A NATUREZA ENTRA EM CENA – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO ORGANISMOS
Por: Victor Rafael Sousa Martins • 21/5/2020 • Resenha • 1.102 Palavras (5 Páginas) • 243 Visualizações
O capítulo em questão, “A Natureza Entra em Cena: As Organizações Vistas Como Organismo”, trata a organização através da perspectiva de um organismo, propriamente dito, estando este sempre em adaptação constante para conseguir sobreviver há um mercado cada vez mais dinâmico, sempre em constante mudança, enfatizando que a o pensamento mecânico é somente uma entre tantas outras que podem acontecer no mundo organizacional, uma vez que em detrimento dos mais variados ambientes são capazes de favorecer os mais diversos tipos de organizações que se baseiam em diferentes metodologias de organismos empresariais e que a concordância do ambiente é um fator crucial, capaz de interferir diretamente no sucesso ou no fracasso de uma organização. O autor ressalta que os problemas anteriormente apresentados pelo pensamento mecanicista fizeram com que muitos pensadores organizacionais deixassem de lado essa teoria, espelhando-se eles na biologia como cerne de novas ideias para pensar sobre as organizações.
O autor do capítulo revela que dentro desse processo, as teorias organizacionais existentes se transformaram adotando uma visão tanto quanto mais biológica, fazendo ela diversas alusões com a ciência, como por exemplo na realização de comparações entre células, organismos e espécies com indivíduos, grupos e organizações. Seguindo essa linha de raciocínio, os teóricos passaram então a enxergar as organizações como estruturas com ligações interdependentes que resultam no funcionamento do todo, passando assim a se preocuparem com fatores que influenciassem diretamente o seu bem estar.
O capítulo, de forma bastante coesa e com didática impecável, o que facilitou a compreensão da mensagem final do autor, viajou por entre tais ideias, apresentando diversas metáforas ligadas a conceitos de organismos vivos que colaboraram com pensamento de vários teóricos na identificação e estudos das mais diversas necessidades que têm as organizações, não só da época, como também nos dias atuais, como o que ele chamou de “sistemas abertos”, além do processo de adaptação das organizações a novos ambientes, dos ciclos de vida das empresas, de fatores que causam impacto no desenvolvimento das organizações, ou dos diferentes tipos de organização, dentre outros.
Seguindo um contexto generalizado, essas teorias são dotadas de grande impacto na maneira de se pensar as organizações. Por meio das metáforas apresentadas a respeito das máquinas, as teorias organizacionais se finalizaram
. Sob a influência da metáfora da máquina, a teoria organizacional foi encerrada dentro de uma espécie de engenharia preocupada com os relacionamentos entre objetivos, estruturas e eficiência. A idéia de que as organizações são parecidas com organismos mudou tudo isso, dirigindo a atenção para assuntos mais genéricos, tais como sobrevivência, relações organização-ambiente e eficácia organizacional. Objetivos, estruturas e eficiência ficam agora em segundo plano em relação aos problemas da sobrevivência e outras preocupações mais "biológicas".
Determinados tipos de organização conseguem se adaptar de melhor maneira a novos ambientes que as demais, um exemplo claro disso, citado pelo autor do capítulo, são as empresas que tem sua estrutura como burocrática. Estas inclinam-se a operar de forma mais eficiente em ambientes que são estáveis e com proteção. Já empresas encontradas nos ramos de tecnologia, por exemplo, tendem a se encontrar em ambientes com mais turbulência e competitividade.
O capítulo afirma que a Teoria da Organização teve seu nascimento, e início de trajetória, na área da biologia, abordando as ideias de que os empregados possuiriam precisões de alta complexidade e que necessitavam satisfazê-las para que sua vida tivesse plenitude e felicidade, o que resultaria na execução de suas atribuições nas organizações de forma eficientes, pois, segundo o autor, do século XIX até o começo do século XX, a percepção do trabalho era de que este seria nada mais que uma necessidade básica e que a forma como as organizações executavam seu planejamento seria somente um problema técnico, momento em que o salário era o único fator que determinaria a realização das necessidades humanas dos colaboradores e o suficiente para a realização de suas tarefas de forma eficaz. Esse fato, quando trazido para o contexto atual, mostra que o fator salário não é o mais importante
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