Fundamentos Históricos e filosóficos da Educação
Por: Katia Moreira • 17/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.696 Palavras (7 Páginas) • 1.060 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA – CAMPUS SOUSA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSORA: MARIA APARECIDA ALVES SOBREIRA
FICHAMENTO DE CITAÇÃO SOBRE O TEXTO: FILOSOFIA DO SUJEITO, PEDAGOGIA DA RAZÃO E EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA EM RENÉ DESCARTES
Marcos Henrique Moreira
SOUSA – PB
2013
Marcos henrique Moreira
FICHAMENTO DE CITAÇÃO SOBRE O TEXTO: FILOSOFIA DO SUJEITO, PEDAGOGIA DA RAZÃO E EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA EM RENÉ DESCARTES
Trabalho apresentado a disciplina de Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação, ministrada pela prof. Maria Aparecida Alves Sobreira.
SOUSA - PB
2013
Assunto: Filosofia do sujeito, pedagogia da razão e educação da infância em René Descartes.
GELAMO, Rodrigo Pelloso. Filosofia do sujeito, pedagogia da razão e educação da infância em René Descartes. In PAGNI, P. A. & SILVA, D. J. (Orgs.). Introdução à filosofia da educação: temas contemporâneos e história. Editora Avercamp, São Paulo: 2007.
Objetivo:Esclarecer a filosofia de René Descartes.
Método: Revisão Bibliográfica.
TEMA | CITAÇÃO | PÁGINA |
Origem/Biografia | Nasceu em 1596 na cidade de La Haye, de família nobre, estudou no Colégio Jesuíta de 1604 à 1614, foi para Holanda. Em 1618, ingressou na vida militar, o que lhe proporcionou várias viagens. Em 1620, deixou a vida militar. | 125 |
Obras Publicadas | 1. Regras para a Direção (1628); 2. Discurso do Método (1637); 3. Meditações (1641); 4. Principio da Filosofia (1644); 5. Paixões da Alma (1649). | 125 |
A morte de Descartes | Em 11 de Fevereiro de 1650, morre René Descartes, acometido por pneumonia em Estocolmo. | 125 |
Temas da Obra | 1. “[...] proposta metodológica com o uso correto da razão para chegar a verdade [...]” 2. “[...] noção do sujeito centrado na razão, centrado no Eu [...]” | 125 125 |
Teoria do Conhecimento | Fundada na preocupação com a postulação de um método rigoroso, e no estudo das condições em que o conhecimento verdadeiro se produz. | 125 |
Métodos e Contradições | “[...] estão centrados no uso correto da razão pelo sujeito do pensamento, como responsável pelo seu processo de aprendizagem e de juízo [...]” | 125/126 |
Formação | “[...] não se restringiu apenas à aquilo que os mestres ensinavam [...] percorrera todos os livros que tratam daquelas que são consideradas as mais curiosas e as mais raras, que vieram a cair em minhas mãos” (1994, p.430 | 126 |
Meio Intelectual | “[...] Descartes esperava compreender os designos do pensamento humano [...] o que ele conseguiu foi ter mais dúvidas do que certezas”. [...] Ele não desprezou tudo o que aprendeu, mas, mesmo dentre aquilo que parecia mais consistente, nada conseguiu encontrar que pudesse ser tão certo e verdadeiro que não fosse possível de ser colocado em dúvida. | 126 126 |
Poesia e estudo das línguas | [...] não traziam frutos para o espírito, pois nenhum deles podia tornar as coisas claras e distintas. | 126 |
Postulados Matemáticos | Acreditava que a Matemática tinha o fundamento naquilo que, para ele é de extrema importância em qualquer ciência que queira buscar a verdade: a clareza e a distinção. | 126 |
Abandono do Estudo das Letras: Gramática, História, Poesia e Retórica | Por não encontrar nas ciências um modo de chegar à verdade, ele abandona este estudo e se dedica às viagens e ao conhecimento dos costumes de outros povos com o mesmo objetivo de busca das verdades. | 127 |
Discurso do Método (1994) | [...] preocupado em criar um método no qual possa se pautar para que a razão não se perca em caminhos obscuros que o levem ao engano [...]. [...] sua intenção não é criar um método para os outros, mas um método para si, um caminho que utilizou para bem conduzir a razão e que, este método, se for seguido por outros, pode servir para que eles também encontrem a verdade. | 127 127 |
