A Liderança na Era da Instantaneidade FGV
Por: digusopp95 • 25/8/2021 • Trabalho acadêmico • 1.282 Palavras (6 Páginas) • 1.494 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Liderança na Era da Instantaneidade | Módulo: 01, 02, 03, 04 |
Aluno | Turma |
Tarefa: AI | |
Introdução | |
Um dos pilares de sustentação da geração e disseminação do conhecimento é a gestão adequada do capital humano da organização. As relações sociais e interpessoais, o trabalho em equipe e os processos de liderança passam a ser considerados mais relevantes e devem ser vistos sob uma nova perspectiva na organização da época em que vivemos. Os tempos de rápida mudança, a era da instantaneidade, inspiraram novos papéis para a liderança, baseados menos em habilidades e estilos pessoais e mais dependentes das competências das relações entre pessoas, exigidas pela complexidade da interdependência. A interconexão contemporânea se reflete na rede de produção. A diferença na era atual é que estamos em um mundo geralmente interconectado, e o imediatismo é inserido devido à rápida chegada do futuro. | |
Desenvolvimento | |
Então, no que se refere à liderança, pode-se dizer que é um fenômeno de participação coletiva, repleto de escolhas constantes para atingir os objetivos do plano, devendo se destacar e saber lidar com os conflitos que ocorrem naturalmente e fazem parte do relacionamento interpessoal que está em constante mudança (SAMPAIO, 2004). Do ponto de vista cultural, no que se refere ao papel do líder, a liderança é considerada uma ação simbólica, que representa a influência em metas e estratégias, compromissos e consentimentos, e essas ações envolvem atingir metas, manter e identificar o que é necessário no comportamento do grupo e a cultura da organização. Muitos são os desafios encontrados pelos líderes que vivem essa nova realidade, e características como a lealdade e flexibilidade do tempo, ou até as relações sociais e problemas com comunicação afetam o seu cotidiano. No Brasil há ainda vestígios de uma importante lealdade dos subordinados para com o seu líder, geralmente os que têm sua base na liderança carismática, porém com as mudanças constantes e inclusões culturais, esse modelo vem desaparecendo. Para d'Avila (2005), atualmente a lealdade vem se deslocando em seu vínculo relacional. Passamos a ser mais leais aos nossos valores, desde a nossa ética às carreiras que construímos nas decisões e recomendações. Não somos leais a uma organização, causa ou indivíduo em particular. Somos de fato responsáveis por nossa atitude para com eles podendo classificar algumas ações como simbolicamente leais, mas fiéis à causa que construímos todos os dias. É isso que nos mantém ativos e acredita nas pessoas, causas e organizações para as quais queremos trabalhar, dando-nos essas oportunidades. Durante esse levantamento, observamos que no mundo corporativo de hoje, ações básicas podem ser reconhecidas como atos de lealdade, como a simples atitude de não falar mal da empresa e dos colegas diante dos outros ou honrar o compromisso e a palavra assumida com a organização e demonstrar interesse e dedicação pelas necessidades da empresa mantendo-se fiel aos próprios princípios, independente das circunstâncias. Já com a pandemia em estado ativo, aumentou ainda mais a necessidade de o líder desenvolver sua flexibilidade no uso do tempo para enfrentar os novos desafios. Nesse novo presente, estabelecer uma nova direção à empresa e, tratar o conhecimento como principal vantagem estratégica e a flexibilização como uma poderosa arma, em decorrer das alterações dos locais de trabalho, faz-se de extrema importância para manter o aproveitamento da equipe. Branco (2020) diz que a velocidade, adaptabilidade e flexibilidade se tornarão o diferencial competitivo das empresas após COVID-19 e estão diretamente relacionadas à capacidade de usar certas ferramentas, incluindo: inteligência competitiva; gestão do conhecimento, criatividade e inovação, inteligência de negócios, métodos ágeis e métodos proativos. Apoiado por um tripé, incluindo inteligência estratégica (visão de futuro), inteligência tática (detalhes) e inteligência operacional (ou seja, suporte para inteligência tática e estratégica). Para tanto, deduz-se que os líderes precisam modificar os paradigmas existentes para ajudar as organizações a se prepararem para o futuro, o que envolve a descoberta de novos conhecimentos e a reformulação de seus paradigmas por