Ponto de vista acerca da reportagem à Revista CIPA

De acordo com a entrevista à revista CIPA, Paulo Rogério Albuquerque

de Oliveira junto da vontade política popular do ex-presidente Luiz Inácio Lula

da Silva trouxeram mudanças ao tema acidente de trabalho no Brasil. Paulo

Rogério é Coordenador-geral de Monitoramento dos Benefícios por

Incapacidade do Ministério da Previdência Social e o que o motivou neste novo

sistema foi o esgotamento do sistema de controle de benefícios. Seu principal

objetivo é a possibilidade da construção de um observatório nacional e um

painel epidemiológico dedicados a saúde do trabalhador no campo da

vigilância sanitária, além disto, possui demais competências para sua

coordenação-geral.

Segundo Paulo Rogério, todas estas mudanças no cenário brasileiro se

dividiram em 3 gerações de evolução da segurança do trabalhador, com o

objetivo de assegurar proteção social àqueles acometidos dos ambientes

deliberadamente doentios.

A primeira geração nasceu em 1919 e durou até 1967, onde foi

percursora da atual Previdência Social. Nesta a empresa tinha que sustentar

um seguro de acidente de trabalho a ser pago ao acidentado, obrigatoriamente.

Além disto, tal seguro era restrito aos trabalhadores submetidos aos processos

industriais. Paulo Rogério cita que nesta geração só recebia o seguro quem

reclamasse à autoridade policial e estas práticas não estavam voltadas à

prevenção de acidentes.

A segunda geração, inicializada em 1967 com a estatização do SAT, ou

também chamado de estatização do passivo social do meio ambiente do

trabalho, afastou das empresas a responsalibização acidentária, transferindo-a

ao seguro social.

Por fim, a terceira geração tem como símbolo a instituição da FAP(Fator

Acidentário de Prevenção) e NTEP(Nexo Técnico Epidemiológico

Previdenciário), ao qual o próprio é autor, que avança no sentido de melhorar o

sistema de gestão das empresas, aonde houve uma melhoria significativa do

ambiente de trabalho.