Hermeneutica

HERMENÊUTICA

1- A SITUAÇÃO CONTEPORÂNIA

A convicção de que fazer teologia significa com a reflexão tornar responsável a fé no autotestemunho de Deus em Jesus de Nazaré.

A hermenêutica trata-se de um termo extremamente cambiante. O seu aspecto semâtico atinge desde um Canon de normas técnicas de interpretação, passando pela fundamentação teórica da linguagem e do conhecimento próprio da metodologia hermenêutica. Esta pluralidade de sentidos, manifesta movimento de pensar cada vez mais radicalizante, que quer do texto como objeto chegar ao ser do texto.

2- ELEMENTOS DE HERMENÊUTICA PRÉ-REFORMATÓRIA

A comunidade cristã desde sempre viu-se confrontada com problemas hermenêuticos, e todos os processos foram de natureza hermenêutica da mesma forma como até aos dias de hoje são a pregação comunitária ou missionária. A hermenêutica exercida na pratica da vida encontrou seu reflexo teórico em uma consciência hermenêutica, que se expressou em teorias de interpretação, doutrinas sobre a pregação, casuísticas morais etc. As regras e métodos de interpretação são de inicio tomados de empréstimos do campo da hermenêutica profana filosófico-filológico, e servem para se prepararem edições criticas da bíblia ou traduções e comentários bíblicos, mas permanecem enxertados em contesto global filosófico-teologico, visto que o lhes importava era fazer convicções de conteúdo dogmático, sobretudo em confronto com a exegese e a hermenêutica rabínicas.

O desenvolvimento da hermenêutica na igreja antiga esta marcado pela polêmica entre as escolas alexandrinas e antioquena que gira em torno do valor e da utilidade teológica da interpretação alegórica da escritura.

Dois marcos fundamentais da hermenêutica da igreja antiga, sobre os quais se constrói a evolução posterior são a doutrina do sentido múltiplo da escritura e a doutrina da função interpretativa normativa da regula fidei. Ao determinar a relação que continua sendo sempre discutida, entre sentido literal e sentido espiritual da escritura, a exegese e a hermenêutica patrística dão clara e ampla preferência ao último, o sentido verbal da escritura ordena-se ao sentido espiritual. O novo principio fundamental hermenêutico soa, nas questões de fé ou verdade somente cabe força de prova ao sentido literal.

Tomás inverte exatamente ao contrario a ordem de importância dos dois sentidos da escrituras e determina a verdade teológica expressa no sentido literal como o objeto propriamente dito da explicatio da escritura. A tarefa exegese limita-se a esclarecer mediante o trabalho critico-filológico,o sentido literal ao qual se refere e se remete a interpretação. O sentido espiritual da escritura não se deixa captar nem exegética nem dogmaticamente, mas manifesta-se na utilidade do emprego da escritura para a vida de piedade cristã, que doravante constitui o campo da aplicação.

A pesquisa humanística reage a situação criada pela Escolástica, concentra-se na critica textual filológica, recomenda e promove a ocupação individual com a escritura.

Lutero revoluciona a situação, avançando seus próprios inícios de escolásticas tardia para nova compreensão da escritura e por isso confronta a escritura com a exigência da razão, que para ela vale como critério da interpretação da escritura.

3- ELEMENTOS DE HERMENÊUTICA REFORMATORIA E PÓS- REFORMATÓRIA

Deilthey o mais importante teórico da chamada hermenêutica cientifica não contradiz Lutero e com ele a teologia reformatória atribua de maneira geral à pesquisa historio-critica da escritura peso muito considerável. Lutero rejeita a doutrina da multiplicidade de sentidos da escritura, quando ele rechaça a alegorese como método de interpretação e quando obriga a exegese ao sentido literal como o único decisivo. Lutero refere-se à antítese de letra e espírito para responder a uma questão característica para