meio de experiências pessoais e coletivas e de dados, informações e conhecimentos adquiridos durante a pandemia. Os líderes precisam rever criticamente a forma como gerenciam a organização, as decisões que tomam agora e planejar as ações futuras com mais segurança. Nesse sentido, é necessário avaliar as decisões e soluções tomadas antes da pandemia e fazer um uso adequado dela com a experiência de vida para que se apresentem soluções criativas e inovadoras. Presenciamos uma nova realidade, onde a liderança moderna passou a imperar na maioria das organizações e, com isso, trouxe mudanças expressivas na forma de gerir pessoas e resultados como resultado da influência de suas características. A integração das tecnologias de informação e comunicação ao trabalho e aos estilos de vida não só levou a arranjos de produção altamente interdependentes, mas também a redes sociais de conectividade universal, instantânea e onipresente, trazendo ao líder como opção, a utilização de canais de comunicação informais com o objetivo de acelerar processos e incrementar na relação com seus subordinados. Motta (2017) relata que a velocidade e a intensidade da comunicação tornam a função de liderança repleta de simplicidade. Por outro lado, as ações do líder são efêmeras e instantâneas, e a possibilidade de prestar atenção às informações é pequena. A imediação não dá mais aos líderes mais tempo para esperar por novas evidências: eles devem sentir e agir. Pequenos sinais, como informações preliminares, tornaram-se avisos, sugerindo mudanças importantes e exigindo resposta rápida. Líderes bem-sucedidos percebem de forma dinâmica as diferentes necessidades dos colaboradores, realizam ações diferenciadas em situações específicas e as combinam com o fato de estarem cientes das próprias limitações de gestão e buscarem constantemente melhorias técnicas e pessoais, mantendo uma relação social agradável e harmonioso. Percebe-se que, de acordo com os conceitos históricos, os líderes tinham uma relação mais “fria” e autoritária com seus liderados e acreditavam que o fator motivacional era apenas a recompensa material. Nos dias de hoje, o líder que acredita, investe e valoriza o potencial de seus liderados, ganhará a confiança deles e apresentará, através de sua equipe, resultados positivos e satisfatórios para a organização (OLIVEIRA e PEREZ, 2015, p.16). Equipes que mantêm relações sociais agradáveis e frutíferas estão mais propensos a aceitar as mudanças de forma não impactante. E a boa comunicação é essencial para isso, pois na arte de ouvir e falar, com propriedade e oportunidade, está o segredo da convivência harmoniosa e produtiva. | |
Conclusão | |
Desempenhar um papel de liderança no momento que estamos passando é ainda mais desafiador. Isso porque temos diferentes gerações ocupando espaço no mercado de trabalho, e muitos temas estão sendo atendidos, como questões de diversidade, mulheres e minorias, novos cenários econômicos e, enfim, o mundo corporativo está se tornando cada vez mais complexo. Com base nas ideias apresentadas neste trabalho, é certo que não existe liderança sem cultura. A própria liderança é uma expressão cultural e intercultural que envolve questões e conflitos relacionados a líderes e seguidores nos mais diversos ambientes organizacionais, regionais, nacionais e internacionais. A liderança parece precisar estar em sintonia fina entre o líder e a cultura na qual ele trabalha. Na verdade, a liderança consiste em conversas coordenadas e aleatórias e outros comportamentos de comunicação que transmitem a consciência coletiva da comunidade. | |
Referências bibliográficas | |
BRANCO, V. R. C. INTELIGÊNCIA DE MERCADO: A LIDERANÇA DURANTE E APÓS-COVID-19. Sumaré Centro Universitário, São Paulo, Junho 2020. D’AVILA, L. A. L. Lealdade nas Atuais Relações de Trabalho. UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS IHU, Rio Grande do Sul, v. 14, n. 3, 2005. MOTTA, P. R. Liderança na Era da Instantaneidade: recuperando o valor do capital social. Revista de Administração Municipal, Rio de Janeiro, n. 291, p. 4-8, Agosto 2017. OLIVEIRA, A. P. M. D.; PEREZ, O. C. Liderança eficaz: o poder e a influência de um líder no comportamento organizacional de uma empresa. Administração de Empresas em Revista, Curitiba PR, v. 1, p. 1-16, 2015. SAMPAIO, A. Comportamento e Cultura Organizacional. Universidade Autônoma de Lisboa, Lisboa, 2004. |
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