O LEITOR NO ATO DE ESTUDAR A PALAVRA ESCRITA
Por: Matheus998m • 17/8/2022 • Artigo • 1.378 Palavras (6 Páginas) • 157 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Campus Ministro Petrônio Portela
Centro de Ciências Humanas e Letras - CCHL
DFI0289 – Fil. da Ciência Metodologia de Pesquisa
Prof.(a): Maria das Graças Moita
Aluno: Matheus Eduardo Oliveira da Silva
Atividade de Resumo
(Texto 04)
Teresina-PI, julho de 2022
Pág.01
O LEITOR NO ATO DE ESTUDAR A PALAVRA ESCRITA
Capitulo III – Texto N°. 4 (Atividade de resumo)
Neste momento, pretendemos dar atenção propriamente no leitor, à sua postura na prática de ler. Por hábitos arraigados, decorrentes de nossa prática diária, da ideologia vigente sobre a leitura e das exigências dos exercícios escolares, temos assumido uma posição passiva enquanto leitores. Ele é o fim da leitura, contudo, o texto é tão somente um instrumento intermediário. Ele mediatiza o leitor e o mundo Ele serve de intermediário elucidativo entre o leitor e à realidade. Sobre a postura que deve assumir o leitor ao ler, fazendo desta atividade um processo de entendimento do mundo e, pois, um ato de conhecer. Caso isto não ocorra, a leitura será somente uma forma mecânica ou semimecânica de identificar símbolos, sem que eles façam sentido como instrumento de compreensão da realidade.
A duplicidade do ato de estudar
Estudar significa, de modo geral, o ato pelo qual cada pessoa humana enfrenta a realidade para compreendê-la e elucidá-la, seja pela descrição de suas características essenciais, seja pela descoberta de sua origem e evolução. Este enfrentamento da realidade, de um lado, pode ocorrer pelo contato direto do sujeito cognoscente com o objeto a ser conhecido, tendo ou não alguma pré-noção sobre ele. Nesta situação, o sujeito é desafiado pela realidade. A prática do sujeito sobre essa realidade que o desafia dar-lhe-á condições para compreender o seu modo de ser.
O processo de operar com a realidade, para encontrar-lhe o sentido mais adequado, mais elucidativo, é propriamente o ato de estudar, enquanto relação direta do sujeito com o objeto do conhecimento. Enquanto está realizando esse processo, o indivíduo está estudando a realidade, ou seja, estão compreendendo e elucidando a sua forma de ser e as possibilidades de ação com e sobre ele. Contudo, o enfrentamento da realidade pode ocorrer de outra maneira, que vamos chamar de indireta. Isto se dá quando recebemos o conhecimento da realidade através de outra pessoa que já tenha efetuado o ato direto de estudá-la. Elucidar a realidade por informação de outro é a segunda forma de efetivar o ato de estudar.
Na primeira, estudamos a realidade como ela se manifesta aos nossos sentidos, à nossa emoção, nossa inteligência, compreendendo as suas partes e os princípios de inter-relação entre elas. Na segunda, estudamos a realidade descobrindo o seu sentido, através da compreensão efetuada e expressa por outra pessoa. Na primeira, o critério de certeza da elucidação da realidade provém de nossa prática, da experiência que vivenciamos.
De um lado, podemos admitir como verdadeiro o conhecimento por considerar que o autor da informação é autoridade suficiente para que acreditemos no que diz, sem questionarmos a validade objetiva da mensagem. No momento em que lemos um texto qualquer, na vida universitária, é preciso ter presente, por uma parte, que temos experiência de vida que nos oferece critérios de julgamento e, por outra parte, que é possível fazer um juízo mais preciso da mensagem do autor, utilizando como critério os dados de argumentação, apresentados pelo autor, assim como a metodologia para a obtenção dos dados. No capítulo subsequente, vamos apresentar um modelo de leitura que dá ao seu usuário habilidades para a execução dessa tarefa.
Como se pode ver, a verificação aqui proposta não se refere, em si, ao processo de refazer todas as pesquisas já realizadas.
O leitor no ato de estudar
A esta altura da nossa reflexão, cada um de nós já pode inferir a conclusão de que o ato de estudar indiretamente a realidade pertence, não com exclusividade, mas especialmente, ao leitor. A vida universitária, em alentada parte do seu tempo, é vivenciada junto aos textos de leitura. Daí caber, perfeitamente, uma discussão sobre o leitor no ato de estudar. O leitor poderá ser sujeito ou objeto da leitura, a depender da postura crítica ou a - critica que assuma frente ao texto sobre o qual processa o seu ato de estudar. Será objeto na medida em que se coloque frente ao texto de leitura como alguém que esteja magnetizado pelo que está vivenciando, seja pelo júbilo, seja pelo temor que desperte. Um texto pode despertar em nós um júbilo tão grande, que podemos perder de vista o seu valor objetivo. Outras vezes, um texto de leitura poderá despertar em nós o temor pela dificuldade de compreensão, e, novamente, podemos perder de vista a objetividade. Em ambos os casos, não compreendemos com precisão a mensagem transmitida, e, então, estamos sendo objetos frente ao texto de leitura, nas duas situações, estaremos tão somente servindo de repositório mnemônico de suas informações.
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