O que é Geoprocessamento

O QUE É GEOPROCESSAMENTO?

INTRODUÇÃO

O conceito de Geoprocessamento vem numa constante evolução de acordo com o crescimento da utilização dos métodos e técnicas deste. Cada vez mais se faz necessário o uso destas ferramentas para um melhor estudo de área. Um grande desafio é o que se refere à tentativa de conceito de Geoprocessamento. Há considerações como o Geoprocessamento sendo um conjunto das Geotecnologias, que incluem o Sensoriamento Remoto, a Cartografia, os GPS’s, entre outros. No entanto, encontrar uma definição precisa e que seja capaz de diferenciar o conceito de Geoprocessamento de outros ramos geotecnológicos é o nosso objetivo.

DESENVOLVIMENTO

A obtenção de conhecimento originado a partir dos dados somente será se houver um referencial adequado, caso contrário nem todos os dados são fontes de conhecimento. No Geoprocessamento temos como referencial o contexto ambiental e a geração da informação pela integração racional dos dados ambientais pode ser denominada geoinclusão. São utilizados grandes volumes de dados que exigem técnicas e atributos geotopológicos para análises, sínteses e planejamento ambiental e gestão territorial. São de extrema importância os atributos espaciais como: localizações; extensões de ocorrência e níveis de intensidade; formas e padrões de distribuição espacial; níveis de proximidades geográficas, de tempo e de custo. Podemos citar outra definição para Geoprocessamento: um conjunto de conceitos, métodos e técnicas que, atuando sobre bases de dados georreferenciados, por computação eletrônica, propicia a geração de análises e sínteses que consideram, conjugadamente, as propriedades intrínsecas e geotopológicas dos eventos e entidades identificados, criando informação relevante para apoio à decisão quanto aos recursos ambientais.  

Não devem ser confundidos o Geoprocessamento a Cartografia Digital, o Sensoriamento Remoto e o GPS, pois suas atividades principais são diferentes. Estes estão envolvidos com a geração e qualidade dos dados, enquanto o Geoprocessamento foca na geração da informação ambiental, potencializada através da geoinclusão. A cartografia digital utiliza conhecimentos geodésicos, de topografia, de processamento gráfico, de informática, e outros.  Sua finalidade principal a geração de mapeamentos confiáveis e retratadores da distribuição espacial de entidades e eventos apartir de recursos gráficos, escalas e resoluções espaciais adequados. O sensoriamento remoto utiliza como dados as respostas teledetectadas oferecidas por fenômenos ambientais à incidência de formas de energia naturais ou artificialmente provocadas.  O sensoriamento exige a criação de estruturas que permitam a tradução dos dados físicos para as formas usadas.   Os dados brutos são objeto de reestruturações adequadas aos diversos campos técnico-científicos.  O uso do sensoriamento permite constatar tamanhos, direções, sentidos e intensidades de alterações ambientais. O Geoprocessamento usa dados já identificados e estruturados para gerar informação.  Já o GPS é geotecnologia de uso crescente em estudos ambientais, usados dentre a Engenharia, as Geociências e muitos outros campos científicos. São vários níveis de exatidão e precisão para uso em diferentes aplicações técnico-científicas.  Dentre eles os níveis de precisão geodésica e níveis de precisão ditos diferenciais dentre outros. A tecnologia do GPS está ligada aos esforços de melhoria na geração de dados ambientais, isso dispensa maiores considerações quanto a seu uso em análises e sínteses ambientais, mas não impede que a utilizem. Existem profissionais qualificados em Geoprocessamento que têm diferentes formações acadêmicas. Isso é propício ao desenvolvimento, e um especialista pode extrair informação de dados, pela forma que achar conveniente. Independente da origem profissional, um pesquisador estará fazendo Geoprocessamento, ao operar sobre bases georreferenciadas e usar técnicas computacionais que considerem os atributos e relações específicos dos fenômenos estudados.