Segurança e Qualidade na Indústria Naval e Oceânica
Por: Rafael Lucena • 19/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.821 Palavras (12 Páginas) • 428 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE
CENTRO DE TECNOLOGIAS E GEOCIÊNCIAS – CTG
ENGENHARIA NAVAL
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Segurança e Qualidade na Indústria Naval e Oceânica
Fillipe Andrade
Rafael Lucena
Professor: Marco Petkovic
Recife – Pernambuco
Junho 2015
Índice
Objetivos 03
Análise histórica de Sistemas de Gestão da Qualidade 04
Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade no Vard Promar 04
Desafios a serem superados 09
Aprimoramentos no horizonte próximo 10
Bibliografia 11
- Objetivos
O presente trabalho ministrado na disciplina de Qualidade e Segurança configura-se como um trabalho de aplicação e avaliação das normas ISO 9000/9001, 14000, OHSAS 18001 em empresas da área Naval. Fazendo um levantamento do Sistema integrado de gestão existente nessa empresa, assim como proposições de melhorias ou até mesmo de um novo Sistema de gestão caso necessário.
- Análise histórica de Sistemas de Gestão da Qualidade
Qualidade não é um tema apenas da atualidade. A qualidade sempre esteve presente na vida do homem. Pela própria natureza, a busca pela melhoria, pelo aperfeiçoamento e pela realização sempre foi uma constante. No início, para sobreviver, já se preparava com a qualidade dos alimentos que extraía da natureza. Com a utilização da agricultura, o homem passou a cuidar da qualidade daquilo que plantava e colhia. Por questão de segurança e sobrevivência, preocupava-se também com a qualidade das pedras selecionadas para a fabricação de armas e ferramentas. Lascas afiadas eram retiradas de pedras e serviam para cortar carne e retirar polpa de plantas. "Data-se 2,3 milhões de anos, sendo um trabalho mais complexo do que qualquer outra coisa". O enfoque na qualidade e da qualidade evolui à medida que as relações sociais e econômicas do homem se tornam mais complexas.
Engana-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes é coisa recente. Por volta de 2150a.C., o código de Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que, se um construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender à sua finalidade e desabasse, ele, construtor, seria imolado. Os fenícios imputavam a mão do fabricante de determinados produtos que não fossem produzidos, segundo as especificações governamentais, com perfeição. Já os romanos desenvolveram técnicas de pesquisa altamente sofisticadas para a época e as aplicavam principalmente na divisão de mapeamento territorial para controlar as terras rurais incorporadas ao império. Desenvolveram padrões de qualidade, métodos de medição e ferramentas específicas para execução desses serviços.
Técnicas relacionadas à qualidade existem há milhares de anos. Os egípcios já usavam sistemas de medição das pedras usadas na construção das pirâmides. Os gregos e romanos mediam construções e aquedutos para certificarem-se que estavam conforme especificação. Mais tarde, na Europa renascentista, artesãos especificavam, mediam, controlavam e asseguravam a qualidade de trabalhos de pintura, tapeçaria, escultura e arquitetura.
A China é uma das mais antigas nações a ter desenvolvido uma civilização. A indústria artesanal da China, por volta dos séc. 16 a.C. até 11 a.C., atingiu alto estágio de desenvolvimento através da praticidade, durabilidade e o bom gosto artístico de seus produtos que sempre chamaram a atenção do mundo. Indústrias manufatureiras de porcelana, pólvora, bússola, tecidos de seda, natural, de artigos de laca, chá, papel e tipografia foram inventados e monopolizados pela China antiga. O desenvolvimento da produção artesanal e a obtenção de grandes volumes de produtos com qualidade não poderiam ser conseguidos sem um rígido controle de qualidade, graças a qualidade ao material selecionado, das técnicas dos artesãos e administração rigorosa.
Segundo Algarte e Quintanilha (2000), por volta dos séc. 11 a.C. – séc. 8 a.C., houve na China promulgação de leis e decretos assim estipulados: "É proibido colocar à venda utensílios, carros, tecidos de algodão e de seda cujas as dimensões ou requisitos da qualidade não atendam às exigências das normas". Essas determinações não somente mostram que já havia certo padrão de qualidade para produtos, mas também que os decretos eram promulgados para banir do mercado produtos inferiores, bem como para consolidar o controle de qualidade sobre eles.
Pelo exposto, pode-se perceber que foi percorrido um “longo” caminho para que as teorias e práticas da gestão da qualidade chegassem até o estágio em que se encontram. Porém ainda há um longo caminho a ser percorrido, principalmente em países menos desenvolvidos – entre os quais podemos incluir o Brasil -, em virtude do atraso no acesso e implantação desses conceitos, que se justifica por razões históricas e econômicas.
A expansão da indústria no início do século XX e, particularmente, a invenção da produção em massa de Henry Ford fizeram surgir outro desenvolvimento extremamente importante na construção do edifício da moderna administração: o controle da qualidade. O controle da qualidade evoluiu para a administração da qualidade total.
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