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A COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO RURAL VALE DO ARAÇÁ LTDA (CERAÇÁ) E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL

Por:   •  15/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  6.011 Palavras (25 Páginas)  •  395 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL-UFFS

CAMPUS CHAPECÓ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TEORIA COOPERATIVISTA I

PROFª ENISE BARTH TEIXEIRA

 

Acadêmicos: Angela Bieseck, Josiane Vizzotto, Liamara Scalon, Mateus Solivo e Tatiane Strapazzon.

 

 A COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO RURAL VALE DO ARAÇÁ LTDA

(CERAÇÁ) E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL.

 

1 INTRODUÇÃO

 No trabalho será elaborado e discutido um estudo acerca do tema cooperativismo, sistema este, que na atualidade vem ganhando grande evidencia pelo seu constante crescimento e pela sua participação e contribuição no combate à exclusão social, valorizando o homem pelo que ele é e não pelo que ele possui. Dessa forma, o homem faz uma opção, na vida e no trabalho, na qual ele escolhe viver a ajuda mútua, construindo uma sociedade melhor, baseada em valores nobres de solidariedade, de igualdade de direitos e de deveres, de responsabilidade e de compromisso.  

Partindo desses princípios, esta pesquisa apresenta o cooperativismo como uma opção de desenvolvimento sustentável, e terá como objeto de análise a Ceraçá (Cooperativa de eletrificação rural vale do Araçá), cooperativa esta, que nasceu a partir da necessidade dos agricultores do oeste Catarinense de que a energia elétrica chegasse em suas residências, onde através da cooperação entre os mesmos esse sonho se tornou possível. Ou seja, está pesquisa utiliza este argumento para analisar o cooperativismo como caminho para o desenvolvimento sustentável, e a partir deste contexto, pergunta-se: Qual é a importância e contribuição da Ceraçá para seus associado, para os municípios de abrangência e para o desenvolvimento sustentável?

 

1.1 OBJETIVOS GERAIS

 Analisar a cooperativa Ceraçá, verificando sua importância para o desenvolvimento sustentável.

 

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Descrever como se deu o processo de formação e funcionamento da cooperativa, visando conhecer a história da Ceraçá e seu crescimento ao longo dos anos;
  • Identificar quais as motivações e necessidades que levaram os agricultores a se organizarem em cooperativas;
  • Caracterizar seus associados, sua área de abrangência e serviços prestados;
  • Demonstrar a contribuição e benefícios da Ceraçá aos seus associados e municípios em que está inserida;
  • Investigar a preocupação da cooperativa com o meio ambiente e os projetos/ações por ela adotadas em prol do desenvolvimento sustentável.

 

 

1.2 JUSTIFICATIVA

 Este estudo tem significativa importância sobre o cooperativismo e a formação das cooperativas para o crescimento dos municípios. A escolha da cooperativa Ceraçá possibilita um amplo aprendizado, pois ela é um anseio de agricultores que sonhavam que a energia elétrica chegasse as suas propriedades rurais. Além de que, foi uma das poucas cooperativas que conseguiu sobreviver com êxito no grande oeste catarinense, devido sua postura, perseverança e ética.  

 Justifica-se a opção do assunto, primeiramente por propiciar aos acadêmicos do curso de Administração relacionar a teoria aprendida em sala com a prática, por meio do estudo da cooperativa Ceraçá, além de considerarmos o tema cooperativismo e principalmente, a formação de cooperativas uma questão essencial à atual sociedade, onde as empresas visam somente o lucro desenfreado e acumulo de capital, deixando de lado questões cruciais como o combate à exclusão social e desenvolvimento sustentável, pontos estes, que dentre tantos outros, são defendidos a adotados pelo sistema cooperativista.  

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta pesquisa serão abordados conceitos relacionados ao cooperativismo, seu surgimento mundial e regional, seus princípios, o desenvolvimento sustentável e sua importância para as cooperativas, e por fim, tratar em específico das cooperativas de eletrificação rural, nosso objeto de estudo.

2.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

O termo “desenvolvimento sustentável” surgiu a partir de estudos da Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, como uma resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental pela qual o mundo passava a partir da segunda metade do século XX. Na Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), também conhecida como Comissão de Brundtland, desenvolvida pela primeira ministra norueguesa Gro Haalen Brundtland, no processo preparatório a Conferência das Nações Unidas – também chamada de “Rio 92” foi desenvolvido um relatório que ficou conhecido como “Nosso Futuro Comum”.  Tal relatório contém informações colhidas pela comissão ao longo de três anos de pesquisa e análise, destacando-se as questões sociais, principalmente no que se refere ao uso da terra, sua ocupação, suprimento de água, abrigo e serviços sociais, educativos e sanitários, além de administração do crescimento urbano. Neste relatório está exposta uma das definições mais difundidas do conceito: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades” (BARBOSA, 2008, p.1-2)

O conceito de desenvolvimento sustentável foi firmado na Agenda 21, documento desenvolvido na Conferência “Rio 92”, e incorporado em outras agendas mundiais de desenvolvimento e de direitos humanos, mas o conceito ainda está em construção. Apesar de ser um conceito questionável por não definir quais são as necessidades do presente nem quais serão as do futuro, o relatório de Brundtland chamou a atenção do mundo sobre a necessidade de se encontrar novas formas de desenvolvimento econômico, sem a redução dos recursos naturais e sem causar danos ao meio ambiente. Além disso, definiu três princípios básicos (pilares) a serem cumpridos: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social, que juntos buscam construir uma sociedade autossuficiente, sem agredir o meio ambiente (BARBOSA, 2008, p.3)

A dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável requer o equilíbrio entre proteção do ambiente físico e seus recursos, e o uso destes recursos de forma a permitir que o planeta continue a suportar uma qualidade de vida aceitável. A dimensão social requer o desenvolvimento de sociedades justas, que proporcionem oportunidades de desenvolvimento humano e um nível aceitável de qualidade de vida. A dimensão econômica, por sua vez, requer um sistema econômico que facilite o acesso a recursos e oportunidades e o aumento de prosperidade para todos, dentro dos limites do que é ecologicamente possível e sem ferir os diretos humanos básicos.

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