Resenha “De Onde Vem as Boas Ideias” (Zahar, 2010, 259 páginas), Steven Jhonson
Por: Raíssa Abreu • 7/1/2016 • Resenha • 1.139 Palavras (5 Páginas) • 755 Visualizações
“De Onde Vem as Boas Ideias” (Zahar, 2010, 259 páginas), do autor Steven Jhonson, em seu capítulo introdutório fala de maneiras diferentes de inovação. Em seu primeiro momento mostra o paradoxo de Darwin em sua viagem às ilhas Cocos a bordo do Beagle. Em seguida, trata pela pesquisa de Max Kleiber em cidades com número de habitantes diferentes a relação entre esse montante e o nível de inovação entre elas. Por último, fala através de diversos exemplos a regra dos 10/10 que nada mais é que o tempo que uma boa ideia leva para sair do papel e ser lançada a um público restrito - 10 anos - e depois sair desse uso feito por poucos até chegar a ser uma necessidade da massa, mais 10 anos.
No paradoxo, Darwin em seu relato fica muito curioso com os corais e a variedade de espécies que aquele ecossistema continha. E, diante da quantidade de seres orgânicos observados nas águas do recife Darwin fica intrigado, ainda mais vendo a baixa variedade de espécies encontradas nas ilhas Cocos. Então surgiu o fenômeno hoje chamado de “paradoxo de Darwin”, ou seja, muitas formas de vidas diferentes ocupando uma série vasta de nichos ecológicos vivendo em locais, que tirando os corais, tornariam aquelas águas pobre em nutrientes. A inovação relacionada a esses corais começa na descrição feita pelo pesquisador de ondas enormes quebrando contra a barreira de coral e a força que os organismos que construíram aquele recife suportavam, portanto, a inovação se encontra na organização feita pela natureza para a sobrevivência daqueles seres vivos. Esse ponto de vista abordado quebra o estereótipo que temos da inovação ligada à criação de tecnologias e/ou serviços.
A pesquisa de Max Kleiber começa quando este se vê em descontentamento com a sociedade de Zurique e assim se muda para a Califórnia. Lá fez faculdade de agronomia e começou a estudar em gados o impacto do tamanho do corpo sobre as taxas metabólicas, ou seja, a velocidade que o organismo queima completamente a energia. Pouco depois percebeu um padrão que o motivou a analisar mais animais, e até seres humanos, em seu laboratório. Foi depois de todas essas pesquisas que Kleiber constatou que o metabolismo aumenta na proporção do peso corporal elevado a ¾. Essa lei foi estendida durante o tempo as bactérias e ao metabolismo celular. Foi então que o físico Geoffrey West resolveu investigar se a lei de Kleiber era aplicada as cidades construídas pelos homens. West reuniu uma equipe internacional de pesquisadores que coletaram diversos dados de uma variedade de cidades pelo mundo. Dentro desses dados estavam a criminalidade, consumo doméstico de energia elétrica, números de novas patentes, venda de gasolina, etc. Depois de analisar os dados levantados West e sua equipe descobriram que a proporção ¾ dominava muitos dos critérios analisados. Porém, o mais interessante, foi o atino para o que não obedecia a lei de Kleiber. Todos os itens que envolviam criatividade e inovação seguiam uma lei da ¼ potência positiva, não negativa como a lei de Kleiber. Logo, quanto mais às cidades crescem mais geram ideias em frequências mais rápidas, esse efeito passou a ser chamado de “escalamento superlinear”. Desse modo, ficou claro para mim que quanto maior a cidade, maiores são as necessidades de seus habitantes. O dia-a-dia e as dificuldades estimulam a geração de novas ideias, que levam a inserção de novos produtos, serviços e metodologias que quando aceitos pela sociedade tornam-se inovações. Portanto, em cidades mais populosas a intensidade desse passo a passo é maior e, por consequência, a inovação tende a ter um índice maior, respeitando o “escalamento superlinear” descoberto por West e sua equipe.
A última regra apresentado no capítulo de introdução do livro é a regra dos 10/10 que para entender o autor citou alguns fatos. O primeiro deles foi o primeiro programa televisionado em cores para algumas cidades nos EUA, em 1954. O Torneio das Rosas foi transmitido apenas em protótipos de aparelhos em showrooms da RCA. A programação em cores da TV só foi ser passada em horário nobre em nos anos 1960. Depois
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