A TEORIAS ORGANIZACIONAIS II
Por: Matheus Dal Magro Serafini • 20/11/2017 • Ensaio • 1.243 Palavras (5 Páginas) • 450 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ADMINISTRACAO
TEORIAS ORGANIZACIONAIS II- ADM01115
MINI ENSAIO I
Professor: Daniel Lacerda
Aluno: Matheus Zidane Dalmagro Serafini
Com base na leitura do link disponível do jornal nexo, tive percepção que a teoria que mais explica o problema no qual o jornal debate, que é Por que as auditorias dificilmente detectam corrupção em uma empresa; É o Institucionalismo e ao ler a matéria e as explicações de especialistas fica evidenciado que as auditorias tem um papel de legitimar uma instituição do que identificar de fato corrupção ou algo parecido.
Explicando um pouco a teoria em questão, segundo MEYER; ROWAN, 1977 (p.340) O Institucionalismo, segundo os quais as organizações são levadas a incorporar as práticas e procedimentos definidos pelos conceitos que predominam no ambiente organizacional e que estejam institucionalizados na sociedade. Assim, as estruturas formais de muitas organizações refletem os mitos de seu ambiente institucionalizado em vez das reais necessidades das atividades de trabalho.
Segundo MEYER; ROWAN, 1977 (p.340), não é de hoje que as estruturas das organizações sejam moldadas conforme as características de seus ambientes e com o passar do tempo ficam isomórficas com o ambiente. Isomorfismo é um evento em que as empresas ficam idênticas uma das outras dentro de seus ambientes de interação, muito por causa das inter-relações técnicas e de conhecimento.
DIMAGGIO; POWELL, 1983 (P.147), analisaram profundamente o conceito de Isomorfismo, que além de habitualmente definida que elas, organizações, podem mudar regularmente, porém ao atingir certo patamar o agregado alcançado leva a uma homogeneidade, as organizações também podem mudar suas estruturam dentro do ambiente, devidos as incertezas, e passam a moldar-se conforme outras organizações que deram certo, justamente em “teoria’’ essas incertezas se reduziriam. Tratando racionalmente essas incertezas leva a homogeneização em nível de estrutura, resultado e cultura. Além que as mudanças nas estruturas, podem também ser ocasionadas por forças que operam o ambiente, deixando as organizações parecidas entre elas, causando também o efeito de estabilidade de seus atores, muitas vezes, as organizações, podem fazer novos processos ou inovações, porém o ambiente fica restrito a novas invenções, inovações, frustrando assim atores que buscam a constante melhoria de desempenho do processo. (DIMAGGIO; POWEL, 1983, P. 148 a 149)
Para (MEYER; ROWAN, 1977, P. 355) existem dois tipos de problemas ligados ao Isomorfismo, a primeira é que pode haver conflitos e contradições no esforço institucional de uma empresa para estar igual aos princípios cerimoniais de produção; A outra é que, por meio de mitos, que esse tem origens diversas é que as regras são transmitidas, levando assim a muitas vezes discordâncias com outras existentes. Causando dificuldade para a eficiência, coordenação e controle.
Para tentar romper a barreira desses conflitos, busca-se então a legitimidade das iniciativas, pois usar iniciativas já testadas proporciona uma segurança para as decisões e atividades, reduzindo assim os questionamentos pela conduta realizada. Assim a empresa ou organização legitima-se e assim consiga ter apoio e sobreviva no ambiente.
Podemos classificar três tipos de Isomorfismo, o Mimético, Coercitivo e Normativo, o Isomorfismo mimético está atrelado a redução e padronização das incertezas. O Isomorfismo Coercitivo que provem da coerção de forças políticas e a falta de legitimidade e o Isomorfismo Normativo que é associado a profissionalização, como por exemplo uma empresa X contrata alunos da Universidade Y para o setor financeiro, pois a empresa entende que essa universidade foca muito em passar conhecimentos financeiros para seus alunos. (DIMAGGIO; POWELL, 1983. P 150).
Como podemos verificar, após uma breve explicação do Institucionalismo, podemos levar para a análise da notícia do Jornal Nexo, feito por Bruno Lupion, no dia 27 de julho de 2016, em que aborda o porquê que as auditorias elas dificilmente detectam corrupção dentro das organizações. Podemos iniciar a observação, onde em uma passagem da notícia em que o autor diz “No caso das empresas limitadas, que não negociam ações em bolsa, a auditoria dá mais confiabilidade aos números apresentados à Receita Federal ou aos bancos na hora de analisar a liberação de empréstimos. ” Nessa passagem, podemos ver claramente em que as empresas limitadas contratam auditorias para “dar uma maior confiabilidade’’ nos seus balanços para que a obtenção de créditos no mercado seja mais favorável, sendo assim, um isomorfismo mimético, pois lida com a incerteza da obtenção de crédito e tenta reduzir essa incerteza contratando uma empresa de auditoria. Porém ao contratar a empresa, e essa sabendo a intenção, dificilmente iria expor qualquer ato ilícito que acontece dentro da empresa, e se fizer isso na maioria das empresas que ela audita, provavelmente a legitimidade de ‘’boa empresa’’ ficaria abalada, questionando assim a sua sobrevivência no meio, portanto os atos de corrupção ficam abafados.
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