A Origem da Pesquisa Operacional

1. ORIGEM DA PESQUISA OPERACIONAL

A origem da PO (Pesquisa Operacional), juntamente com seu termo, está atribuída a Segunda Guerra Mundial, devido as atividades iniciadas pelos exércitos britânico e norte-americano, na qual consistia na convocação de muitos cientistas para lidar com a problemática de alocar de forma eficiente os recursos escassos para as operações militares, então dada essa atribuição os cientistas na prática realizavam pesquisa sobre operação (HILLER e LIEBERMAN, 2012, p.1).

Entre os cientistas cujo fora designada tal missão, destaca-se Patrick Blackett, tido com o pai da Pesquisa Operacional. Conceituando a PO, em seu artigo sobre Cientistas no nível operacional, mais tarde chegou até o cargo de conselheiro chefe de Pesquisa Operacional e posteriormente o Diretor de Pesquisa Operacional Naval.

Após o final da Segunda Guerra, com o sucesso da PO e a crescente industrial culminaram na migração da PO para as organizações. Dois fatores foram cruciais para o crescimento da PO nesse período, o primeiro dá-se ao progresso de ferramentas técnicas da PO. Um exemplo é o método simplex para resolução de problemas com programação linear.

O segundo fator deu-se ao avanço da tecnologia e a ascensão dos computadores, assim facilitando a solução de cálculos com maior complexidade mais rapidamente em analogia com o ser humano.

Atualmente, milhões de pessoas tem pronto acesso a softwares de PO. Portanto, uma enorme gama de computadores, de mainframes a laptops, é utilizada no dia a dia para solucionar problemas relativos à PO, inclusive os mais complexos (HILLER e LIEBERMAN, 2012, p.2).

1. CONCEITOS E ABORDAGEM

Na tese elaborada por Alisson Leigus, Amanda T. Fenerich e Márcia de Fátima Moraes, o conceito da PO é apresentado como uma ciência que tem como objetivo fornecer ferramentas quantitativas para os processos de tomada de decisão, agregando em sua teoria quatro ciências fundamentais economia, matemática, estatística, e a computação fazendo uso de modelos lógico- matemáticos (LEIGUS, FENERICH e MORAES, 2009).

Andrade (2002, p.1) definiu a Pesquisa Operacional como um “ramo da ciência administrativa que fornece instrumentos para a análise de decisões” na qual utiliza-se de modelos, facilitando o processo de análise de decisão, visto que tal abordagem permite experimentação.

Entende-se a PO como formulações de estudo com a aplicação de métodos científicos para auxiliar na tomada de decisão no momento de abordar problemáticas vistas como complexas, requerendo eficiência para a alocação de recursos ditos como escassos.

Segundo Hiller e Lieberman (2012, p.7) a abordagem de modelagem de pesquisa operacional (PO), utiliza-se de fases. Sendo elas:

1. definir o problema de interesse e coletar dados;
2. formular um modelo matemático para representar o problema;
3. desenvolver um procedimento computacional a fim de derivar soluções para o problema com base no modelo;
4. testar o modelo e aprimorá-lo conforme o necessário;
5. preparar-se para a aplicação contínua do modelo conforme prescrito pela gerência;
6. implementá-lo.

E ainda salientam a importância do feedback referente ao modelo, e que após o encerramento do estudo é conveniente que a equipe de PO documente a metodologia de forma clara para que o trabalho possa ser reproduzido.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, E. L. Introdução à Pesquisa Operacional: Métodos e Modelos para Análise de Decisões. 3.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

FENERICH, A. T; LEIGUS, A; MORAIS, M. de F. Aplicações da Pesquisa Operacional. 2009. (Graduação) – Curso de Engenharia de Produção, FECILCAM, Campo Mourão, Paraná, 2009. Disponível em: http://www.fecilcam.br/anais/iii_eepa/pdf/3_02.pdf. Acesso em: 21 set. 2022.