Projeto de Extensão Experimentação em Química para Colégios Técnicos no Ensino Médio
Por: Diene de Barros • 29/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.266 Palavras (10 Páginas) • 320 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE-UNICENTRO
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL-PET
Curso II
Projeto de Extensão
Experimentação em Química para Colégios Técnicos no Ensino Médio
Portaria N.52/CONSET/UNICENTRO de 22 de setembro de 2015
Coordenação
Elisa Aguayo da Rosa
Vice-Coordenação
Ricardo Celeste
Grupo PET-Química
Parceria
Núcleo Regional de Educação-NRE-Guarapuava-PR
Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins
Colégio Agrícola Estadual Arlindo Ribeiro
2016
PONTO DE FUSÃO
O ponto de fusão é um dos critérios básicos para determinação do grau de pureza das substâncias. Segundo Gonçalves et al (1988), o ponto de fusão é a temperatura em que uma substância passa do estado sólido para o líquido, ou melhor, é a temperatura na qual, à pressão normal de 1 atm (760 mmHg), encontra-se em equilíbrio os estados sólido e líquido de uma substância.
Em geral, em termos experimentais, registra-se o intervalo de fusão de uma substância, ou seja, primeiramente anota-se a temperatura em que a primeira gota líquida se forma e, depois, a temperatura no qual toda a massa de cristais se transforma em líquido límpido. Uma substância pura funde-se em um intervalo de cerca de 1 a 3°C. A presença de pequenas quantidades de impurezas geralmente aumenta esse intervalo e faz com que o início da fusão aconteça em temperaturas mais baixas. Por esse motivo pode-se utilizar o ponto de fusão como critério de pureza de uma substância.
Para a determinação do ponto de fusão de uma substância, nesse curso, siga os passos abaixo e anote a temperatura em que iniciou a fusão e aquela em que a substância fundiu completamente. Ambas se constituem nos "limites da fusão" e não devem ser superiores a 3ºC para que uma substância possa ser considerada pura.
Procedimentos para utilização do equipamento
(MODELO PFM II- TECNOPOM)
Materiais a serem utilizados:
- Amostras (estado sólido)
- Tubo capilar (acompanha o equipamento)
- Termômetro
- Almofariz
- Pistilo
- Fósforo
- Gás
- Pinça de madeira para segurar o tubo enquanto é aquecido para fechar a ponta
Procedimento:
- Ligar equipamento (verificar voltagem);
- Macerar o sólido (sem umidade) até que fique um pó bem fino;
- Fechar um lado do tubo capilar no bico de Bunsen;
[pic 1]
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABGUsAL/relatorio-ponto-fusao
- O lado aberto do tubo deve ser pressionado contra o pó para que ele entre no tubo, depois virá-lo para que o sólido desça até a parte fechada. O tubo deve ser preenchido até aproximadamente 1 cm;
[pic 2]
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAejLgAL/relatorio-ponto-fusao-1
- O termômetro deve ser encaixado no bulbo (entrada maior) e apoiado no seu suporte;
[pic 3]
Fonte: http://www.tecnopon.com.br/pfmii/
- O tubo capilar deve ser encaixado na entrada menor (podem ser colocados até 3 tubos para análise, desde que os pontos de fusão entre eles sejam semelhantes e que estejam encaixados corretamente). A borda do capilar que se manteve aberta fica para fora do encaixe.
[pic 4]
Fonte: http://www.tecnopon.com.br/pfmii/#prettyPhoto
- Ligar o botão “geral” para substâncias com ponto de fusão teórico inferior a 125°C;
- Ligar o botão “geral” e “rápido” para substâncias como ponto de fusão teórico acima de 125°C
- O aquecimento é controlado no botão giratório de aquecimento e acompanhado pelo termômetro;
- Anotar a faixa de fusão da amostra.
- Analisar os valores, de acordo com os dados da literatura.
- Ao final, o tubo deve ser retirado em movimentos circulares para que não quebre;
- Para o resfriamento deve-se desligar o sistema;
[pic 5]
Fonte: http://www.tecnopon.com.br/pfmii/#prettyPhoto
Atenção: outra substância só pode ser colocada quando o equipamento estiver completamente resfriado;
- Em caso de quebra do tubo capilar, o equipamento deve ser desconectado da tomada. Em seguida, retire a tampa lateral (o lado onde tem as entradas dos tubos e do termômetro) e as lentes devem ser desmontadas para que seja feita a retirada dos restos do tubo, assim o equipamento não fica comprometido (para desmontar as lentes deve-se levantá-las e girar o equipamento para baixo).
Referências
Engel, R.G. et al. Química Orgânica Experimental, Cengage Learning, 2013.
Gonçalves et al. Química Orgânica Experimental, McGraw-Hill, 1988.
Rotaevaporador ou Evaporador Rotativo
O rotaevaporador é um equipamento utilizado para a rápida evaporação de solventes, fazendo uso de aquecimento em banho-maria e rotação do balão que contém a amostra (frasco rotativo). É necessário aplicar vácuo (bomba de vácuo) e resfriamento (condensador) para que o sistema fique completo e funcione adequadamente. A velocidade de rotação e a temperatura do banho são controladas pelo operador.
À medida que o solvente evapora do frasco rotativo, os vapores são resfriados e condensam, de maneira que o líquido entra no frasco coletor de solvente. A amostra, agora sem solvente, permanece no frasco rotativo, e pode ser direcionada a outros testes e/ou experimentos.
Parte do experimento abaixo será reproduzido da fonte: Couto, A.B. et al. Aplicação de pigmentos de flores no ensino de Química. Química Nova, 21(2), 1998.
Materiais a serem utilizados:
- Amostra
- Balão volumétrico 250 mL e 50 mL
- Pipeta graduada para descarte de 1,0 e 1, 4 Ml
- Pipeta de Pauster ou conta-gotas
- Pétalas de Azaléia
- Etanol (ou álcool de cereais ou álcool de posto)
- Vinagre e Leite de Magnésia
- Ph-metro de bolso ou bancada
- Rotaevaporador
- Espectofotômetro
- Solução Tampão de Mcllvaine:
Para preparar a solução-estoque do Tampão, para 250 mL:
Na2HPO4 (0,2 mol/L): pesar 7,098 g de Na2HPO4 e completar para 250 mL com água
Ácido cítrico (0,1 mol/L): pesar 4,8032 g do ácido e completar para 250 mL com água
Para preparar 50 mL de tampão pH 2,2: 1 mL de solução-estoque de Na2HPO4 e completar com o ácido cítrico (solução-estoque)
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