OS IMPACTOS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO DISTRITO FEDERAL

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

OS IMPACTOS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO DISTRITO FEDERAL

Brasília-DF

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Curso de Graduação em Engenharia Ambiental

OS IMPACTOS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO DISTRITO FEDERAL

Brasília-DF

INTRODUÇÃO

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) é “O conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar somente o esgoto sanitário a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro”. Esse sistema é o integrante principal do saneamento básico e, apesar de ser um direito humano fundamental garantido pela Lei 11,445/2007 ainda não é universalizado.

O objetivo deste trabalho é analisar os impactos sociais ambientais e econômicos provocados no Distrito Federal pela falta de coleta adequada de esgoto, como também por todo o sistema de esgoto regularizado realizado pela CAESB (Companhia de Saneamento Básico do Distrito Federal) e fiscalizado pela ADASA (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal).

MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa de cunho bibliográfico desenvolvida a partir de materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses. Há também um caráter descritivo, onde se realizou um estudo de caso a partir do material recolhido de um questionário aplicado a população do Distrito Federal e outras regiões.

Devido à grande produção de teses e artigos acadêmicos na atualidade, faz-se necessário a atuação do pesquisador em selecionar tais publicações com o objetivo de classificar o que é necessário para a realização da analise da problemática em questão, neste caso, os impactos relacionados ao sistema de esgotamento sanitário ou a falta deste. Desse modo, seguiu-se uma metodologia (Figura 1) para a categorização dos dados e levantamento de bases bibliográficas.

No estudo de caso foi utilizado a metodologia de questionário através da plataforma do Formulário Google, com o objetivo de coletar dados dos conhecimentos da população acerca de suas noções sobre a eliminação regular ou não do esgoto doméstico de suas respectivas residências, com um objetivo claro de analisar o âmbito socio-educacional relacionados à referida temática afim de identificar problemas e encontrar soluções.

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO DISTRITO FEDERAL E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS

Para coletar e tratar os esgotos sanitários da população do Distrito Federal, a Caesb opera, atualmente, 5.169 km de redes e 15 Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s). O controle operacional e o monitoramento da eficiência das estações de tratamento são realizados com o apoio de laboratórios, que executam análises físico-químicas e microbiológicas.

Com relação ao índice de atendimento à população, segundo dados realizados pela Caesb em 2010, 88,9% das residências urbanas possuem saneamento adequado e 10,9% semi-adequado. Esses dados sugerem que o Distrito Federal possui o maior índice de cobertura de saneamento no Brasil. Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos domésticos e indústrias que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas, e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) remove as cargas poluentes do esgoto através de processos físicos, químicos ou biológicos, devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.

O tratamento de esgotos domésticos é dividido em tratamento preliminar(ou pré-tratamento), e tratamento a nível primário, secundário e terciário. Nove das dezessete ETE’s da Caesb possuem tratamento a nível terciário, enquanto as demais possuem tratamento secundário.

1. No tratamento preliminar são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos às próximas unidades de tratamento, ou até mesmo para facilitar o transporte do efluente.

2. No tratamento a nível primário são sedimentados os sólidos em suspensão que vão se acumulando no fundo do decantador, formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo.

3. Em seguida, no tratamento a nível secundário, os microorganismos irão se alimentar da matéria orgânica, convertendo-a em gás carbônico e água.

4. No tratamento a nível terciário são removidos poluentes específicos como os micronutrientes (fósforo e nitrogênio).

Em cada etapa de tratamento existe a geração de lodo, que na Caesb corresponde a aproximadamente 340 toneladas por dia. O tratamento do lodo é realizado por digestores que tem a função de estabilizar a matéria orgânica e favorecer a etapa posterior de desidratação ou desaguamento. Após a etapa de desidratação ou desaguamento, o produto final do tratamento é chamado de lodo de esgotos, o qual deve ser encaminhado para destinação final.

Abaixo (Tabela 1) , as tarifas serviços de abastecimento de água do Distrito Federal válidas para o período de 1º de junho de 2017 a 31 de maio de 2018, conforme a Resolução ADASA nº 07, de 28/04/2017. No corpo da conta de água encontram-se discriminados os cálculos dos valores das tarifas de água e esgotos, assim como de todos os demais serviços faturados.

Tabela 1: Preços do tratamento de água e esgoto da Caesb

Faixa m3 Alíquota (R$)

Preço p/ m3 Acumulado (R$)

0 a 10 2,95 29,50

11 a 15 5,47 56,85

16 a 25 6,99 126,75