Capacidade de Pensar | [...] todos nascemos com a mesma capacidade para pensar. É um pressuposto de sua filosofia que deve ser levado em conta. Todos os homens são munidos de uma qualidade que os distingue dos outros animais: a razão ou capacidade de raciocinar. | 128 |
Razão | “É a única coisa que nos torna homens e nos distingue dos animais.” (1994). | 128 |
Essência | “É aquilo que faz com que uma coisa seja de determinado modo: o ser racional no homem, ou simplesmente ser ‘laranja’ na laranja.” Não é algo que se pode construir durante a vida [...] ser racional é algo inato ao homem, ou seja, já nascemos racionais. | 128 128 |
Uso das Razões | [...] faz com que cada ser humano se diferencie [...] devido ao fato de cada um usar de modo diferencie a razão que lhe é inata. | 128 |
Olhar para si mesmo | “Não tendo encontrado resposta para a verdade do pensamento no mundo ou na cultura, decidiu olhar para si mesmo e para dentro de si [...] se quisermos encontrar a verdade, teremos de olhar para dentro de nós mesmo”. | 129 |
Regras do Método | Descartes desenvolve em duas passagens a questão do método: Discurso onde ele trata as regras do método de uma forma geral e Meditações, onde ele detalha mais as regras do método e aplica a um problema específico: o que podemos colocar em dúvida. | 129/130 |
Obra Intelectual da Humanidade | Descartes prefere nomear de coisas humanas, é repleta de preposições cujas demonstrações não poderiam conduzir a razão à verdade. | 130 |
Como chegar a Verdade | Descarte pensou que as ciências dos livros, ao menos aquelas cujas razões são apenas prováveis e que não apresentam quaisquer demonstrações, pois se propuseram e avolumaram pouco a pouco com opiniões diversas pessoas, tão próximas da verdade quanto os simples raciocínios que um homem do bem senso pode efetuar naturalmente com respeito às coisas que se lhe apresentam (Id.). A condição necessária para chegar a verdade estaria em cada ser humano desde o nascimento, no uso daquilo que lhe é inato, no raciocínio do homem de bom senso. | 131 131 |
Elementos que nos afastam da verdade | Segundo Descartes, são dois elementos que nos afastam da verdade durante a formação: Os apetites e nossos preceptores, que são responsáveis pela construção do modo de entendimento que afasta o homem do bom senso. | 131 |
Edifício do Conhecimento Humano | É grande e complexo, e seria uma inconsequência querer demoli-lo para depois reerguê-lo. Por isso temos de problematizar lentamente, os saberes estabelecidos, para que a sua estrutura não seja abalada. | 132 |
Críticas aos Saberes | Descartes é cuidadoso ao propor críticas aos saberes, não afirmando que todos os saberes sejam falsos, mas sim que muitas vezes eles são adquiridos de maneira irrefletida, o que os torna inconscientes. Seria primordial retirar aquilo que impede a autocrítica, mas isso só seria possível se extraíssemos as certezas das ciências, onde consequentemente os seus fundamentos poderiam ser reparados. | 132 132 |
Método Cartesiano | “Suspeitar! Este é o primeiro principio do método cartesiano”. | 132 |
Pensamento Claro e distinto | Para Descartes significa que não podemos aceitar como certo nada que, antes não tenha passado pelo crivo de nosso pensamento, o qual deve ser criterioso, o que implica que não podemos ter, como fundamento, crenças de qualquer tipo; Sem estabelecer sobre pré-julgamentos ou pré-conceitos; Não deve ter resultado passível de qualquer dúvida. | 133 |
Segunda Regra do Método | “[...] dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas forem possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las” (1994, p. 54). | 133 |
Divisão do Problema | Para Descartes, não é possível resolver algo complexo sem antes dividir o problema em várias etapas, para resolvê-lo. Esse processo de divisão do problema em etapas tem como objetivo simplificar o problema até chegar a um simples que pudesse ser resolvido. | 133 |
