É POSSÍVEL PROMOVER A ERRADICAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?
Por: Alana Gabriela • 24/2/2016 • Monografia • 572 Palavras (3 Páginas) • 342 Visualizações
Problematização
Este trabalho tem como objetivo responder à seguinte questão: é possível promover a erradicação da violência contra a mulher? Muitas vezes, a violência contra a mulher é marcada pelo silêncio e pela culpa. Isso acontece por causa da estrutura patriarcal que ainda sustenta a sociedade brasileira e outros fatores. Como consequência dessa cultura, os casos de violência contra a mulher cresceram 21% nos últimos 10 anos, segundo o estudo “Mapa da Violência - Homicídio de Mulheres”, em parceria com a ONU Mulheres, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, do governo federal.
Diante dessa problemática, este trabalho vai analisar alguns casos de violência doméstica do tipo física contra a mulher na cidade de Fortaleza, destacar a importância da denúncia e, através de um radiodocumentário, dar maior visibilidade ao tema. Será utilizado um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa e quantitativa, para ajudar a compreender esse fenômeno social da nossa realidade. Segundo Yin (2001), “O estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real”. Relacionado ao presente trabalho, vamos investigar alguns casos de violência física contra a mulher focando na cidade de Fortaleza. Para garantir a qualidade da pesquisa, vamos empregar em nosso trabalho a documentação, importante fonte de dados, a entrevista e a observação direta.
Como empenho na criação de mecanismos contra a violência doméstica, podemos citar a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Lei Maria da Penha, como ficou conhecida a Lei nº 11.340 /2006, que recebeu esse nome em homenagem à cearense Maria da Penha Maia Fernandes. Apesar desse empenho, as mulheres continuam sendo agredidas e enfrentar isso ainda se articula com muita dificuldade, devido a morosidade e o descaso com os direitos do público feminino.
A violência contra a mulher permanece oculta por vários fatores, e segundo Langley e Levy (1980), quando as mulheres optam por ocultar a violência, quase sempre os motivos que as levam a isso é: uma auto-imagem fraca; achar que o marido vai mudar; as dificuldades econômicas; a necessidade de apoio econômico do marido para os filhos; as dúvidas sobre se podem viver sozinhas; a crença de que o divórcio é algo como um estigma e o fato de acharem que é difícil para uma mulher com filhos arranjar trabalho. São vários os motivos que colocam as mulheres em posições de submissão aos homens e fazem com que elas se calem diante da violência.
Neste cenário, é importante considerar o papel das Delegacias de Defesas das Mulheres, assim como a cobrança do poder público na estruturação e criação de serviços e espaços de reeducação e reabilitação de agressores – mecanismo relevante de quebra do ciclo de violência. O serviço de ligação 180 é a Central de Atendimento à Mulher, criado em 2005 para servir de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o país. Com o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) do ano de 2015, a mulher ganhou mais uma luta em seu favor, pois milhões de pessoas tiveram que fazer um texto dissertativo-argumentativo com o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade”.
Erradicar
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