A Gestão da Qualidade .

O tema Gestão da Qualidade é muito amplo, devido à evolução de diversos fatores que compõem a estrutura organizacional das empresas e sua administração. Inicialmente o conceito de qualidade era voltado à inspeção de produtos. Atualmente, seu conceito é associado ao sucesso competitivo das organizações, sendo considerado um fator estratégico de sucesso para a competitividade. Hoje, o gerenciamento dessa área do conhecimento é imprescindível, sendo objeto de regulamentações e normas para produtos e/ou serviços, em diversos países. Organizações que pensam globalmente, e que buscam ter competitividade em mercados cada vez mais competitivos, tendem a buscar no Gerenciamento da Qualidade a obtenção dos requisitos para a comercialização de seus produtos, além de buscar o diferencial para a conquista dos clientes.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Histórico da Gestão da Qualidade

O tema Gestão da Qualidade é muito amplo, devido à evolução de diversos fatores que compõem a estrutura organizacional das empresas e sua administração. Hoje, o gerenciamento dessa área do conhecimento é imprescindível, sendo objeto de regulamentações e normas para produtos e/ou serviços, em diversos países. Organizações que pensam globalmente, e que buscam ter competitividade em mercados cada vez mais competitivos, tendem a buscar no Gerenciamento da Qualidade a obtenção dos requisitos para a comercialização de seus produtos, além de buscar o diferencial para a conquista dos clientes.

Inicialmente o conceito de qualidade era voltado á inspeção de produtos, hoje seu conceito é associado ao sucesso competitivo das organizações. Seu conceito passou por várias fases ao longo da história, porém foi simplificada por David A.Garvin em quatro principais. São elas: inspeção, controle estatístico, garantia da qualidade e qualidade total ou gestão estratégica.

2.1.1 Inspeção

A primeira era da qualidade surge nos primórdios da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, onde quase tudo era produzido artesanalmente. O artesão tinha domínio de todo o ciclo de produção, como o cliente estava bem próximo a ele dizia suas necessidades, as quais o artesão procurava atender.

A abordagem de qualidade pelo artesão era entendida como o atendimento as necessidades dos clientes, porem o controle tinha foco no produto e não no processo, com isso se inspecionava apenas o produto final.

“Esse Paradigma ainda encontrava eco no final do século XIX, quando a maior montadora de automóveis, a Panhard&Levasson (P&L), montava seus veículos atendendo às necessidadesdos abastados clientes que a procuravam” (Carvalho, 2005, p.3).

Iniciando a Revolução Industrial ocorre uma mudança no cenário produtivo. “a customização foi substituída pela padronização e a produção em larga escala” (Carvalho, 2005, p.3). Com a produção em massa, os trabalhadores passaram a serem responsáveis por uma pequena parte da produção, fazendo assim uma única tarefa repetitiva ao longo da sua jornada diária. Com o desenvolvimento da industrialização tornou-se necessário um sistema baseado em inspeções, onde um ou mais atributos de um produto eram examinados, medidos ou testados, a fim de assegurar a sua qualidade. Nesta época surgiu a função de inspetor de qualidade. Henry Ford procurou viabilizar a linha de montagem, investindo na intercabialidade das peças usando a padronização de medidas.

O interesse principal da qualidade nessa era é a verificação onde a ênfase é a uniformidade do produto. A mudança desse paradigma surgiu com pesquisas realizadas pelos laboratórios Bell Telephone, que implantaram o conceito de estatística aplicada ao processo de inspeção. Surge então uma nova era do conceito de qualidade: o controle estatístico da qualidade.

2.1.2 Controle Estatístico da Qualidade

O conceito de controle da qualidade evoluiu quando Walter A. Shewhart criou o gráfico de Controle com a mistura dos conceitos de estatística e a realidade produtiva da empresa de telefonia em que trabalhava.

Com o crescimento da produção, o modelo baseado na inspeção 100% torna-se caro e ineficaz. Através dos trabalhos de Taylor de “uma melhor maneira” (The Best Way) de se fazer as coisas, foram observadas por estudiosos da produtividade industrial que o ato de inspecionar podia e devia ser aprimorado trazendo a redução dos custos.

Sobre Controle estatístico da qualidade Lima afirma:

“O conceito de controle estatístico da qualidade considera um fenômeno sob controle quando, utilizando-se de experiência passada, possa-se prever, dentro de certos limites, como tal fenômeno irá variar no futuro. Para a determinação de tais limites foram formuladas técnicas estatísticas simples e métodos gráficos de representação de valores de produção para avaliar se eles ficavam dentro da faixa aceitável: o gráfico de controle de processo” (de Lima, 2009).

No período da Segunda Guerra Mundial (1939-1941), ocorreram várias conquistas, mas foi no Pós-Guerra que surgiram novos elementos. Finda a guerra, surgem os japoneses. Com uma dívida para pagar devido à derrota, os japoneses começam a investir em suas indústrias. Nesse período, dois importantes teóricos da área de qualidade vão ao Japão, W. Edwards Deming e Juran.

“Deming, que exerceu forte influencia na criação o modelo japonês, tinha forte orientação estatística e foco no controle da qualidade, mas em sua estada no Japão incorporou aspectos relacionados à participação dos trabalhadores e da alta gerencia como fundamentais para a boa Gestão da Qualidade” (Carvalho, 2005, p. 4).

Surge assim, uma nova era, a da garantia da qualidade.

2.1.3 Garantia da Qualidade

Esta nova era tem como principal interesse a coordenação, com ênfase em todo o ciclo produtivo, do projeto ao mercado, onde todos os colaboradores atuam para impedir falhas. O motivo que se deu para essa evolução foi a insatisfação dos métodos anteriores.

“Somente a estatística, não resolvia todos os problemas de qualidade. Assim teve a necessidade de abranger para a atividade de coordenação, junto com uma postura pós-ativa das pessoas na busca de soluções. TaiichiOhno [...] em sua luta contra desperdício, um dos alvos foi a eliminação da inspeção e, para tal, precisou desenvolver aos trabalhadores a responsabilidade pela qualidade do que se produziam,