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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CORROSÃO E PROTEÇÃO

Por:   •  18/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.929 Palavras (16 Páginas)  •  472 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

CORROSÃO E PROTEÇÃO

Ana Paula Braga

Gabrielly Dias de Oliveira

Hallef Müller Alves Marques

Júlia da Costa Dias Coelho

Luisa Amancio Dias Castellano

Relatório de Visita Técnica

Professora: Agda A. R. de Oliveira

Belo Horizonte

2015

  1. INTRODUÇÃO

As indústrias, com as mais variadas atividades, frequentemente sofrem com problemas que envolvem processos corrosivos. Esses processos podem gerar perdas econômicas diretas e indiretas, como por exemplo, custos para a substituição das peças ou equipamentos corroídos e redução da produção devido à necessidade de paralisação do maquinário para manutenção (GENTIL, 2011).  A corrosão, segundo GENTIL (2011), é um processo espontâneo no qual ocorre a deterioração de um material por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a esforços mecânicos.  

Os processos corrosivos podem ocorrer de diferentes formas e o conhecimento acerca dessas formas auxilia no esclarecimento do mecanismo da corrosão bem como na escolha da proteção mais adequada para minimizar esse desgaste (ARRUDA, 2009).

O presente trabalho irá abordar o processo corrosivo em tubos de ferro devido à ação do alumínio fundido, observado durante uma visita técnica na empresa Gibbs, uma indústria de fundição de alumínio, localizada em Contagem.

  1. OBJETIVOS

2.1) Geral

  • Propor uma solução para o problema da corrosão que acomete os tubos de ferro da indústria.

2.2) Específicos

  • Identificar a pilha e o tipo de corrosão que ocorre entre o tubo de ferro e o alumínio fundido;
  • Fazer um levantamento sobre os possíveis fatores associados à corrosão do tubo de ferro;
  • Estimar os custos que esse processo de corrosão gera para a empresa;
  • Propor proteções para minimizar o processo corrosivo.

  1. DESENVOLVIMENTO

3.1) Descrição da Visita Técnica.

        Como já dito anteriormente a Gibbs é uma empresa de fundição de alumínio que fornece peças para indústrias do setor automotivo, de jardinagem, de eletrodomésticos, dentre outros.

        No dia 28 de outubro de 2015 realizou-se uma visita técnica a esse estabelecimento com o objetivo de observar o processo corrosivo que, frequentemente, acomete os tubos de ferro das máquinas injetoras.

        Segundo informações coletadas na empresa o tubo de ferro é formado por uma liga de ferro fundido que é caracterizada por apresentar teores de carbono acima de 2,11% e raramente inferior a 4,0% (PALMEIRA, 2015). A figura 01 abaixo retrata esse tubo.

[pic 1]

Figura 01: Tubos formados por liga de ferro fundido.

        

No interior dessa liga encontra-se um refratário constituído por uma mistura seca de aluminato de cálcio e óxidos de silício, alumínio, cálcio e sódio (Figura 02).

[pic 2]

Figura 02: Tubo de ferro com refratário.

A tabela 01 trás a composição química do refratário.

Tabela 01: Composição Química Teórica do Refratário.

Material

Porcentagem do material presente no refratário

Óxido de Silício (SiO2)

         Maior que 3%

Óxido de Alumínio (Al2O3)

Maior que 80%

Óxido de Cálcio (CaO)

Menor que 2%

Óxido de Sódio (Na2O)

Menor que 0,2%

        Por dentro do tubo de ferro e em contato direto com o refratário passa alumínio fundido com uma temperatura de cerca de 690 °C. Esse alumínio é proveniente do forno de espera e por meio de uma injetora, que funciona a base de pressão, ele é impulsionado para dentro do tubo. Por meio desses, o alumínio, que encontra-se no estado liquido, chega até os moldes dando origem as peças de alumínio.

Nessa indústria trabalha-se com dois tipos de liga de alumínio: liga B-390 e SAE-306. A tabela 02 e a tabela 03 trazem a composição de cada uma das ligas, respectivamente.

Tabela 02: Composição da liga de alumínio B-390

Material

Porcentagem de material presente na liga

Alumínio

Silício (Si)

75,05 a 78,25%

16 a 18%

Magnésio (Mg)

0,45 a 0,65%

Ferro (Fe)

Máximo 1,30%

Cobre (Cu)

4 a 5%

Tabela 03: Composição da liga de alumínio SAE-306

Material

Porcentagem de material presente na liga

Alumínio

Silício (Si)

85,4 a 88,3%

7,5 a 9,5%

Magnésio (Mg)

Máximo 0,10%

Ferro (Fe)

Máximo 1,10%

Cobre (Cu)

3 a 4 %

        No entanto, segundo relato do funcionário responsável, a passagem da liga de alumínio fundido por dentro dos tubos promove a trinca do refratário. Posteriormente, através dessa trinca, a liga de alumínio fundido entra em contato com o ferro dando inicio ao processo de corrosão. Esse processo inicia-se em um ponto especifico, como mostrado na figura 03 e com o decorrer do tempo se espalha por todo o tubo (Figura 04 e Figura 05).

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