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MEIO AMBIENTE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por:   •  8/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.992 Palavras (20 Páginas)  •  312 Visualizações

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TRABALHO DE

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Grupo 2:

Materiais de Construção Civil e Meio Ambiente

Alunos:       Allifer Henrique

                  Guilherme Roveda

                  Leandro Rodrigues

                  Mírian Souza

                  Rogério Souto

FUNEC – Santa Fé do Sul

Profº – Arnaldo Suzini Poleto

MEIO AMBIENTE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

RESUMO

Os impactos negativos causados pela disposição irregular dos resíduos sólidos de perdas da construção civil são um dos maiores problemas enfrentados atualmente pela gestão urbana. A deposição irregular causa o esgotamento prematuro de áreas de deposição final, obstrução dos elementos de drenagem urbana, degradação de mananciais, poluição nas vias públicas, principalmente nas áreas periféricas, proliferação de insetos, roedores e outros organismos vetores de doenças, e o conseqüente prejuízo à saúde do cidadão e aos cofres públicos. A quantidade de entulho gerado nas construções demonstra a ineficiência do processo construtivo. Os custos desta ineficiência são distribuídos por toda a sociedade, não só no aumento do custo final das construções, como também nos custos de remoção e tratamento do entulho. Devido ao aumento deste problema foram criadas as Estações de Reciclagem de Entulho para a mitigação do problema.

INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil tem uma participação de aproximadamente 40% na economia mundial (HANSEN, 2008). Isto mostra o tamanho desta indústria e quanto ela influencia não só na economia, mas também no meio ambiente e na sociedade como um todo. Porém ela é uma indústria muito abrangente e diversificada, onde se tem um grande desafio na introdução de melhorias e quebras de paradigmas. Mas devido a esta abrangência, qualquer modificação introduzida traz resultados muito significativos.

A construção civil, mesmo que não seja tão perceptível em um primeiro momento, é uma atividade extremamente poluente e com um produto final que consome muitos recursos naturais. E isto ainda é agravado pelo fato de que novas tecnologias que poderiam atenuar o impacto ao meio ambiente, encontram grandes resistências. Mas quais são os impactos do setor ao meio ambiente? Ceotto (2008) cita alguns destes impactos:

· A operação dos edifícios consome mais de 40% de toda energia produzida no mundo;

· Consome 50% da energia elétrica e 20% do total de energia produzida no Brasil;

· A construção civil gera de 35% a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana;

· Na construção e reforma dos edifícios se produzem anualmente perto de 400 kg de entulho por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano;

· A produção de cimento gera 8% a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil, sendo 6% somente na descarbonatação do calcário;

· Assim como o cimento, a maioria dos insumos usados pela construção civil é produzida com alto consumo de energia e grande liberação de CO2. Além disso, a construção civil é responsável pelo consumo de 66% de toda madeira extraída, gera 40% de todos resíduos na zona urbana, e é uma atividade geradora de poeira, seja na extração de matéria prima, seja na obra. Embora muito das perdas da construção ocorra na forma de entulho e resíduos descartáveis (portanto facilmente quantificáveis), vale lembrar que também temos outros tipos de perdas, como por exemplo, o gasto de materiais em excesso, ficando este incorporado a construção. Muitas vezes esta perda passa despercebida e não é contabilizada.

O mais interessante é a grande variação nas perdas de um mesmo tipo de material entre diferentes empresas e canteiros de uma mesma empresa. Isto revela o potencial para uma redução significativa das perdas sem grandes mudanças na base tecnológica. Admitindo que as atividades de construção de edificações possuam perdas médias para o cimento de 56% (mediana da amostra), pode-se estimar que se essas perdas fossem reduzidas para 6% (valor mínimo encontrado da amostra) seria possível aumentar em 50% a produção de edificações, mantendo-se constante o consumo de cimento do setor. Claro que na prática não é tão simples assim. Mas esta conta rápida serve para demonstrar o grande potencial que a indústria da construção tem para colaborar com a redução no impacto ao meio ambiente.

ALTERNATIVAS ENCONTRADAS

As alternativas e tecnologias para a minimização dos impactos ambientais são as mais diversas possíveis. Mas não devemos nos deixar levar apenas por soluções ótimas no papel, porém inviáveis na prática. Então, para seguirmos no caminho que nos levará a soluções realmente eficazes devemos satisfazer três necessidades. Assim, o edifício que resultará de uma construção sustentável precisará atender ao seguinte (CEOTTO, 2008):

1. Ser economicamente viável para seus investidores;

2. Atender as necessidades dos usuários;

3. Ser produzido com técnicas de reduzam o trabalho degradante e inseguro feito pelo homem.

Na atividade de construção civil e no produto resultante dela, temos quatro principais fases que são a concepção, projeto, construção, e uso e manutenção. As possibilidades de intervenções para buscar a redução dos impactos são distintas em cada fase, sendo de grande importância levar isto em consideração. Ceotto (2008) também apresenta os custos de cada fase de uma edificação, sendo que cerca de 80% de todo o custo é gasto na fase de uso e manutenção. Portanto detalhes de concepção de projeto terão grandes impactos no futuro de um prédio. Uma primeira ação visando à diminuição do impacto visa mudar a nossa cultura e maneira de agir. Num primeiro momento não é necessário investir em novas tecnologias nem mudar as técnicas usadas atualmente. Basta investir na mudança da cultura dos colaboradores, visando uma redução das perdas e da geração de entulho, embora seja, uma ação barata e sem maiores investimentos financeiros, essa simples e importante ação leva muito tempo para ser absorvida por todos envolvidos. Não existe uma fórmula pronta em se tratando da minimização dos impactos ambientais, sendo que cada caso deve ser analisado separadamente. Mas invariavelmente as soluções adotadas seguem as seguintes premissas:

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