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O LEITOR NO ATO DE ESTUDAR A PALAVRA ESCRITA

Por:   •  6/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.127 Palavras (5 Páginas)  •  817 Visualizações

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Aluno: João Victor Rodrigues Alves

Turma: 10 as 12 terça e quinta-feira

O LEITOR NO ATO DE ESTUDAR A PALAVRA ESCRITA

No início do capítulo os autores pontuam que o enfoque do texto será no leitor e na sua postura na prática de ler, discorrendo que, por hábitos arraigados, decorrentes de vários fatores, como a prática no dia a dia, ideologias e exigências escolares, assumimos uma posição de "leitor passivo", onde apenas lemos o texto, e ao final dessa leitura, nossa atividade também se encerra. Em seguida, apresentam que ao longo do capítulo, tentarão proporcionar uma reflexão sobre a postura que deve assumir o leitor ao ler, fazendo desta atividade um processo de entendimento do mundo e, pois, um ato de conhecer.

  1. A duplicidade do ato de estudar

No primeiro ponto, a duplicidade do ato de estudar, temos o significado da palavra "estudar" para os autores, sendo colocada como o ato pelo qual cada pessoa enfrenta a realidade para compreendê-la e desvenda-la, seja pela descrição de suas características ou pela descoberta de sua origem e evolução, onde o enfrentamento da realidade pode ocorrer de duas formas: pelo contato direto ou indireto com o objeto a ser conhecido.

Na primeira forma (direta), o sujeito é desafiado pela realidade, na qual, para ele, ela não tem sentido. Onde a ação do sujeito sobre essa realidade lhe dará condições para compreender o seu modo de ser. Os autores trazem então um exemplo, o ato de estudar um riacho: uma pessoa deseja atravessar um riacho sobre o qual não possui nenhum conhecimento, como profundidade ou velocidade da correnteza. Nesse senário, o indivíduo observará a correnteza e profundidade antes de atravessar. Enquanto está realizando esse processo, o indivíduo está estudando a realidade, desvendando a sua forma de ser e as possibilidades de ação.

Na segunda forma (indireta), e permanecendo no exemplo, o indivíduo pode receber as informações sobre o riacho de uma outra pessoa que já tenha experiência sobre aquele local, e então, decidir atravessar ou não, aceitando como verdadeira aquela informação pela autoridade do indivíduo que a repassou, ou jugar verdadeira verificando sua validade.

Em ambas as situações, o ato de estudar é plenamente realizado. No momento em que lemos um texto qualquer, na vida universitária, é preciso ter presente, por uma parte, que temos experiência de vida que nos oferece critérios de julgamento e, por outra parte, que é possível fazer um juízo mais preciso da mensagem do autor, utilizando como critério os dados de argumentação, apresentados pelo autor, assim como a metodologia para a obtenção dos dados. Essas colocações nos permitem meditar e tentar entender o que significa a postura crítica no ato de estudar.

  1. Criticidade e a-criticidade no ato de estudar

No segundo ponto, é apresentado que as duas formas do ato de estudar podem ser classificadas, qualitativamente, como críticas ou a-críticas.

O ato de estudar diretamente a realidade será crítico na medida em que busque uma elucidação compatível com a mesma. Ou seja, a descrição da realidade a partir de suas manifestações reais, e não a partir de projeções do sujeito, sejam elas psicológicas ou sociais. Já o ato de estudar indiretamente a realidade será crítico na medida em que não seja influenciada pela comunicação em si, obscurecendo o fato de que ela deve comunicar, o mais próximo possível, a realidade.  Esta influência poderá decorrer do fato de nos apegarmos mais à expressão, em si, emocionalmente, por ser bem construída, que ao seu necessário vínculo com a realidade.

A-crítica será a atitude de aceitação pura e simples da mensagem, sem perguntar pela sua validade objetiva. Assumir uma postura a-crítica, neste tipo de ato de estudar, significa a abdicação da capacidade pessoal de investigar. Desse modo, no ato de estudar, a postura do sujeito deve ser uma postura crítica e não a-crítica.

  1. O leitor no ato de estudar

Nesse terceiro ponto da reflexão, é discutido que a vida universitária é o lugar onde o leitor se apresenta como uma figura constante, praticando esse ato em casa, na sala de aula, na biblioteca. A vida universitária é vivenciada junto aos textos de leitura.
Cabendo, assim, a discussão sobre o leitor no ato de estudar.

O leitor poderá ser sujeito ou objeto da leitura, a depender da postura crítica ou a-crítica que assuma. Será objeto na medida em que se coloque frente ao texto de leitura como alguém que esteja sendo influenciado pelo que está vivenciando, seja pela alegria ou pelo temor que desperte. Um texto pode despertar em nós uma alegria ou temor (por sua dificuldade) tão grande que podemos perder de vista o seu valor objetivo.

Em ambos os casos, não compreendemos a mensagem transmitida, e, então, estamos sendo objetos frente ao texto de leitura. Nas duas situações, não as compreendemos, porém as memorizamos. Posteriormente seremos capazes de reproduzi-las, sem termos consciência de sua origem. Aqui ocorre o processo do verbalismo. No verbalismo, a aprendizagem não se refere propriamente a uma compreensão da realidade, mas a uma retenção a-crítica e alienada das informações oferecidas para uma posterior reprodução, sendo uma característica do leitor objeto.

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