Os Polinômios e Equações Polinomiais
Por: pa12328 • 14/1/2017 • Trabalho acadêmico • 8.008 Palavras (33 Páginas) • 271 Visualizações
2 Nivelamento: Álgebra Básica
2.1 Funções Básicas e Equações
Nesta seção faremos uma breve revisão sobre álgebra básica, assunto que será fundamental para o semestre inteiro. Ao aluno é recomendado ler o Capítulo 1 do livro do
Riley.
2.1.1 Polinômios e Equações Polinomiais
Primeiramente consideremos o caso mais simples de equação, uma equação polinomial na qual uma expressão polinomial em x é igualada a zero e forma uma equação que é satisfeita por valores particulares de x; estes valores são chamadas de raízes da equação.
f(x) = anxn + an−1xn−1 + ··· + a1x + a0 = 0 (1)
Aqui n é um inteiro maior que 0. n é o grau deste polinômio e desta equação. a0, a1,··· , an são quantidades reais com an 6= 0.
Em geral, precisamos encontrar algumas ou todas as raízes da equação. Ou seja, os valores αk que satisfazem a:
f(αk) = 0
As raízes das equações polinomiais são também os zeros das equações polinomiais. Quando as raízes são reais, correspondem aos pontos em que gráfico de f(x) cruza o eixo x (Falar aqui de métodos numéricos e gráficos para determinação das raízes).
Quando as raízes são complexas, a interpretação gráfica do que elas significam não é tão simples.
2.1.2 Raízes Analíticas e Numéricas
Para equações polinomiais com potência de x maior que x4 não há método geral para se obter expressões analíticas para as raízes αk (falar aqui da correlação entre este fato e a solução de problemas de muitos corpos da Mecânica Clássica e Quântica).
Mesmo para n = 3 e n = 4, as receitas são bem complexas. Apenas para o caso de n = 1 e n = 2 as expressões analíticas são simples.
2.1.3 O Caso n = 1
No caso n = 1 temos que:
a1x + a0 = 0 (2)
e a raiz é portanto α1 = −a0/a1.
2.1.4 O Caso n = 2
No caso n = 2 temos que:
a2x2 + a1x + a0 = 0 (3)
e as raízes são portanto dadas pelas seguintes equações:
q
−a1 ± a21 − 4a2a0[pic 1]
α1,2 =(4)
2a2
Sendo que se ∆ = a21 − 4a2a0 > 0, ambas as raízes são reais. Se ∆ < 0, as raízes formam um par de números complexos (o número complexo e seu complexo conjugado).
No mundo acadêmico é comum dar o nome do pesquisador à sua obra. No Brasil, por volta de 1960, o nome de Bhaskara passou a designar a fórmula de resolução da equação do 2o grau. Não se vê essa nomenclatura em outros países, mesmo porque não foi ele quem a descobriu. Historicamente existem registros de sua existência cerca de 4000 anos antes, em textos escritos pelos babilônios. Naquela época não existia a simbologia utilizada hoje, ou seja, não havia a fórmula atual, mas sim uma espécie de receita de como proceder para encontrar as raízes da equação quadrática. Na Grécia (500 a.C.) também já se conhecia a resolução de algumas equações e era feito de forma geométrica. O método empregado por Bhaskara nas resoluções das equações quadráticas é do matemático indiano Sridhara (870-930 d.C.) e reconhecido pelo próprio Bhaskara. A fórmula para extrair essas raízes veio com um matemático francês, François Viète (1540-1603), que foi quem procurou dar um tratamento mais formal e algébrico para obter uma fórmula geral. Fonte: Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bhaskara_II
2.1.5 Soluções Numéricas
Os métodos numéricos utilizados na determinação de raízes de equações polinomiais serão alvo de estudo mais aprofundado na disciplina de Cálculo Numérico. O aluno interessado poderá visitar o Capítulo 28 do livro do Riley. Aqui apresentaremos algumas ideias gerais de como abordar este problema apenas avaliando a função. Vejamos o caso da equação polinomial abaixo:
g(x) = 4x3 + 3x2 − 6x − 1 = 0 (5)
Podemos concluir por uma simples análise dos extremos da expressão polinomial que para x grande e positivo a função g(x) assumirá valores grandes e positivos. Já para x grande e negativo a função assumirá valores grandes e negativos. Sendo assim, concluímos que a função g(x) tem pelo menos uma raiz.
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