Resenha Crítica - Utilização de computadores para dimensionamento de estruturas

Artigo: Mal uso de computadores por engenheiros estruturais – Um perigo real e imediato

Autor: Leroy Z. Emkin. Engenheiro e mestre pelo Geogia Institute of Technology e Ph.D pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology. Fundador e diretor do Computer Aided Structural Engineering (CASE) da Georgia Tech.

O artigo enfatiza sobre a utilização dos computadores pelos engenheiros para dimensionamento de estruturas, bem como faz uma critica aos engenheiros que utilizam apenas os computadores como se os softwares resolvessem toda a modelagem da estrutura. O autor direciona o assunto dizendo que a engenharia estrutural de qualidade deve ser praticada por profissionais criativos, inovadores, inteligentes e que tenha uma grande experiência em pratica de projeto. Ele também aponta que o engenheiro deve dar valor ao conhecimento sem o auxilio de computador para poder praticar a engenharia e daí sim utilizar os meios tecnológicos como ferramenta de apoio. Devido a essa facilidade, os profissionais da área estão perdendo a habilidade de fazer qualquer trabalho sem computador, fazendo com que fique dependente dele. Essa dependência faz com que menos engenheiros serão capazes de solucionar problemas na engenharia estrutural.

Engenheiros sem experiência acreditam e exigem que os computadores façam todo o procedimento. A engenharia estrutural exige tempo para desenvolver a sua modelagem, porém, com o avanço tecnológico, esses profissionais acreditam que os computadores podem desenvolver os mais complexos detalhes em menos tempo.

Engenheiros profissionais e experientes normalmente não precisam de softwares, pois já sabem exatamente o que estão fazendo, esses profissionais podem utilizar computadores, pois eles conseguem distinguir o que realmente são: ferramentas altamente imperfeitas e capazes de gerar resultados suspeitos.

Os softwares pedem aos seus usuários que leiam os manuais, pois neles apresentam a descrição, o que o software faz e suas limitações, que infelizmente esse detalhe está sendo deixado de lado pelos engenheiros estruturais inexperientes.

O autor concorda que a tecnologia em si não é totalmente ruim, mas aponta que o problema é o modo que estão utilizando ela na engenharia estrutural. Também orienta que nunca deve utilizar o resultado vindo do computador sem antes válida-lo.

De acordo com o Rodrigo Koerich em um artigo no Alto Qi, cita que fazer projetos estruturais sem auxilio de programas de maneira competitiva deixa de ser viável, pois as normas exigem cada vez mais verificações em seus cálculos que muitas vezes são cálculos matemáticos complexos e repetitivos que exigem muito esforço computacional.

Segundo com a Nadia Fischer em um artigo disponível no site da revista Techne, quando os softwares são bem utilizados, auxiliam no calculo estrutural e facilitam na elaboração de projetos para obtenção de estruturas mais econômicas.

Pode-se concordar que os softwares são ferramentas essenciais para a elaboração de cálculos estruturais devido a sua facilidade no refinamento dos resultados, nas verificações e na otimização do tempo. Também pode-se concordar que, não se pode confiar totalmente nos resultados encontrados, deve-se sempre considerar errado até que ele seja validado. Muitas vezes não fazendo essa verificação a estrutura que poderia estar sendo econômica, na verdade poderá causar prejuízo futuramente. O avanço tecnológico vem facilitando muito as atividades de qualquer setor, mas deve-se ter consciência que a tecnologia deve ser utilizada ao favor do bem comum e apenas como uma ferramenta para auxiliar no desenvolvimento do empreendimento, justamente porque o cliente está contratando os serviços do engenheiro e não de um computador apenas.