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O Livro da Redação

Por:   •  18/11/2020  •  Resenha  •  2.777 Palavras (12 Páginas)  •  115 Visualizações

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Inicialização : boa tarde, o nosso capítulo é o maniqueísmo, ele é dividido em 4 partes: a primeira parte é relacionada a história do maniqueísmo, a segunda parte se trata da razão do capítulo, já á terceira entra no assunto redação e a quarta é referente as impossibilidades

Lucas

História

A história do nome maniqueísmo inicialmente veio da pérsia. Mani era o deus persa formado por uma metade do bem e outra do mal. O lado do bem era conhecido como Ahura Mazda e o do mal era controlado por Ahriman, nosso satã é uma derivação da palavra e da ideia de Ahriman. Um exemplo de maniqueísmo recente na minha visão é o presidente Donald Trump e o seu muro para barrar os imigrantes de países pobres de entrarem no seu país, que pode ser definido como o bem, no qual o muro serve como uma separação do que ele julga o mal, não só o muro mas ele também deixou muito mais rígida a política em relação a imigrantes. Voltando ao capítulo, em seguida entramos no dualismo. As religiões do Egito e da babilônia eram originalmente cultas ao sol (masculino), e a terra (feminina). Na babilónia a deusa terra veio sendo adorada por diversos nomes: grande mãe, ártemis grega a diana romana, até chegarmos em nossa senhora.

O dualismo original persa se intensificou no cristianismo. O cristianismo entendeu também um universo formado por dois princípios, o bem e o mal. Mas acabou escolhendo a onipotência para o bem, uma vitória final e absoluta do bem.

Podemos acompanhar o dualismo no crescimento do ser humano, quando bebê o resto existe para servir as suas necessidades. Crescendo um pouco os provedores podem não vir na hora certa, ou nem mesmo vir. Quando o sujeito deixa de ser o centro das atenções para simplesmente não ser, nasce o medo quando se conhece a falta. O medo encarna o dualismo, colocando de um lado o portador do medo e do outro a fonte da ameaça, um contra o outro.

O homem na procura de diminuir a tensão busca um terceiro elemento, que possa conciliar, sintetizar e acalmar os contrários. O terceiro pode vir a ser a sociedade para dois interesses em conflito, o amor e os filhos para um casal que se desentendem, ou mesmo ser representado por Deus, para a humanidade que teme aquilo que foge de seu controle. O terceiro elemento é basicamente

A religião cristã fornece uma solução para a tensão da humanidade: Deus controla o mundo e Deus pode ser influenciado por nossas preces. Aliviando assim por um tempo a nossa impotência. Alivio esse que faz o homem superar a existência sob tensão, para atingir uma existência na fé. A igreja pelo fato de fazer com que o bem seja absoluto, se encaixa perfeitamente na posição de terceiro elemento, sendo colocada como um refúgio que nós protege daquilo que não podemos resolver no mundo.

Daniel

Razão do capítulo

As religiões tentando superar a tensão original, ao construírem igrejas, criaram certos dogmas que garantem a sua sobrevivência. Um dogma pode ser considerado uma sentença que não admite outras, o dogma é um alicerce fundamental da doutrina, porque são eles que garantem a fé absoluta. As doutrinas com base maniqueístas adequam o mundo concreto em duas faixas, uma para o bem e a outra para o mal. Na faixa do bem, estão aqueles que seguem as doutrinas, os fiéis mais ativos. Na faixa do mal, naturalmente estarão os adversários da doutrina, infiéis, rebeldes, pessoas de doutrinas diferentes, etc. Um clássico exemplo de dogma e doutrina maniqueísta como dito no texto é a própria igreja católica, que durante centenas de anos veio ditando o que era o bem e o que era o mal seguindo seus interesses. No passado, principalmente na idade média a igreja tinha uma influência muito grande e aqueles que iam contra ela muitas vezes eram presos ou ate mesmo mortos. Hoje em dia esta situação mudou, porém ainda existem alguns dogmas polêmicos, por exemplo em relação aos homossexuais e a união matrimonial entre pessoas do mesmo sexo.

Um sujeito que tem fé absoluta, não tem a permissão de formar uma crença sua e nela acreditar, apenas acreditam no que mandam acreditar sem ao menos questionar, muitos fiéis nem mesmo se dão a possibilidade de serem mais liberais em relação a certos assuntos e ficam sempre com a mesma visão fechada.

O pensamento dogmático está em todos os lugares. As instituições como a igreja ensinaram que este é o melhor caminho para vencer, dogmatizando e doutrinando. Os dogmas são sentenças emprestadas que nos mandam repetir e reproduzir, fazendo assim que estas sentenças bloqueiem o aparecimento de outras que poderiam ser próprias. As ideias alheias não vem de um esforço próprio, isso acaba resultando que nem mesmo sabemos defendê-las direito.

Pensar utilizando sua própria mente implica no enfrentamento dos dogmas. Em uma fala de Marx : “A religião é o ópio do povo.” Ele queria mostrar como os dogmas religiosos afastavam o povo das tensões diárias, especialmente na luta de classes. Porem a outra fala bem mais importante: “ A religião é o espírito de um mundo sem espírito.” Ou seja: A religião nasce de um clamor dos homens pelas verdades ligadas a paixão. No entanto a organização não suporta a diferença e acaba separando os indivíduos em classes, desejos e espírito.

Nietzsche tem uma ideia que pode ir contra o anseio de igualdade que tornava indistinto um homem do outro. O filosofo acreditava que o perigo foi de certa forma impulsionava a humanidade e que o mal pode ser o outro lado da moeda do bem. Tudo que existe deve haver um sentido, inclusive os chamados demônios. Não só haver um sentido mas, deve continuar existindo mesmo que nos perturbe.

Paulo

Redação

Ao entrar nesta parte do capítulo entendemos que as redações com bases maniqueístas se caracterizam pela repetição e surgem como um reflexo de dependência verbal. Aquele que repete, não se expressa, alguém ou algo é que se expressa através de sua boca ou de sua caneta. Um bom exemplo são adolescentes perdidos que tentam se achar copiando um ídolo por exemplo ou o modo de falar. As gírias são exemplos também, palavras que tem um significado que acaba sendo transformado para outra finalidade diferente da original. Milhares de jovens de fato não expressam nada, uma sociedade mecanizada é que se expressa através deles.

A seguir vamos tomar como exemplo um texto dito por Jair Bolsonaro em 2017 , para observar possibilidades maniqueístas em um texto:

Entre aspas:

“Somos um país cristão. Não existe essa historinha de Estado laico, não. O Estado é cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adequam ou simplesmente desaparecem”

O discurso de Bolsonaro é completamente maniqueísta, não só maniqueísta mas também soa com um tom agressivo. Na parte onde ele fala “Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias.”, se da a entender que as minorias na qual ele fala, são inferiores a grande parte do povo brasileiro, apenas por não acreditarem no mesmo que o resto do país, e que deviam se curvar as maiorias, de modo que eles seriam retratados com o “mal” enquanto os  cristãos seriam o “bem”. Na última frase  “ As minorias se adequam ou simplesmente desaparecem”, vendo do ponto de vista maniqueísta entendemos que as pessoas julgadas como minorias por Bolsonaro , ou se adequam , no caso ir para o “bem” digamos assim, que é fazer parte da comunidade cristã ou simplesmente desaparecem, como se não tivessem importância nenhuma e fossem tratados como pessoas ruins e descartáveis.  

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