionais, foi criada uma nova aeronave, a ERJ 145, com 50 assentos que obteve o certificado em 1996. Com empréstimo do BNDES no valor de US$ 115 milhões e U$ 100 milhões de parceiros da Embraer para constituir 79% dos custos de produção do ERJ 145 e 85% do ERJ 135, que se caracterizava por ser um avião para 37 passageiros.

O CRJ 200 da empresa Bombardier era o principal concorrente do ERJ 145, porém o CRJ tinha mesmo espaço de cabine por passageiro, poderia ter mais de uma tonelada a mais do que o ERJ 145, sistema mais complicado, o que aumentava muito o custo do concorrente. Visto que a Embraer entra no mercado com um modelo concorrente, a Bombardier reduziu o preço do CRJ 200, criou e distribuiu manuais que comparava ambas aeronaves e ainda atraiu engenheiros da Embraer para fazer parte da sua equipe.

Mesmo com a agressividade da Bombardier, a Embraer via suas vendas aumentarem cada vez

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