A Justiça: Cidadania e a reforma da previdência
Por: realconduct • 5/11/2017 • Artigo • 583 Palavras (3 Páginas) • 200 Visualizações
A ideia de justiça é fundamentada nos conceitos de igualdade e solidariedade, começou a ser desenvolvida ainda no século XIX, buscando um equilíbrio social, de modo que todos os cidadãos tivessem os mesmos direitos, com a concepção que pudesse existir nesse contexto uma sociedade justa, comprometida com a garantia de direitos básicos como educação, saúde, trabalho, segurança, acesso à justiça, entre outros.
A justiça social nesse sentido vem para quebrar barreiras discriminatórias e através da implantação de políticas públicas conseguir igualar direitos e conceder proteção às mulheres, negros, homossexuais, entre outras minorias, elaborando leis capazes de assegurarem direitos para essa parcela da população, além de se instigar as minorias a participarem ativamente na vida política e social.
O conceito de cidadania é uma ideia movimentada que se aperfeiçoa continuamente frente às mudanças coletivas e sociais, dos contextos históricos e perante as transformações de paradigmas ideológicos. A cidadania conhecida na antiguidade clássica não é a mesma cidadania pela qual lutamos hoje e a que aspiramos concretizar nas gerações futuras, sendo assim, a cidadania deixa de ser simplesmente condições de direitos e deveres, e a sociedade assume hoje que cidadania é poder lutar. Lutar por educação, saúde, segurança pública de qualidade e ter diante de toda a sociedade, uma verdadeira igualdade de oportunidades para todos os cidadãos sem qualquer tipo de diferenciação.
Destarte, ser cidadão hoje é ter consciência de que o individuo é um sujeito de direitos, também de deveres, mas que infelizmente por razões políticas e históricas precisam ser reivindicados todo tempo com ações e movimentos sociais para que possam ser garantidos, como constam na Constituição Federal de 1988 e acima desta, na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os principais direitos que são reivindicados hoje pela sociedade, em especial pelas chamadas minorias, são: direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais, que constam em documentos importantes, mas que se não houver luta passam despercebidos por quem está no poder, já que não é vantajoso para o Estado investir nesses segmentos.
Com o intuito de existir uma sociedade justa e igualitária, o individuo, a sociedade e o Estado deveriam estar em comum acordo, o que não conseguimos ver hoje em nosso país, já que existe um jogo de interesses que ultrapassa os limites éticos e morais, que vai totalmente contra ao real significado do que é justiça social e cidadania, e por este motivo encontramos tanta desilusão quanto ao nosso futuro.
Em relação ao atual momento político que estamos vivendo, com as reformas trabalhistas e previdenciárias, ficou nítido que a sociedade precisa exercer seu papel, para reivindicar e não aceitar uma proposta que beneficiará apenas a elite brasileira e arruinará a classe trabalhadora, ou seja, desconstruindo toda ideia de justiça social e igualdade, uma vez que as mudanças sugeridas garantirão mais corrupção no sistema político, salários de juízes e promotores acima do teto constitucional e anulações de multas bilionárias para grandes empresas, enquanto a população trabalhadora e os pequenos empresários pagam a conta trabalhando 49 anos ou comprando uma previdência privada. Sou contra a reforma
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