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A VIOLÊNCIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL¹

Por:   •  22/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.181 Palavras (13 Páginas)  •  190 Visualizações

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – EAD

Município: Fundão

Estado: Espírito Santo

Turma: 7251

Pólo: E.M.C.E.F “Praia Grande”

Tutora: Clarice Nascimento

Professora: Claudia Dornelles

Semestre/Ano: 6º/2011

A VIOLÊNCIA NO ÂMBITO EDUCACIONAL¹

Adriana dos Santos Orlande (7608)

Niselha Neves Rangel (7251)

RESUMO

A ação da escola diante do problema da violência escolar é de fundamental importância para a vida dos alunos que a ele possam ter acesso. Não é necessário uma análise profunda de nossa sociedade para perceber o quanto a violência está latente, percebeu-se isso durante o estágio solicitado. O índice crescente da violência na sociedade, nas mais diversas formas, já passa dos limites concebíveis. Alguns livros e revistas nos mostram essa dura realidade. Percebe-se que é necessário tomar uma atitude visando mudar essa trajetória e minimizar essa realidade. Toda a escola, por meio de atitudes e  projetos envolventes oportuniza o combate à violência  porque trabalha a formação do cidadão, e não podemos esquecer  que a educação é o único processo capaz de gerar mudança social e a mudança social é o alvo, ou um dos alvos da Escola.

Palavras-chave: Escola; Violência; Atitude.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Atualmente as grandes cidades do mundo têm enfrentado muitos problemas, os mais variados possíveis, como a poluição, o trânsito, a fome e outros. Mas a Violência é um dos maiores problemas.  A violência é crescente no mundo e particularmente nos países de Terceiro Mundo. Para as crianças e adolescentes, os locais de violência não são a guerra da periferia das grandes cidades ou o crime que domina as ruas, mas o próprio ambiente físico de seu lar, que deveria ser seu porto seguro. Nas escolas, o problema da violência chega a assustar alunos, pais, professores e todos aqueles que estão envolvidos no ambiente da escola. Já não se sabe o que fazer. A escola seria um dos espaços apropriado para a transformação deste terrível quadro, mas o que se vê, é bem o contrário, pois a violência tem ultrapassado os muros das escolas: crianças e adolescentes que agem com violência às vezes entre si ou contra funcionários dentro das dependências da escola.

O que devemos fazer? Cruzar os braços? Pensamos que não seja a solução. A sociedade precisa se conscientizar da gravidade do problema e, unidos à escola, procurar alternativas para solucionar-lo, ou pelo menos minimizá-lo.

A partir do momento em que ocorrer esta conscientização e a escola se tornar um espaço realmente prazeroso, oferecendo material humano qualificado para realizar projetos pedagógicos envolvendo as crianças, adolescentes, familiares e a sociedade em geral, numa verdadeira interação, veremos que este "monstro" poderá ser vencido.

O objetivo desse trabalho é analisar a presença negativa da violência no processo de formação de crianças e jovens dentro das escolas; mostrar a realidade sobre a violência nas escolas, avaliar o grau de dificuldade enfrentada pela escola e finalmente sugerir algumas ações que poderão minimizar a violência escolar.

A REALIDADE SOBRE A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Algumas características e sinais são marcantes e claramente percebidas em escolas onde há casos de violência são: muros pichados; bebedouros e banheiros depredados; janelas e cadeiras riscadas e quebradas. Locais onde muitas vezes o clima é de medo. Alunos e professores são vítimas ou agentes dessa onda de violência. O que fazer? Chamar a polícia? Instalar câmaras ou subir os muros? O que a escola pode fazer para minimizar este problema? Investir em projetos? Fazer palestras?

A violência é um mal que atinge a todos os brasileiros, e que chegou e invadiu os portões das escolas indiscriminadamente. Nos últimos anos, os índices têm evoluído de forma incontrolável. A violência é um dos problemas mais sérios enfrentados pelas escolas.

Considerando que a violência é fruto das relações sociais e está estritamente ligada à educação do povo e da sociedade, a escola pode e deve tomar algumas atitudes. 

Morais (1985) em seu livro O que é Violência Urbana, define violência como sendo uma prática típica do ser humano e que ao longo de toda a história tem deixado sua marca nas relações humanas. Ele diz ainda que a violência se originou das necessidades  e  interesses   antagônicos  gerados  em  climas  de  disputa  e de  medição  de forças e pode ter várias causas como:

Distúrbios orgânicos como a disfunção da glândula tireóide que transforma o mais pacato cidadão em um agressor de alta periculosidade; ou como uma doença mental, ou de outras causas externas. As estatísticas mundiais mostram que a maior parte dos crimes (e até mesmo das doenças mentais) resulta da opressão as injustiças sociais, da miséria financeira ou afetiva (MORAIS, 1985, p. 79).

Hobbes afirma que numa situação em que os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força, a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta. A violência, em sua expressão mais exacerbada, aproxima-se dessa condição que idealmente existiria antes do pacto de proteção mútua, fundamento da sociedade e do estado.  Ele define violência como uma expressão que designa o fenômeno social de comportamento deliberadamente transgressor e agressivo, apresentado pelo conjunto dos cidadãos ou por parte deles. E diz que suas manifestações mais evidentes são os altos índices de criminalidade grave.(HOBBES, 1999) 

Fernandes define violência de duas formas:

Existe a violência física que se caracteriza pela agressão de corpos, mutilação, mortes, etc. E a violência simbólica, aquela que é camuflada, mas que agride os direitos humanos que marginaliza e mutila psicologicamente, como preconceitos,  discriminações   sociais   de   classe,   sexo,   etnia, o autoritarismo reinante nas relações entre as pessoas e outras mais que desembocam na violência física de uma forma ou de outra (FERNANDES, 1997, p. 10).

Segundo Adorno, sociólogo e professor do departamento de Sociologia da USP:

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