Etapas de Resolução dos Problemas | Primeiro resolve os problemas simples e fáceis. Segundo os mais difíceis, por ordem de complexidade. Assim, o processo de resolução estará fundamentado numa base sólida que, por ter sido simples de ser resolvida, não permite que erremos. A quarta etapa, serviria de fase avaliadora, ou seja, “vamos com calma! Sejamos prudentes”, fazendo revisões gerais e enumerações completas, com certeza de que nada foi omitido. | 133 |
Uso do Método | Nas Meditações, é que Descartes desenvolve mais detidamente o projeto de busca pela verdade, ganhando mais clareza pelo modo como o problema é colocado. O problema central das meditações é a unificação de todos os conhecimentos humanos em bases seguras, para a construção de um edifício iluminado pela verdade, todo feito de certezas racionais. | 134 |
Características da Dúvida | 1. Deve ser geral e sistemática que não reste qualquer ponto ou situação que escape dela, ou seja, ela deve ser hiperbólica; 2. Tratar como falsa qualquer coisa que se possa duvidar; 3. A dúvida não deve ser confundida com algo circunstancial e sim entendida como uma atitude de sujeito em relação a um objeto do conhecimento. | 135 |
Dúvida Hiperbólica | No processo de dúvida hiperbólica, teríamos de atentar a três embustes: Livrar-nos de todas as opiniões sobre qualquer coisa; Suspender as crenças seja ela religiosa ou científica; Não supor nada que não seja bem fundamentado. Segundo a filosofia cartesiana, é que só assim poderemos construir conhecimento em bases sólidas e duradouras. | 135 |
Extensão, Quantidade e Número. | Segundo Descartes, quanto mais geral, universal e simples for uma coisa, mais próxima da verdade ela se encontra. | 136 |
Criação de Argumento | Descartes cria um argumento para chegar à veracidade do que parece verdadeiro, ele cria o argumento do Deus enganador, pode ser entendido da seguinte forma: vamos supor que Deus me tenha criado desse modo; e que tudo que eu pense por mais que utilize todo o método cartesiano, não reste nada que seja verdadeiro. | 137 |
A Ordem das Razões | Descartes ensina que devemos buscar algo que seja simples e que não seja passível de dúvida e afirma que talvez não exista nada no mundo a que se possa dar crédito. Cabe a nós usar os argumentos da dúvida contra ele. Não podemos descuidar-nos no duvidar, pois podemos ser iludidos novamente por todos os artifícios enganadores que acabamos de criticar. Descartes afirma que “o pensamento é um atributo que me pertence; só ele não pode ser separado de mim.” Pois se fosse não poderia dizer que sou. | 138 139 140 |
Eu penso, Eu existo | Descartes pode afirmar sem correr riscos de errar que: Eu, que penso, sou e sou enquanto estiver pensando. Sou um pensamento que resiste e que, por mais que seja atacado pela dúvida, não pode ser negado. | 140 |
Meditações Metafísicas | Ao “duvidar de tudo aquilo que nos enganou” por meio da dúvida metódica e hiperbólica, parece denegar aquilo que difere do fundamento do pensamento humano. | 141 |
Busca de um Método | Para chegar ao conhecimento certo e indubitável, Descartes indica o caminho que temos de trilhar, tendo em vista esse fim sob o auspício da pedagogia da razão. Conduzindo-nos não como escravo, mas sim como preceptor, abrindo caminhos e indicando tropeços e erros que cometemos no processo de reflexão. | 142 |
Utilização do Método | Acreditamos que, com a utilização do método, Descartes tenha inaugurado uma concepção muito a cara da história do pensamento: o sujeito como centro do saber, sendo esse sujeito o detentor de todo o conhecimento por ser racional. | 142 |
Didactica Magna | A aquisição desse conhecimento seguiria os passos do método cartesiano na didactica magna e instauraria uma organização dos conteúdos. | 143 |
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