O LEITOR NO ATO DE ESTUDAR
Por: gabrielmaga95 • 10/6/2019 • Trabalho acadêmico • 964 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
O leitor no ato de estudar a palavra escrita
Neste ponto crucial da leitura, vamos abordar a postura do leitor, à prática de ler livros, artigos e etc. O primeiro ponto analisado diante da perspectiva do texto é o fato de que, por atos estabelecidos em rotinas escolares, acabamos por apenas ler um livro sem ao menos problematizá-lo ou construir críticas sobre seu enredo, apenas lemos e damos ponto final à aquilo que deveria ser algo consolidador do pensamento crítico.
O texto se trata, de acordo com o autor, como um elo elucidativo entre leitor-mundo, ou seja, através da leitura, temos uma visão mais ampla do que é realidade, e como ela funciona. Se não entendermos essa dinâmica, o texto em si não cumpriu seu papel, apenas, de forma mecanizada, mostrou-lhe símbolos que não fazem sentido como instrumento de compreensão da realidade.
Juntamente com este conceito de leitura, trazemos outro - O que é estudar? Estudar nada mais é que, o enfrentamento da realidade, em busca de compreensão e elucidação de fatos desconhecidos. Este enfrentamento, pode acontecer diretamente pelo sujeito e o objeto que ele tenha ou não pré-noção. Para ele, este objeto está com sentido incompleto quanto seu real significado/objetivo, o que lhe sugere o instinto em conhece-lo melhor. O ato de estudar também é efetivado de forma indireta, através da informação de outra pessoa. Outra pessoa já realizou o estudo e recebemos o resultado daquilo, através de outra perspectiva, ou seja, vemos o molde da realidade de outro pensamento, seja ele objetivo ou subjetivo, não temos controle sobre tal.
Mas qual a diferença entre o estudo direto e o indireto? O primeiro traz um resultado que é baseado em nossos sentidos emoções e inteligência, o autor garante a veracidade dos fatos, tendo em vista que o autor é próprio instrumento de dúvida. Já o segundo, é o ponto de vista já realizado e formulado por outra pessoa, de forma já pronta. De um lado podemos admitir que seja verdadeira pois o autor pode ser considerado autoridade suficiente que justifique tal decisão, mas não necessariamente a informação seja verdadeira e por outro lado podemos admitir como verdadeira, mas através do estudo próprio do caso, afim de verificar sua validade. Não necessariamente vamos refazer todo o estudo, vamos apenas utilizar elementos próprios em busca da validação, e enquanto isto não ocorre, nossa decisão sobre a veracidade, deve ser mantida em suspenso.
As duas formas de estudo podem ser críticas e a-críticas. O que isso significa? O estudo diretamente crítico traz o conceito de objetividade, isso quer dizer que não há alterações de realidade, tudo claro com o objetivo de se alcançar uma resposta para algo que ao esteja totalmente explicito. Já o estudo indireto crítico, traz uma abordagem de apego ao mais próximo da realidade, isso quer dizer que, dependendo do caso, podemos não ser totalmente racionais e podemos cometer alguns vícios no estudo, que podem afetar em poucas proporções o que futuramente poderemos ter como resultado. Já o estudo indireto a-crítico é aquele em que se aceita a informação, sem questioná-la, sem verificar sua validade. O verdadeiro significado de aceitação pura sem criticá-lo.
O leitor poderá ser sujeito ou objeto, depende da sua postura critica ou a-critica. Um texto pode ser complexo, que em alguns casos causa temor no leitor devido à dificuldade, e outras vezes podemos perder de vista seu real valor objetivo, e quando isso acontece, somos objeto.
Acontece muito nas escolas, onde é ensinado mais fixação e reprodução do que exemplos práticos, que nos levam ao pensamento mais lapidado. Aqui ocorre o processo de “verbalismo”, que é, uma retenção a-critica e alienante das informações oferecidas para uma posterior reprodução. Por outro lado, o leitor pode se tornar sujeito quando, ao invés de apenas reter a informação, busca compreendê-la, comparando-a com a realidade e verificando a elucidação.
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