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A HUMANIZAÇÃO COMO DIMENSÃO PÚBLICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE

Por:   •  5/6/2016  •  Artigo  •  3.858 Palavras (16 Páginas)  •  428 Visualizações

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REINALDO CORREIA DOS SANTOS

A HUMANIZAÇÃO COMO DIMENSÃO PÚBLICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE

SÃO PAULO

UNINOVE

2014

REINALDO CORREIA DOS SANTOS

A HUMANIZAÇÃO COMO DIMENSÃO PÚBLICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE

                                          Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Nove de Julho – UNINOVE, como requisito parcial para obtenção do grau de MBA em Serviços de Saúde, sob a orientação da Profa. Marisa Todescan Dias da Silva.

SÃO PAULO

UNINOVE

2014

A HUMANIZAÇÃO COMO DIMENSÃO PÚBLICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE

Reinaldo Correia dos Santos *

Resumo

A estruturação da Reforma Sanitária representou uma mudança de paradigma na saúde pela abrangência dos determinantes sociais no processo saúde e doença. O Sistema Único de Saúde foi arquitetado visando à atenção integral e à participação comunitária, na gestão e no controle social. Contudo, os entraves históricos oriundos de um modelo, acrescidos de determinantes sociais, têm contribuído para um atraso em sua efetivação. Historicamente, relações burocráticas e impessoais, convergiram para a valorização da doença e não da pessoa doente. A começar da 9ª Conferência Nacional de Saúde o tema humanização passou a ser discutido, e em 2004, foi instituída a Política Nacional de Humanização do SUS. Essa política vislumbra, entre outros aspectos, possibilitar um adequado acolhimento e escuta dos sujeitos. Nessa perspectiva, o desafio da humanização é a criação de uma nova cultura de atendimento, pela restituição da centralidade dos sujeitos na construção coletiva do Sistema Único de Saúde.

Palavras- chave: Políticas públicas, Humanização, Sistema Único de Saúde, Política Nacional de Humanização, Humanismo.

*Credenciais do autor: curso de graduação em Administração e Direito (Unicsul); Gestor de contratos e exercício da advocacia.  

Introdução

O presente momento do desenvolvimento humano vivencia um cenário de constantes mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas. Estas mudanças requerem das organizações um alto padrão de competitividade que se estenda em nível global. As organizações públicas, sobremaneira, as de saúde pública, com suas devidas peculiaridades, também precisam seguir estas estratégias para cumprirem sua finalidade social.

O desafio para enfrentar o contexto de mudança atual está no processo de reforma da atual infraestrutura pública de saúde. O enfrentamento desse processo de mutação humanista e, procedente modernização, impõe ao Estado a necessidade de rever seus papéis, funções e, especialmente, mecanismos de gestão.

A conjectura do novo modelo organizacional para o setor público reflete a ênfase na gestão de seus recursos humanos e na adoção de estilos de gestão mais humanizados e participativos que desenvolvam as competências, bem como satisfaçam as necessidades dos funcionários e usuários.

Sob essa perspectiva, o novo modelo de gestão decorre da necessidade de rediscutir o papel e as formas de funcionamento da Gestão em Saúde, com escopo no atendimento das demandas atuais através da implantação de programas voltados para o aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados. A reorganização do aparelho estatal passa a ser, dessa forma, arquitetada pelos valores de uma cultura de humanização, aos quais, suas premissas servem de válvula propulsora para a nova Administração Pública Gerencial.

Tais desígnios sugerem que a administração dos hospitais tenha como filosofia e meta de trabalho a busca continua da humanização. Que ao assumir tal postura, a administração hospitalar tome como desafio o contágio e o estímulo de suas várias equipes, de forma que a humanização seja observada em seus múltiplos aspectos.

Diante desse panorama, vislumbra este estudo, ressaltar a relevância da gestão no setor público de saúde voltado para as pessoas, funcionários e usuários, como fator chave para o alcance dos objetivos organizacionais e a própria sustentação e crescimento no contexto de mudança.

Nesse diapasão, fundamenta-se um estudo que busca explorar uma gestão voltada para as pessoas, apresentada neste trabalho como Gestão Humanizada, suas implicações e possíveis contribuições para o ambiente organizacional do setor público de saúde.

Por conseguinte, o problema de nossa pesquisa é: de que maneira a gestão humanizada pode contribuir para um clima de satisfação dos funcionários no setor público de saúde, tal como, para melhoria das condições de tratamento dispensadas ao usuário?

Nesse espeque, justifica-se um estudo que busca investigar uma gestão voltada para as pessoas, apresentada no âmbito da gestão humanizada, suas implicações e possíveis contribuições para o ambiente organizacional do setor público de saúde.

Afora, somou-se a pesquisa de publicações inerentes ao assunto, de naturezas diversas, tais como artigos de jornais e revistas.

Por essa razão, trata-se de uma metodologia que objetivou demonstrar as teorias e os conceitos publicados em livros e obras congêneres, a partir dos quais foram levantados e discutidos conhecimentos disponíveis na área, identificando, analisando e avaliando sua contribuição para auxiliar e compreender o objeto de investigação: a humanização da gestão em saúde pública.

Esse trabalho se propõe, portanto, a contribuir com subsídios para a reflexão da atuação em gestão de saúde contemporânea sob a ótica da humanização em atenção à saúde a partir de revisão da literatura indexada e publicada no Brasil, além de publicações sobre o tema pelo Ministério da saúde e Revista de Saúde Pública; todos considerados essenciais para consubstanciar as discussões apresentadas.

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