PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Por: RAFAELAHELL • 8/2/2017 • Resenha • 643 Palavras (3 Páginas) • 532 Visualizações
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Faculdade de Psicologia
Estágio Supervisionado V – Educação Infantil
Rafaela Silva Leal
Resenha do capítulo “A Agressividade da Criança Pequena” do livro Etapas decisivas da infância (Françoise Dolto)
O texto tem como referencial a experiência da autora num local de lazer em paris que recebe crianças e seus cuidadores, sendo acolhidos pela equipe do local. A respeito dessa experiência, Dolto levanta pontos sobre a agressividade da criança pequena, como essa interage e forma relações com o contexto da criança e quais são os erros cometidos quando o adulto tenta significar essa violência.
Quando a criança tem cumplicidade com adulto ou não está em uma relação verbalizada, ela tende a ser violenta. E essa violência persiste até o dia que a criança consegue verbalizar aquele sentimento, ou seja, o ato violento não deve ser visto como maldoso, mas sim uma tentativa de comunicação. Tanto o texto aqui citado quanto o texto “violência sem palavras” trazem muito essa relação da violência como inibição ou tentativa de significação, a violência, vinda da criança só é cessada de maneira saudável quando a significação que toma seu lugar é facilitada e não quando “pelo bem da criança” essa violência é inibida, doutrinada pelo discurso hegemônico da educação infantil.
Quando a criança é agredida e após um curto período de consolo quer voltar para seu agressor, deve-se pensar ou falar com os pais que aquilo tudo é uma experiência, a criança tenta experimentar ser agredida para poder ter para si mesmo uma concepção daquilo, plena e sem a interferência do adulto, é a tentativa de captar uma experiência real, fugindo do estreito discurso adulto superprotetor que tenta passar de maneira ativa para a criança, tudo aquilo que é a sua concepção de mundo, esperando que ela simplesmente absorva.
É comum que uma criança com menos potencia motora seja agredida por outra que tem essa potencia e igualmente, a criança menos potente procura a criança mais potente para poder experimentar essa potencia, aprendê-la.
Quando uma criança é repreendida por sua agressividade ela tende a ficar num canto isolada com um brinquedo, temendo a agressividade que as outras possam desencadear. As outras, naturalmente, a rondam, provocando-na.
Quando a criança for agredida, aquela mesma que sempre se coloca em situação de agressão, deve se dizer, após explica-la que aquilo tudo foi uma tentativa de comunicação que ela não conseguiu responder, para ela pensar em você (transferência) e tentar memorizar a melhor dor, vai ser comum a criança, com isso, adquirir a tecnologia de responder ao ato da outra e assim aprender que pode se defender também e evitar com que se coloque na posição vitimizadora, assim poderá ser uma aliada das outras.
É preferível que a violência se manifeste de forma corpórea até que se ganhe espaço na linguagem, porque se inibida, começa a se manifestar somaticamente ou senão em forma de bloqueio na inteligência da criança que só tende a piorar, fechando-a em si mesma.
Quando se nota uma criança agressiva crônica deve prestar atenção em seu cuidador ou responsável, que no caso dessas crianças geralmente é uma pessoa mais depressiva no ambiente de casa, que age inibindo a criança de maneira arbitrária ou então sequer falando nada, a criança então sente se reprimida e toma a forma daquilo que é recalcado pelo adulto que dela cuida, iniciando-se um ciclo.
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