A Organização dirigida por Valores
Por: Rodrigo Bastos • 11/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.259 Palavras (6 Páginas) • 243 Visualizações
DISCIPLINA: Cultura e Mudança Organizacional
ATIVIDADE: Atividade Preparatória - 2
PROFESSOR: Clara Lúcia Sacchetto Linhares; Reinaldo Theodoro Ferreira Lucas;
TURMA: Consórcio 49
PARTICIPANTE: Rodrigo de Oliveira Bastos
Capítulos 4 e 5 do livro “A Organização dirigida por Valores”, de Richard Barrett.
Desafio 1
Falar de valor é uma tarefa delicada. Valor é uma coisa intrínseca, vem de dentro e por mais que as empresas tentam impetrar seus valores em seus colaboradores, ainda acho que o caminho mais fácil é selecionar pessoas que possuem valores “semelhantes”.
Infelizmente tenho um contra-exemplo para esse alinhamento. Por lei deveríamos trabalhar uma jornada bem definida, que desse espaço para que possamos viver nossas vidas pessoais, a final trabalhamos para viver e não o contrário. Há momentos que encontramos a sorte e fazemos algo que amamos em um lugar que nos sentimos em casa. Todavia, nossa segunda casa - nosso ambiente de trabalho - acaba “herdando” um clima, uma atmosfera regida pelas pessoas que ali compartilham um pouco de suas vidas conosco, como se fossemos parte de uma família, vivendo auguras, sucessos, felicidades e tristezas juntos. Como em nossas casas em que nossos país acabam ditando o ritmo, em nosso trabalho nossos líderes o fazem também. Estes, ditam algo até maior que nossos país, eles ditam o equilíbrio entre a nossa vida com a primeira e a segunda família.
Não é incomum o convívio com líderes que possuem um discurso de que não podemos trabalhar além das horas contratadas, que devemos dedicar tempo às nossas famílias, que devemos ter um tempo dedicado a nós mesmos, este o mais suprimido, à pratica de esportes para uma vida saldável, à uma vida equilibrada. Todavia, não se furtam de nos acionar a qualquer hora, de iniciar a semana com demandas no domingo à tarde na expectativa de respostas na segunda pela manhã, de terminarem a semana aos sábados pela manhã, exigindo um último suspiro da semana como dedicação extra à empresa, ou mesmo com um olhar reprovador se saímos do trabalho as 18 hs e trinta minutos, sendo que o expediente normal acabou as 17 hs e 30 min, sabendo que muitos têm filhos para buscar nas escolas. Valorizando desproporcionalmente os colaboradores que de alguma forma conseguem responder à estes “estímulos” na expectativa do reconhecimento rápido pelo esforço. É ridículo isso, discursos vazios que levam a supressão de famílias a curto prazo, com divórcios prematuras, filhos com problemas nas escolas e a curto prazo a indicadores de turnover completamente fora do esperado. Tudo isso em prol de um bônus robusto, e um trampolim para uma outra empresa com suas carreiras meteóricas. Já ví isso e estou vendo isso acontecer, repetidas vezes, o que resta é a empresa/departamento juntando as mazelas que restam e tentando reconstruir sua cultura com os poucos que venceram o medo, de serem despedidos diante a pressão, após a bancarrota de um sucesso de curto prazo, legado de um lido que acaba indo embora seguir uma trajetória meteórica. O alinhamento de valores deve ser maior que os lideres, dever vir da empresa, como uma força maior que a rege, as regras devem ser bem definidas e não deixadas à margem de decisões setoriais de cada liderança.
Esse ponto é totalmente conectado com o alinhamento da missão, a missão da empresa não pode se fundamentar somente em pilares que sustentam seus stakeholders externos, precisa estar amplamente fundamentada e estruturada para todos. A missão é a alma da empresa e não pode ser somente um quadro na parede. Precisa ser alimentada e vigiada por todos, precisa de líderes como aliados e não como agente oxidantes de seus pilares. Chegar a resultados financeiros é extremamente importante para que a instituição seja perene, todavia transmitir seu legado através das pessoas também o é. Se a missão não é acreditada e cultivada por todos a perenidade irá padecer como as aves que se vão no outono diante a eminência do inverno, ao chegar de uma nova primavera, sem a história contada e guiada pelas antigas asas, não mais veremos as aves retornarem e cultura se perderá como o caminho de volta com a primavera, a missão da empresa é base da cultura e é tão importante quanto os recursos para que seja mantido o sucesso. Conheço empresas que leiloara sua cultura e sem perceber violaram sua missão em função de lideranças que se importaram unicamente com seus objetivos pessoas, traduzindo para empresa valores efêmeros, ruindo a unicidade das pessoas e rompendo a corrente que garante a passagem da missão de uma geração de colaboradores para outros em seus processos sucessórios. Como bem demonstrado por Barrett, o alinhamento dos 4 valores é fundamental para que mudanças possam ser feita de forma consistente, para o bem ou para o mau.
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